sexta-feira, 1 de junho de 2012

Sem ter o que dizer ao eleitor, Serra tenta criminalizar o PT.



Não deixa de ser irônico que o cenário escolhido pela pré-campanha de José Serra para perpetrar a primeira das costumeiras jogadas eleitorais sujas que o tucano costuma praticar tenha sido o metrô paulistano, a prova em aço e concreto da incompetência e da corrupção do PSDB paulista.
Na manhã da última quinta-feira, ocupado pela participação em uma feira de meu setor de atividade profissional, recebo ligação de minha mulher – talvez a pessoa mais avessa à política que conheço e que se opõe frontalmente ao que faço neste blog.
Como precisei do carro para ir à feira, Cristina foi trabalhar de metrô. Tanto na estação em que embarcou quanto na que desembarcou presenciou distribuição gratuita de uma revista com uma capa que qualificou como “inacreditável”.
Estava indignada. Disse que a revista estampava na capa a figura da morte com o símbolo do Partido dos Trabalhadores (a estrela vermelha de cinco pontas) no lugar do rosto. E que, logo abaixo, havia um texto que acusava o partido inteiro de ser uma agremiação de assassinos.



Ela não soube precisar do que se tratava e não pude avaliar na hora, pois estava ocupado no evento. Ao chegar em casa à noite, porém, entendi tudo. Bastou um giro pela internet para descobrir que a revista é ligada a José Serra e que requentou a morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel.
Cristina relatou que a publicação estava sendo distribuída por um idoso e um rapaz trajados humildemente. O idoso, segundo ela, estava mal-humorado e agressivo. Após lhe entregar a revista, alguém lhe pediu informação, ele negou e reagiu com fúria. Disse que “não estava ali” e que já lhe bastava ter que ficar “distribuindo aquela bosta de revista”.
Ainda segundo a minha mulher, a revista estava sendo distribuída também pelas ruas. Várias pessoas, todas humildes, carregavam pilhas do material em carrinhos de mão e o jogavam em cima dos passantes.
Foi então que me lembrei de algumas conversas que andei tendo com o pré-candidato do PT a prefeito de São Paulo, o ex-ministro Fernando Haddad.
Quem lê este blog sabe que não tenho manifestado muita fé nas chances dele de derrotar Serra devido à despolitização e ao alheamento da realidade que flagelam a maioria dos paulistanos. Ainda assim, nas duas oportunidades em que nos encontramos fiquei surpreso por percebê-lo extremamente animado com as próprias chances.
Na conversa que tivemos na última terça-feira, o pré-candidato disse que tem sentido que o povo de São Paulo “não agüenta mais” a situação da cidade e que dificilmente deixará de buscar uma alternativa ao grupo político que a governa.
Haddad dá especial atenção ao fato de que São Paulo deveria estar convertida em um canteiro de obras, pois tem hoje um orçamento de R$ 35 bilhões enquanto que, à época de Marta Suplicy, não tinha nem um terço disso. Ainda assim, o prefeito Gilberto Kassab não tem o que inaugurar.
Perguntado sobre a que atribui a inexistência de obras de vulto na cidade tendo ela um orçamento desse tamanho – que, claro, deve-se à situação econômica do país, a qual enriqueceu todos os municípios –, Haddad respondeu que tudo se deve ao “custeio”.
Como exemplo, o pré-candidato citou contrato de varrição da prefeitura com a empreiteira Delta, que, após ter vencido a concorrência, obteve da prefeitura um aumento de mais de 100% no preço inicial – passou de R$ 300 milhões para R$ 700 milhões.
Ou seja: as empresas que prestam serviços à prefeitura vencem licitações com preços baixíssimos e depois conseguem dela aumentos exorbitantes.
A quem pensar em atribuir minhas afirmações sobre o desalento do paulistano com sua cidade a posições políticas que não escondo de ninguém, ofereço a última pesquisa Datafolha sobre o que pensa este povo sobre o prefeito que Serra lhe vendeu.
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DATAFOLHA

