terça-feira, 26 de junho de 2012

Crime organizado derrubou Lugo.

No centro de São Paulo, na região da Praça Princesa Isabel, no bairro de Campos Elíseos, no fim da tarde, nos salões acanhados das agências de empresas de ônibus que fazem transporte de passageiros ao Paraguai, o movimento é frenético. Os ônibus chegam às paradas bem antes da partida a fim de ser carregados com grande quantidade de mercadorias.
As empresas de ônibus são paraguaias, argentinas e também brasileiras. Há uma meia dúzia de agências dessas empresas na região. Atualmente, boa parte dessas mercadorias (tecidos, roupas, calçados, material de construção, material elétrico etc.) passa normalmente pelo lado brasileiro do controle de fronteira com o Paraguai e, ao chegar do lado de lá, paga imposto.
As coisas mudaram muito de 2009 para cá.  Então, muito pouco do que era embarcado nos ônibus do lado brasileiro passava efetivamente pela aduana paraguaia. Os ônibus faziam paradas em Foz do Iguaçu para descarregarem a mercadoria e ela seguia em vans e barcos por caminhos alternativos até país vizinho. Sem pagar nada.
O comércio ilegal de mercadorias e o tráfico de armas e drogas sofreu um grande golpe com a chegada de Fernando Lugo ao poder. Em fevereiro de 2011, por exemplo, em reunião celebrada na capital paraguaia, Asunción, Lugo anunciou a criação de uma coordenadoria especial para combater o contrabando e o descaminho nas fronteiras do país.
O objetivo da coordenadoria de entidades como a Direção Nacional das Aduanas, o Ministério da Indústria e Comércio e o Ministério da Fazenda era frear a invasão de produtos contrabandeados dos países vizinhos para o Paraguai ou deste rumo aos países limítrofes, sobretudo Brasil e Argentina.
À época, a seguinte declaração de Lugo (abaixo) provocou a ira do empresariado paraguaio e dos amplos setores daquela sociedade que têm no contrabando uma das mais importantes fontes de receita:
Como vocês sabem, a luta contra o contrabando, fundamentalmente, faz alusão ao comércio exterior, tanto de importação como de exportação. Com esta comissão, que irá reunir-se mensalmente para coordenar planos específicos, esperamos poder reduzir este flagelo que afeta nosso país. A ideia aqui é tomar o tema em sua totalidade, porque sabemos também que, por trás dos pequenos contrabandistas, há grandes mentores, que são os beneficiários finais do processo. Os pequenos estão envolvidos, somente, como forma de subsistência
Todos os que conhecem o Paraguai sabem que “importar” mercadorias e insumos “en negro” sempre foi prática da quase totalidade do grande, do médio e até do pequeno empresariado daquele país. As empresas têm dois caixas e os fiscais do governo sempre foram facilmente corruptíveis.
Lugo combateu também, por exemplo, leis que permitiam trazer carros roubados no Brasil e legalizá-los do lado Paraguaio. Ou seja: o sujeito roubava o veículo do lado de cá, entrava no país vizinho, ia até a “Alcaldia” (prefeitura) e obtinha documentação e emplacamento. Simples assim. Era prática que funcionava também na Bolívia. Lugo e Evo Morales acabaram com a festa.
Ainda assim, a corrupção desbragada que vige no Paraguai ainda permite “legalizar” carros roubados no Brasil. Mas essa prática deixou de ser institucionalizada.
Outra medida de exceção estabelecida por Lugo foi dar liberdade de ação aos militares para promover prisões, buscar e combater grupos armados vinculados ao movimento de guerrilha Exército do Povo do Paraguai (EPP), acusado de manter vínculos com as FARC e com o crime organizado atuante na fronteira com o Brasil.
O estado de exceção foi decretado pelo governo paraguaio em cinco departamentos (estados) e evidenciou a atividade criminosa na região da fronteira.
A rentabilidade que o mercado negro gera a setores da sociedade paraguaia e a redes poderosas do crime organizado possuem vastas ramificações nas instituições daquele estado nacional, dominando decisões nos níveis Legislativo, Executivo e Judiciário. A corrupção, o contrabando e o tráfico são instituições paraguaias que Lugo tentou combater.
Quem conhece o Paraguai sabe do clima de revolta entre os setores que sempre se beneficiaram desse estado de coisas. O presidente anterior a Lugo, Nicanor Duarte, tinha ligações escancaradas com o contrabando. Ligações que até os postes da avenida Eusebio Ayala, em Assunção, onde o contrabando vai à venda, conhecem.
Blog da Cidadania

Curiosidades do Pará, o poraquê, o peixe-elétrico .


do Norte  o cotidiano dos paraenses que vivem em função do rio e da floresta. Na primeira reportagem da série, o repórter Luiz Carlos Azenha encontra o poraquê, o peixe-elétrico que dispara uma descarga que pode causar parada cardíaca e matar quem cair na água.
Acompanhe aqui...http://noticias.r7.com/videos/serie-jr-faz-expedicao-por-rios-e-florestas-do-para-e-mostra-o-temido-peixe-eletrico/idmedia/4fe8f29d92bbe758b24e49ea.html

domingo, 24 de junho de 2012

Após queda de Lugo, Brasil e Uruguai convocam embaixadores.

