sábado, 12 de janeiro de 2013

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Rede de comunicação criada por sindicatos da CUT cresce .


Folha de S. Paulo publica reportagem sobre crescimento da Rede Brasil Atual

11 jan
A reportagem da Folha de S. Paulo relata o crescimento da Rede. Embora tenha erros grosseiros na apuração dos fatos e focado apenas na televisão e na relação com Lula, a matéria da FSP dá um panorama dessa nova plataforma de mídia;

 Comentário de Paulo Salvador

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DANIEL RONCAGLIA
DE SÃO PAULO
Sindicatos ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores) fortaleceram nos últimos meses uma rede de comunicação própria que dispõe de uma emissora de televisão, três rádios, dois sites de notícias, dois jornais e uma revista mensal.
O projeto, que começou a ser planejado na década de 1980, ganhou impulso durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando os sindicatos conseguiram autorização para operar uma emissora de televisão, a TV dos Trabalhadores.
A emissora, conhecida como TVT, entrou no ar em 2010, mas seu alcance é limitado. O sinal é transmitido em UHF a partir de Mogi das Cruzes (SP), na Grande São Paulo, e replicado por sites e canais comunitários com os quais a CUT fez parcerias.



Reprodução
Lula em entrevista à TVT em novembro, quando festejou a expansão da emissora que ajudou a criar
Lula em entrevista à TVT em novembro, quando festejou a expansão da emissora que ajudou a criar
Para ampliar seu alcance na região metropolitana, a TVT vai instalar uma antena geradora na avenida Paulista no próximo ano, novidade celebrada pelo próprio Lula numa entrevista à emissora no fim de novembro.
"A TVT, se Deus quiser, vai evoluir muito", disse Lula. "Deixa sair a antena da Paulista para comemorarmos."
A rede tem a ambição de oferecer uma alternativa à programação das emissoras comerciais, veiculando programas jornalísticos, educativos e documentários produzidos pela TV Câmara e outros parceiros.
O investimento inicial para a criação da TVT foi de R$ 15 milhões, segundo a emissora.
Como muitos sindicatos são mantidos com recursos do imposto sindical, eles não podem ter concessões de rádio e televisão. Para montar sua rede de comunicação, os sindicatos da CUT criaram a Fundação Sociedade, Comunicação, Cultura e Trabalho.
A entidade tem como sócios os dois maiores sindicatos da CUT, o dos metalúrgicos do ABC paulista e o dos bancários de São Paulo.
A fundação é presidida pelo diretor de comunicação do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Valter Sanches. Ele afirma que a ligação que a maioria dos dirigentes da CUT tem com o PT não significa que o partido exerça influência no projeto.
"Com a CUT temos uma parceria muito sólida de troca de conteúdos e algumas pautas conjuntas e sinergias", diz. "Nem o PT, nem nenhum outro partido tem qualquer envolvimento com o projeto."
Em agosto, a fundação pôs no ar a Rádio Brasil Atual, formada por três emissoras de rádio FM, sediadas em Mogi das Cruzes, São Vicente (no litoral paulista) e Pirangi (Noroeste do Estado). As três concessões foram obtidas em 2009.
Outro braço da rede é o site Rede Brasil Atual, que afirma contar com 330 mil visitantes únicos mensais. A página publica notícias que abastecem sites e blogs alinhados ao PT. O site oficial do PT paulista destaca um link direto para a página.
Toda a rede de comunicação criada pela CUT tem um corpo de jornalistas que soma cerca de 170 profissionais. Seu custo operacional, exceto o jornal e a revista da Rede Brasil Atual, é estimado em R$ 800 mil mensais.
Editoria de Arte/Folhapress
CUT

Publicado na Folha de São Paulo em 11/01/2013 no caderno Poder.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Que beleza, Globo: Quando Tancredo Neves não assumiu foi festa da democracia e hoje com Chávez é manobra .

"Em 1985, quando Tancredo Neves, eleito pelo voto indireto do Colégio Eleitoral, sofreu uma cirurgia de emergência na véspera da posse, também não pode assumir, em um caso muito mais polêmico do que o de Chavez, pois Tancredo não foi eleito pelo voto direto popular, nem era caso de reeleição como é na Venezuela, onde o povo votou pela continuidade administrativa."

  Assista a Globo comemorando o que antes foi "festa da democracia" e hoje é manobra respaldada pelo Supremo da Venezuela.



quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Desemprego e miséria abalam a Europa (sonho tucano para o Brasil).




Sanguessugado do Miro
Altamiro Borges
Miriam Leitão, Sardenberg e vários outros “urubus” da mídia rentista, que vivem pregando a adoção no Brasil dos dogmas neoliberais, deveriam cobrir com mais atenção os efeitos destrutivos destas medidas na Europa. Das duas uma: ou fariam autocrítica das besteiras que alardeiam ou teriam de confessar que defendem os interesses dos banqueiros e dos ricaços. Um rápido balanço de 2012 evidencia o desastre causado pelo receituário neoliberal na zona do euro. O desemprego disparou e a miséria se espraiou no velho continente.

Em outubro passado, pelo 18º mês consecutivo, a taxa de desemprego voltou a subir e bateu recorde nos países que utilizam a moeda comum. Pulou de 11,6%, em setembro, para 11,7%, segundo dados da Eurostat, a agência oficial de estatísticas da região. No mesmo período do ano passado, o bloco tinha desemprego de 10,4%. Em 2008, no início da crise econômica, a zona do euro registrava índice de 7,6%. As medidas de “austeridade” aplicadas pelos governos rentistas da região só agravaram este drama social.
A situação é ainda mais dramática nos “primos pobres” da Europa. Na Espanha, o desemprego atingiu no final do ano passado 26,2% da população economicamente ativa. Já na Grécia ele vitima um quarto da força de trabalho: 25,4%. Em Portugal, a taxa disparou de 13,7%, em 2011, para 16,3%, em 2012. Na Irlanda, o desemprego alcançou 14,7%, marca um pouco melhor que os 15% registrados em outubro do ano retrasado. As menores taxas se encontram na Áustria (4,3%), em Luxemburgo (5,1%) e na Alemanha (5,4%).
Com o aumento do desemprego e o corte dos gastos sociais, o nível de pobreza atinge índices alarmantes no continente que se gabava do seu estado de bem-estar social. Segundo recente estudo oficial, 24,2% dos europeus – 119 milhões de pessoas – encontram-se hoje na situação de “risco de pobreza”. O índice é quase um ponto percentual maior que o registrado no ano anterior (23,4%) e, segundo a própria Eurostat, está ligado ao aumento do desemprego decorrente da prolongada crise econômica.
Bulgária e Romênia, dois países dizimados pela restauração capitalista, lideram a lista das nações com mais pessoas na pobreza – com 49,1% e 40,3%, respectivamente. Já a Grécia viu seu percentual saltar de 27,7% para 31,1% no período de apenas um ano. Na Espanha, o índice pulou de 25,5% para 27%. Os dois países que apresentam melhores resultados – Islândia (13,7% de pobres) e Noruega (14,6%) – não por acaso estão fora do bloco econômico europeu, hoje hegemonizado pelos neoliberais.