Opinião Pública – 21/03/2011

Cinco anos após assumir a prefeitura, Kassab atinge sua maior reprovação

Para 78% dos paulistanos, é possível acabar com as enchentes em São Paulo

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, após cinco anos no cargo atinge a maior reprovação desde que ele assumiu a prefeitura, em 2005. Para a maior parte dos moradores da cidade (43%) ele vem fazendo um governo ruim ou péssimo. Essa taxa é onze pontos maior do que a registrada em novembro do ano passado, quando 31% reprovavam o seu desempenho. O percentual dos que acham que Kassab está fazendo um governo regular variou, nesse período, de 30% para 27% e a taxa dos que consideram sua administração ótima ou boa caiu de 37% para 29%.
Entre os mais jovens, a taxa de reprovação aumentou treze pontos percentuais (de 35% para 48%), da pesquisa anterior, de julho de 2010 para a atual, índice similar entre os paulistanos com idade entre 25 e 34 anos (de 29% para 44%), porém, a maior diferença (20 pontos percentuais) ocorreu entre os paulistanos com idade entre 45 e 59 anos (de 18% para 38%). A reprovação ao desempenho de Kassab é expressiva também entre os mais escolarizados (de 25% para 45%), assim como entre os paulistanos que possuem renda familiar de até 2 salários mínimos (de 27% para 46%).
A nota média atribuída ao prefeito, em uma escala de zero a dez, é 4,6, sendo que para um quinto (19%) dos moradores da capital paulista ele merece nota zero; 15% acham que ele merece nota cinco e 6% dão a ele a nota máxima.
Na cidade de São Paulo foram entrevistados 1089 moradores, nos dias 15 e 16 de março, e a margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
Perguntados sobre as enchentes em São Paulo, metade dos moradores de São Paulo (52%) afirmam que a responsabilidade pelas enchentes é compartilhada entre a população, prefeitura e governo do estado, 27% acham que a principal responsável é a própria população, 10% acreditam que a responsabilidade é da prefeitura e 7%, o governo do estado. Os mais escolarizados responsabilizam ainda mais (62%) a todos os envolvidos, população, prefeitura e governo, taxa dez pontos maior que a média da cidade. Os mais velhos (35%), por sua vez, acham que a população é a maior culpada pelas enchentes, enquanto que os menos escolarizados responsabilizam mais a prefeitura (16%).
Para 78% dos paulistanos é possível acabar com as enchentes em São Paulo, enquanto que para 22% esse é um problema insolúvel. Os mais jovens são mais otimistas: 85% deles acham que existem soluções para as enchentes de São Paulo (taxa 7% maior que a média). No segmento dos que possuem renda familiar acima de dez salários mínimos, 27% acreditam que não é possível acabar com as enchentes de São Paulo.
São Paulo, 17 de março de 2010.
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Quando uma administração está bem, o usual é que o prefeito, governador ou presidente não ataquem os adversários durante o processo eleitoral das próprias sucessões. Ora, Serra é situação – é aliado de Kassab, elegeu-o e é apoiado por ele para sucedê-lo. Se confiasse no próprio trabalho, portanto, não deveria estar atacando.
Para comprovar isso, basta lembrar da última campanha eleitoral do país. Dilma manteve a fleuma até o fim do primeiro turno e só reagiu após muitos ataques dos adversários – e, ainda assim, de forma comedida.
Apesar da sensação deste blogueiro de que São Paulo é um caso perdido e das pesquisas que mostram que Haddad ainda não decolou, as ponderações que ele me fez parecem ganhar sentido.
Nunca o PT teve menos do que 20 ou 25 por cento dos votos na capital paulista. O baixo percentual que Haddad ainda tem se deve, portanto, ao desconhecimento de si pelos paulistanos.
Além disso, o eleitorado da capital paulista ainda não racionalizou que Serra é o criador de Kassab. Quando a campanha eleitoral refrescar a memória fraca popular, é bem provável que o tucano venha a ter que se explicar mais do que gostaria.
O ataque que o PSDB desfechou no cenário de sua incompetência (o metrô) na última quinta-feira, agora se explica e concede verossimilhança ao estado de ânimo de Haddad. Isso sem dizer que, segundo ele, as pesquisas qualitativas lhe abrem uma larga avenida para se eleger.
A atitude desesperada dos tucanos de tentarem criminalizar por inteiro um partido político que governa o Brasil há quase uma década, está explicada. Serra não tem o que dizer ao povo de São Paulo, então tenta criminalizar o adversário.
Do Blog da Cidadania

Lula da show no Programa do Ratinho, para desespero do PIG que corta os pulsos e o acusa de propaganda eleitoral antecipada e pede a cassação de Haddad,cassação de que?


quinta-feira, 31 de maio de 2012

Revista que ataca PT por caso Celso Daniel é apreendida em SP.