Manifestantes favoráveis a Lugo fazem manifestação na madrugada deste domingo em frente à sede da TV Pública do Paraguai, em Assunção. Foto: Pablo Porciuncula / AFP
Manifestantes favoráveis a Lugo fazem manifestação na madrugada deste domingo em frente à sede da TV Pública do Paraguai, em Assunção. Foto: Pablo Porciuncula / AFP
Os governos do Mercosul tentaram ampliar neste fim de semana a pressão sobre o Paraguai, depois que o Congresso do país realizou um impeachment relâmpago do agora ex-presidente Fernando Lugo, colocando em seu lugar o vice, Federico Franco. O Brasil e o Uruguai convocaram seus embaixadores em Assunção para esclarecimentos, um sinal, na diplomacia, de relações estremecidas entre os países. A Argentina foi além e retirou oficialmente seu embaixador do Paraguai até “a restituição da ordem democrática”.
A posição inicial do Brasil foi tomada pela presidenta Dilma Rousseff na noite de sábado. Ela se reuniu com os ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores), Celso Amorim (Defesa) e Edison Lobão (Minas e Energia), além do assessor especial para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, para discutir a crise no país. Em nota divulgada no fim da noite de sábado, o Ministério das Relações Exteriores evitou usar o termo golpe para designar o que houve no Paraguai, mas afirmou que a destituição de Lugo é o “rompimento da ordem democrática”.
“O governo brasileiro condena o rito sumário de destituição do mandatário do Paraguai, em que não foi adequadamente assegurado o amplo direito de defesa. O Brasil considera que o procedimento adotado compromete pilar fundamental da democracia, condição essencial para a integração regional”, diz o Itamaraty em nota. Ainda segundo o governo brasileiro, “medidas” estão sendo estudadas pelo Mercosul e pela Unasul contra o Paraguai. Essas medidas, garante o governo Dilma, não terão como alvo a população paraguaia.
O governo do Uruguai tem posições semelhantes. Após dialogar com o presidente José Mujica, o chanceler Luis Almagro condenou o “julgamento sumário” de Lugo e afirmou que a forma como o impeachment foi realizado “não condiz com as garantias essenciais do devido processo”. Almagro pediu ainda que uma nova eleição seja convocada o mais rápido possível. A próxima eleição está marcada para daqui a nove meses.
O governo de Cristina Kirchner na Argentina foi mais radical e decidiu retirar seu embaixador de Assunção. Em nota, seu governo voltou a criticar a “ruptura da ordem” e ordenou a “imediata retirada de seu embaixador em Assunção, ficando a representação diplomática sob a responsabilidade de um funcionário de negócios, até que seja restabelecida a ordem democrática no Paraguai”.
Lugo fala em volta da ditadura
Lugo reapareceu na madrugada deste domingo e deu uma entrevista coletiva em frente à sede da tevê pública do Paraguai, em Assunção, onde seus apoiadores se reuniram em protesto. Ele elogiou a reação internacional a seu impeachment. “A comunidade internacional vê com objetividade e serenidade o processo aqui no Paraguai. Vocês têm noção de que nossos amigos, os presidentes do Brasil, da Argentina, do Uruguai, estão retirando seus embaixadores daqui”, disse o ex-presidente segundo a BBC Brasil. Ele ainda afirmou que o governo de Federico Franco vai fazer o Paraguai voltar à ditadura. “Mesmo o Paraguai sendo um país mediterrâneo, o governo está ilhando o nosso país. Eles serão responsáveis pela pobreza e pelo retorno da ditadura ao Paraguai”, afirmou.

Perigo...BOLIVIA.. A bola da vez!

El Gobierno de Bolivia anunció estado de alerta ante la existencia de un escenario de Golpe de Estado en el país, luego que varios uniformados armados iniciaran manifestaciones, para exigir un aumento salarial .
“Los informes de prensa y los informes de inteligencia del Gobierno en este momento están diciendo que se está configurando un escenario de golpe"de Estado”, afirmó la ministra de Comunicación, Amanda Dávila, en una entrevista a la radio privada Erbol.
La ministra boliviana precisó que información de inteligencia gubernamental y algunos medios de difusión indican que los policías están moviendo armamento "en las ciudades de Cochabamba (en el centro del país) y en Tarija (al sur)".
"Lo que nos llama la atención es que los policías estén metiendo armas en unidades policiales donde no existían, estén presionando a otras unidades para que las armas sean entregadas y que esto esté sucediendo en el país", Dijo Dávila.
Por su parte, el ministro de Gobierno boliviano, Carlos Romero, informó más temprano que el Ejecutivo espera una respuesta de los policías movilizados a la oferta salarial que, a su juicio, sobrepasa la demanda inicial de ese sector, que en un principio planteó una remuneración mínima de dos mil bolivianos (287 dólares).
En este sentido, Romero informó que un contingente amplio de efectivos de las Fuerzas Armas tomarán las calles de Bolivia para reforzar la seguridad, luego que los policías desarrollaran protestas que hasta la fecha suman su tercer día.
Las Fuerzas Armadas “incrementaron en un 25 por ciento el número de efectivos militares destinado al apoyo de seguridad ciudadana”, apuntó Romero.
Desde el pasado viernes, policías bolivianos tomaron las oficinas del Tribunal Disciplinario y de Inteligencia de Bolivia, ubicadas en la ciudad de La Paz, a pocos metros del Palacio de Gobierno, para exigir una mejora salarial y la eliminación de la ley disciplinaria 101.
Una comisión de ministros liderada por el titular de la cartera de Gobierno, Carlos Romero, y los dirigentes de los policías han tenido dos reuniones preliminares desde anoche sin resultados por el momento.
teleSUR-Efe-Afp-ml/KMM