segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Alemães acusam Bento 16 de crimes contra a humanidade.



Acusação ao papa foi apresentada
à Corte Penal Internacional
Os advogados alemães Christian Sailer e Gert-Joachim Hetzel pediram à Corte Penal Internacional que abra um processo contra o papa Bento 16 sob a acusação de crimes contra a humanidade. 

No dia 14 deste mês, eles encaminharam ao tribunal documento com 51 páginas e 16.500 palavras onde apresentam provas da “estratégia do silêncio” do papa diante do abuso de crianças por sacerdotes, da campanha do Vaticano contra o uso de preservativo no combate à contaminação do vírus HIV e da “coação e ameaças” contra católicos dissidentes. 

No documento, os advogados afirmam que o papa tem usado a sua liderança religiosa para subjugar os fiéis com “ameaças terríveis” que colocam em risco a saúde da população mundial. “Ele tem obscurecido o sentido do certo e errado.” 

“Os católicos ameaçados pelo HIV se deparam com uma terrível alternativa: se eles se protegem com o preservativo durante a relação sexual, tornam-se graves pecadores; se não se protegem, por medo do castigo do pecado, tornam-se candidatos à morte.” 

Sailer e Hetzel argumentaram que nem sequer as crianças escapam do perverso controle da igreja, porque seus pais, sob a ameaça do fogo interno, são compelidos a batizá-las, embora não tenham discernimento para saber o que querem, que religião escolher. 

A Corte Penal Internacional é um tribunal permanente criado em 2002 pela ONU (Organização das Nações Unidas) para julgar acusações a pessoas, diferentemente do Tribunal de Haia, fundado em 1946 para decidir sobre questões de Estados. Ambos os tribunais têm sede em Haia, nos Países Baixos. 

São mínimas – ou nenhuma – as possibilidades de a Corte Penal aceitar as acusações Sailer e Hetzel.