31 de maio de 2012 20h55 atualizado às 22h37


    Revista traz em sua matéria de capa caso Celso Daniel e associa petistas à esquema de corrupção. Foto: Reprodução
    Revista traz em sua matéria de capa caso Celso Daniel e associa petistas à esquema de corrupção
    Foto: Reprodução
       
    A publicação desta semana da revista Free,que traz em sua matéria de capa uma reportagem sobre um suposto esquema de corrupção comandado pelo PT, que teria relação com o assassinato do então prefeito de Santo André, Celso Daniel, em 2002, teve vários exemplares apreendidos nesta quinta-feira, em Mauá.
    Devido ao fato, os diretores da publicação registraram um boletim de ocorrência - divulgado no Facebook da publicação - no 1o. distrito de Mauá pelos diretores da Revista Free SP após a constatação de abuso de poder por parte do secretário Carlos Tomaz na apreensão de revistas e de um carro da distribuição.
    De acordo com a matéria apresentada na revista - distribuída gratuitamente no metrô de São Paulo e nas regiões próximas às estações -, cuja chamada de capa tem como título "Muito além da morte", a organização do esquema criminoso, que atualmente seria comandado pelo prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, teria como objetivo manter o PT no poder.
    Em nota, o diretório estadual do PT em São Paulo rebateu o conteúdo da revista, classificando-o como leviano. O partido criticou a exploração do caso Celso Daniel, cujo assassinato já foi esclarecido pela polícia sem remeter a questões político partidárias, segundo a direção petista.
    "Quanto ao festival de calúnias e difamações, o PT paulista está tomando todas as providências legais cabíveis e os responsáveis responderão pelos seus atos", termina a carta.
    A ação teria caráter político uma vez que a prefeitura da cidade é comanda pelo PT.

       

    Coisas que gosto de ver, ouvir e compartilhar. "Baú do Casé" - Legião Urbana - Teatro dos vampiros...

    quarta-feira, 30 de maio de 2012

    30/05/2012 17:58
    Debate sobre projeto de cotas defende sociedade mais justa
    Projeto estende benefício a pessoas portadoras de deficiência
    Vera Boldrini
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    Julio Cesar Silva Santos, Rosana Aparecida da Silva, Silvio Luiz de Almeida, Luiz Claudio Marcolino Raquel Kacelnikas
    O deputado Luiz Cláudio Marcolino (PT) coordenou, na manhã desta quarta-feira, 30/5, um debate sobre a política de cotas e o combate às desigualdades sociais, tema do Projeto de Lei 321/2012, de sua autoria, que institui o sistema de cotas para ingresso nas universidades públicas e faculdades de tecnologia do Estado.
    Marcolino explicou que o trabalho sobre as cotas que serviu de base à criação do projeto está alinhado com as mais recentes atualizações legais, além de ir ao encontro das demandas sociais. Segundo o autor, a matéria procura facilitar a prática efetiva da inclusão social no sistema de ensino superior. O parlamentar lembrou que o processo de inclusão foi orientado pelos critérios cor da pele, raça, alunos que tenham estudado em escola pública desde o início de seu período escolar e pessoas portadoras de deficiência física. “Até então nenhum outro projeto paulista fazia menção à inclusão de deficientes. Então trabalhamos com esses segmentos de modo que o projeto contemple a todos aqueles que até agora ficaram marginalizados nos processos sociais, uma vez que queremos garantir de fato uma sociedade mais plural”, disse o parlamentar.

