Teresa de Benguela: pela memória das mulheres quilombolas que lutaram pela liberdade de seu povo (17/11/2010)
Schuma Schumaher e Antonia Ceva
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Pela memória das mulheres quilombolas que lutaram pela liberdade de seu povo
Esta é uma homenagem à Teresa de Benguela, mas também às Marias, Tia Felicidade, Mariana Crioula, Zeferina e muitas outras quilombolas que lutaram heroicamente pela libertação do povo negro.
Teresa de Benguela foi uma líder do quilombo de Quariterê, no Mato Grosso, não se sabe se africana ou brasileira. Dizem que liderou um levante de negros e índios, instalando-se próximo a Cuiabá, não muito longe da fronteira com a atual Bolívia. Durante décadas, Teresa esteve à frente do quilombo, o qual sobreviveu até 1770, século XVIII.
No período colonial e pós-colonial no Brasil, os quilombos, espaços de resistência de homens e mulheres negros, reuniam milhares de habitantes, dentre eles negros/as, indígenas e brancos pobres. Estes habitantes eram denominados de quilombolas ou mocambeiros. Estes termos aparecem na documentação desde o século XVI.
O quilombo mais conhecido entre nós é o de Palmares, localizado na Serra da Barriga, em Alagoas. Este quilombo é considerado por muitos especialistas um “estado africano no Brasil”, por outros é considerado a “República de Palmares” devido sua extensão territorial. Seu líder Zumbi dos Palmares foi decapitado, no entanto a historiografia não sabe precisar ao certo como se deu sua morte.
O que sabemos é que Zumbi faleceu no dia 20 de novembro de 1695. Por isso, o dia da Consciência Negra é comemorado nesta data, com a finalidade de homenagear toda a população negra que lutou bravamente pela libertação do açoite, que liderou levantes em busca da liberdade e que construiu o patrimônio social e cultural brasileiro.
Nossa homenagem, em especial, às mulheres negras quilombolas que resistiram bravamente à opressão e lutaram pela libertação de seu povo.
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