    O projeto
    A justificativa para a apresentação do projeto, lembrou Marcolino, foi a perspectiva econômica numa sociedade que discriminou negros e indígenas, oriunda de uma estrutura em que os trabalhos mais árduos, mal remunerados e a educação de pior qualidade quase sempre eram oferecidos aos afrodescendentes e indígenas. Daí a ideia preconceituosa de que a condição de afrodescendente ou indígena não seria compatível com a ocupação de posições sociais mais elevadas e com o desempenho de funções de alto nível. “O preconceito cristalizado na sociedade dificulta a ascensão social desses segmentos”, argumentou.
    Para o autor do projeto, o processo de cotas não será permanente. Com o passar do tempo, ou seja, a cada dez anos, ele terá de ser reavaliado para que possa ser verificado se foram reparadas antigas injustiças sociais e se acompanha a dinâmica da mobilidade social. Para ele, o projeto vai ao encontro da recente decisão do Supremo Tribunal Federal que assegura a constitucionalidade do sistema de cotas.
    Além disso, ainda para o deputado, essa posição permite uma abordagem mais compatível com a realidade, ao mesmo tempo em que dialoga com a autonomia universitária, com a questão da temporalidade (revisão periódica) e acompanha a evolução social da universidade, dos alunos e a dinâmica da sociedade.
    A responsabilidade pela atualização da lei, de acordo com as declarações do parlamentar, será de um grupo de trabalho multidisciplinar, a ser criado. “Nós propusemos um projeto de cunho social, mas que dialoga com todos os grupos até então marginalizados pela sociedade”, complementou o deputado.

    Homenagem a José Candido
    Foi homenageada a memória do deputado José Candido, falecido em 12 de fevereiro último. Para Marcolino, não daria para desenvolver um projeto dessa natureza sem prestar uma homenagem a José Candido, que “foi o grande defensor não só das cotas. Desde que houvesse discussão sobre a igualdade, ele participava”.

    A visão dos palestrantes
    Para o consultor técnico da Federação Quilombola, Silvio Luiz de Almeida, o coordenador do coletivo de combate ao racismo, Júlio César Silva Santos e secretária estadual da CUT Rosana Aparecida da Silva, é oportuno discutir as cotas raciais num momento em que o Supremo Tribunal Federal avaliza o sistema como um critério que atende ao ditames da Constituição Federal em face da igualdade social.
    Raquel Kacelnikas, do Sindicato dos Bancários, argumentou: “Nós ainda não conseguimos garantir a inclusão de mais negros na categoria. No caso dos deficientes, existe até uma lei que obriga reservar-lhes uma cota, mas existem denúncias segundo as quais o deficiente contratado foi jogado em um canto, numa salinha escondida, onde ficam juntos todos os deficientes da unidade”.
    Júlio César Silva Santos, Rosana Aparecida da Silva, Silvio Luiz de Almeida, Luiz Carlos Marcolino e Raquel Kacelnikas
    Auditório do debate
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    Homenagem a familiares do ex dep Jose Candido
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    terça-feira, 29 de maio de 2012

    Gilmar Mendes,Demóstenes e Cachoeira + “Veja”: tudo a ver.

    Para entender este misterioso encontro de Lula com Gilmar Mendes no apartamento de Nelson Jobim, o novo escândalo denunciado pela revista "Veja" com o único objetivo de atingir o ex-presidente da República e o PT, uma verdadeira obsessão do seu proprietário, é preciso recuar um pouco no tempo.
    3 de setembro de 2008. A mesma revista denunciou que o mesmo Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal, foi grampeado numa conversa com um senador da República pela Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, então dirigida pelo delegado Paulo Lacerda.
    E quem era o senador? Ninguém mais, ninguém menos do que Demóstenes Torres, que era do DEM de Goiás, promovido pela revista em suas "páginas amarelas" como caçador de corruptos, aquele mesmo que está depondo agora na manhã desta terça-feira na CPI do Cachoeira, o "empresário de jogos" que é seu amigo e parceiro nos negócios, como revelou a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.
    Em 2008, como agora, também se criou uma enorme crise em Brasília, capaz de abalar os alicerces da República e ameaçar a independência entre os poderes. Gilmar chegou a marchar ao lado de outros ministros do STF até o Palácio do Planalto para "chamar o presidente Lula às falas".
    Até hoje, o áudio do grampo não apareceu. A revista "Veja" nunca mais tocou no assunto. O delegado Paulo Lacerda, da Polícia Federal, que tinha comandado a prisão de PC Farias e a investigação que levou ao impeachment de Fernando Collor, foi suspenso das suas funções e depois perdeu o cargo, sendo obrigado a se exilar como adido policial da nossa embaixada em Portugal.
    Lula terminou tranquilamente seu governo, após inúmeras outras crises políticas que nasceram e morreram na imprensa, com mais de 80% de aprovação popular, o maior índice já registrado por qualquer presidente da República.
    Gilmar é amigo de Demóstenes, que é amigo de Carlinhos Cachoeira, o grande contraventor que é "fonte" das reportagens de "Veja", a ponta de lança do Instituto Millenium, que fornece munição para os demais veículos vindos a reboque.
    Podem variar os enredos e os personagens, mas o "modus-operandi" da turma é sempre o mesmo. Conhecendo como conhece Gilmar Mendes e seus amigos na imprensa, que sempre darão a versão dele sobre os fatos (ou não fatos), o que não consigo entender é como Lula entrou nesta fria aceitando um encontro secreto na casa do ex-ministro Nelson Jobim, amigo de ambos.
    Só estavam os três no encontro e, até agora, não se falou em gravações de áudio ou vídeo, a especialidade da equipe de arapongas de Cachoeira comandada por Jairo Martins, cujo nome também apareceu no grampo sem áudio de 2008.
    Lula e Jobim desmentiram a versão publicada pela "Veja", segundo a qual Gilmar Mendes teria sido "constrangido" pelo ex-presidente a adiar o julgamento do mensalão, em troca de uma blindagem do ministro do STF na CPI do Cachoeira.
    Outro fato bastante estranho nesta história é que Gilmar Mendes tenha levado um mês curtindo sua perplexidade antes de chamar os repórteres da "Veja", a quem disse, depois de "decodificar" os recados: "Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula".
    O ex-presidente só respondeu à reportagem da revista na noite de segunda-feira, quando o assunto já havia tomado conta de todos os noticiários desde sábado.
    "Meu sentimento é de indignação", reagiu Lula, que confirmou ter participado do encontro na casa de Jobim, mas qualificou de inverídica a versão publicada pela revista "Veja".
    Tem certas coisas que a gente nunca vai saber como de fato aconteceram. Melhor seria, com certeza, se não tivessem acontecido.
    Leia mais... por Ricardo Kotscho

    segunda-feira, 28 de maio de 2012

    Denúncia , os bastidores da VIRADA CULTURAL de SÃO PAULO.


    Diretor artístico da Virada Cultural de São Paulo, José Mauro Gnaspini é investigado por possível envolvimento em fraudes de licitação

  • http://img.uol.com.br/ico_ler.gif Leia mais sobre a Virada Cultural de São Paulo 2012

  • A Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social do Ministério Público de São Paulo instaurou inquérito civil para apurar os contratos das empresas que participaram da Virada Cultural em São Paulo. Denúncias indicam fraudes e irregularidades em licitações com empresas que prestam serviços e organizam o evento.

    Desde 2005, a Wil Will Produções Artísticas recebeu da Prefeitura de São Paulo mais de R$ 1 milhão em contratos para o evento. A empresa tem endereço falso e é investigada pela Polícia Federal desde 2010, por envolvimento em fraudes de licitação. Ela é uma das mais de 100 empresas que prestam serviço no principal evento cultural da cidade.

    De acordo com a representação feita pelo vereador Antônio Donato (PT) ao Ministério Público, o diretor da Virada Cultural, José Mauro Gnaspini, seria responsável em beneficiar uma série de empresas que, supostamente, pertencem ao mesmo grupo de pessoas.

    A Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara convocou o diretor da Virada Cultural e os representantes das empresas para explicarem os contratos. Mas, por duas semanas consecutivas, os vereadores da base do prefeito Gilberto Kassab (PSD) esvaziaram a reunião ordinária.
    A reportagem tentou falar com Gnaspini, porém ele não retornou os pedidos de entrevista. O promotor Saad Mazloum, da Promotoria do Patrimônio Público e Social, instaurou o inquérito na quinta-feira (24). As informações são do "Jornal da Tarde".
    Leia também aqui.... leia mais... e mais sobre a Virada Cultural

    domingo, 27 de maio de 2012

    Jobim desmente Veja.

    Em 26 de maio de 2012 | 16h 10
    Pela Agência Estado.
    O ex-ministro da Defesa Nelson Jobim negou hoje que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha pressionado o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a adiar o julgamento do mensalão, usando como moeda de troca a CPI do Cachoeira.

    Reportagem da revista Veja publicada neste sábado relata um encontro de Lula com Gilmar no escritório de advocacia de Jobim, em Brasília, no qual o ex-presidente teria dito que o julgamento em 2012 é “inconveniente” e oferecido ao ministro proteção na CPI, de maioria governista. Gilmar tem relações estreitas com o senador Demóstenes Torres (sem partido, GO), acusado de envolvimento com a quadrilha do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
    “O quê? De forma nenhuma, não se falou nada disso”, reagiu Jobim, questionado pelo Estado. “O Lula fez uma visita para mim, o Gilmar estava lá. Não houve conversa sobre o mensalão”, reiterou.
    Segundo a revista, Gilmar confirmou o teor dos diálogos e se disse “perplexo” com as “insinuações” do ex-presidente. Lula teria perguntado a ele sobre uma viagem a Berlim, aludindo a boatos sobre um encontro do ministro do STF com Demóstenes da capital alemã, supostamente pago por Cachoeira.
    Ele teria manifestado preocupação com o ministro Ricardo Lewandowski, que deve encerrar o voto revisor do mensalão em junho; e adiantado que acionaria o presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência, Sepúlveda Pertence, ligado à ministra do STF Carmen Lúcia, para que ala apoiasse a estratégia de adiar o julgamento para 2013.
    Jobim disse, sem entrar em detalhes, que na conversa foram tratadas apenas questões “genéricas”, “institucionais”. E que em nenhum momento Gilmar e o ex-presidente estiveram sozinhos ou falaram na cozinha do escritório, como relatou Veja. “Tomamos um café na minha sala. O tempo todo foi dentro da minha sala, o Lula saiu antes, durante todo o tempo nós ficamos juntos”, assegurou.
    Questionado se o ministro do STF mentiu sobre a conversa, Jobim respondeu: “Não poderia emitir juízo sobre o que o Gilmar fez ou deixou de fazer”.
    Procurado pelo Estado, Pertence negou ter sido acionado para que intercedesse junto a Carmen Lúcia: “Não fui procurado e não creio que o ex-presidente Lula pretendesse falar alguma coisa comigo a esse respeito”.
    Do blog O Cafezinho

    Bradesco negocia compra do Santander no Brasil.



    O Bradesco está próximo de fechar a compra das operações do Santander no Brasil. O negócio para o banco espanhol, que já se desfez de operações no Chile e na Colômbia, passou a ser imperativo em razão do agravamento da crise bancária na Espanha, que tem exigido novos aportes de capital para fazer frente ao aumento da inadimplência.
    Procurado pelo GLOBO, o Bradesco não quis comentar a informação, e nenhum representante do Santander foi encontrado. Se confirmada, a operação catapultaria o Bradesco da terceira para a primeira posição no ranking dos maiores bancos de varejo do Brasil, ultrapassando de uma só vez o Itaú Unibanco e o Banco do Brasil (BB).
    Pelos números de março, Bradesco e Santander, juntos, somariam R$ 1,2 trilhão em ativos e R$ 108,4 bilhões em patrimônio líquido, contra R$ 896,8 bilhões e R$ 72,5 bilhões, respectivamente, do Itaú Unibanco. Já o BB fechou seu balanço no primeiro trimestre com R$ 1 trilhão em ativos (por ora, é a única instituição latino-americana a atingir essa marca) e R$ 60 bilhões de patrimônio líquido.

    Santander fez várias aquisições no país
    Desde sua entrada no mercado brasileiro, em 1957, o Santander fez aquisições de bancos de médio porte. Em 1997, o Grupo Santander comprou o Banco Geral do Comércio, mudando o nome da instituição para Banco Santander Brasil. No ano seguinte, adquiriu o Banco Noroeste e, em 2000, o Meridional, com a subsidiária Banco Bozano, Simonsen.
    Em 2007, o Santander Espanha participou de um consórcio com Royal Bank of Scotland e Fortis para comprar o controle do capital do ABN Amro, que controlava o Banco Real. A operação foi aprovada com ressalvas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). No ano seguinte, um acordo com o Fortis deu ao Santander a administração do ABN Amro no Brasil.
    O Santander Espanha também assumiu o controle do Banco Real, quarto maior banco privado do país em ativos. E, em 2009, o Real foi incorporado ao Santander Brasil e extinto como pessoa jurídica. Segundo o site do Santander, a incorporação está pendente da aprovação do Banco Central do Brasil. (fonte: idest.com.br  http://www.idest.com.br/noticia.asp?id=36835)