sábado, 20 de março de 2010

O povo brasileiro não sentiu os efeitos da crise.

Dilma é a solução para o Brasil



A despedida de Dilma Rousseff no comando da Casa Civil, no fim deste mês, indicará o tom que o governo quer imprimir à temporada inicial da campanha de sua candidata ao Palácio do Planalto. A equipe do PT tentará a todo custo popularizar a imagem da ministra - ainda desconhecida de metade do eleitorado - e, ao mesmo tempo, carimbá-la como a mulher com capacidade de resolver problemas e apontar soluções.

O roteiro que Dilma cumprirá, nos últimos dez dias de governo, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reflete com todas as letras a estratégia traçada pelo comando petista. A maratona de viagens inclui visita à favela de Paraisópolis - a segunda maior de São Paulo -, no próximo dia 25, para uma cerimônia de licenciamento de rádios comunitárias e inauguração de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Encravada no Morumbi, Paraisópolis tem cerca de 80 mil moradores e só perde em tamanho para a favela de Heliópolis, também na zona sul. A urbanização, ali, é obra do PAC, carro-chefe da campanha de Dilma, e teve parceria entre governo federal, Prefeitura e Estado, comandado por José Serra - pré-candidato do PSDB à sucessão de Lula.

Do palanque popular na maior cidade do País, Dilma irá para o sul da Bahia, onde vestirá novamente o figurino da mulher capaz de cuidar de temas intrincados, como energia elétrica. Vinte e quatro horas após receber na favela "a mesma força do povo" conferida a Lula - como diz um de seus jingles, copiando refrão da música que embalou a reeleição do presidente, em 2006 -, a ministra participará da cerimônia de inauguração de um gasoduto em Itabuna (BA).

O lançamento da segunda edição do PAC, previsto para o dia 29, embalará o discurso de Dilma até a eleição de outubro. Ao encarnar o pós-Lula, a chefe da Casa Civil vai pregar um novo projeto nacional de desenvolvimento, com Estado forte, e bater na tecla de que é necessário transformar crescimento em prosperidade. Em conversas reservadas, auxiliares do presidente dizem, porém, que o Brasil não pode crescer mais do que 6,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para não haver repique inflacionário.Grandes Cidades - "As políticas sociais serão temas essenciais nesta campanha", afirma o ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha. "Vamos dar prioridade à qualidade da educação, à saúde e aos problemas das grandes cidades." Para Marco Aurélio Garcia, assessor de Assuntos Internacionais da Presidência e coordenador da plataforma de Dilma, quem está sofrendo não quer saber se o sofrimento é da alçada "municipal, estadual ou federal".

Feito sob medida para ser anunciado como último ato sob a coordenação de Dilma no governo, o PAC 2 terá investimentos na casa de R$ 600 bilhões e forte ingrediente eleitoral. Na tentativa de conquistar o voto feminino, a ministra incluiu no programa a construção de 6 mil creches - 1,5 mil por ano - no período de 2011 a 2014.

"Se nós quisermos, de fato, enfrentar a desigualdade na raiz, temos de tratar da questão da creche no primeiro ano de vida das nossas crianças", insiste ela, de olho no apoio das mulheres.

Sempre acompanhada por Lula, Dilma encerrará o périplo na condição de chefe da Casa Civil no dia 31, quando visitará Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte (MG). As cidades não foram escolhidas por acaso: a ministra, que nasceu na capital de Minas, construiu carreira no Rio Grande do Sul após cumprir pena de três anos como presa política.A origem mineira da candidata será destacada na campanha. Após passar o bastão da Casa Civil para Erenice Guerra, atual secretária executiva, Dilma fará roteiro afetivo pela região das Alterosas, reencontrando a família e locais onde viveu e estudou, como o Estadual Central, de grande efervescência política nos anos 60. Ela já capricha no sotaque. "Eu, hein, Rosa?", brincou há três dias, na abertura da Conferência de Cultura, usando expressão comum em Minas.



Postado por DANIEL PEARL
Escrito por Apeoesp 18/03/2010 As verdadeiras razões da greve dos professores em São Paulo O artigo "Melhora sutil" (Folha de S.Paulo, 4/3), do secretário estadual da Educação, Paulo Renato Souza, tenta transformar os resultados do Saresp em indicador da melhoria da qualidade do ensino. Mas educadores e especialistas concordam que os resultados da avaliação foram "pífios" ou, quando muito, "insuficientes". Por Maria Izabel Azevedo Noronha, presidenta da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e membro do Conselho Nacional de Educação na Folha de S.Paulo. Os investimentos em educação vêm caindo ano a ano no estado de São Paulo. Em 2009, o governo estadual deixou de gastar R$ 360 milhões no setor educacional. Neste ano, não há previsão de reajuste salarial para o magistério. Todo profissional precisa ser bem remunerado, ter carreira justa, condições de trabalho e jornada de trabalho adequada. Por que no caso dos professores seria diferente? A greve que realizamos neste momento busca o atendimento dessas reivindicações. Nossos salários estão defasados e precisam ser reajustados em 34,3% para recuperar o poder de compra de março de 1998. O secretário tenta comparar o incomparável ao dizer que, se um aumento de 5% no PIB nunca seria considerado "sutil", o aumento do Idesp (indicador criado a partir do Saresp) deveria ser comemorado. Como economista, o secretário deveria perceber que a comparação é descabida. Não há equivalência entre o crescimento do PIB, que mede as riquezas materiais produzidas pela nação, com os resultados do processo ensino-aprendizagem. Para nós, os resultados de avaliações não são absolutos nem totalmente quantificáveis. O principal resultado da educação é a formação de cidadãos e cidadãs. O ser humano deve ser o centro do processo educativo. As avaliações são importantes instrumentos para a localização dos problemas e das potencialidades de cada aluno, classe, equipe, escola e do sistema como um todo. Ajudam a rever métodos, readequar conteúdos e direcionar atenção e recursos aos elos mais frágeis. Mas seus resultados estão condicionados por um conjunto de fatores que inter-relacionam e precisam ser considerados em qualquer avaliação. Pela forma como o governo lê os resultados das avaliações, a gestão educacional nada tem a ver com eles. As autoridades educacionais, assim, isentam-se de responsabilidade. O secretário diz que "os professores são vítimas de um sistema de formação docente que privilegia o teórico e o ideológico em detrimento do conteúdo e da didática". Por que, então, a prova aplicada aos professores temporários foi focada na aferição de conhecimentos teóricos e não avaliou a prática pedagógica? Não acreditamos em teoria sem prática nem em prática sem teoria. É também por meio de uma prova de conhecimentos que o governo define quais professores terão direito a reajuste salarial, ainda assim limitando a "até" 20% da categoria. O governo bate na tecla da má formação dos professores. Por que não promove, então, programas de formação continuada no local de trabalho durante a jornada do professor? Por que se opõe à destinação de um terço da jornada de trabalho para atividades de formação e atualização da categoria? Por que aplica apenas o mínimo (20%) definido para essa finalidade pelas diretrizes nacionais, enquanto a capital, por exemplo, destina 33% da jornada para tal fim? Além disso, os cursos promovidos pela secretaria são insuficientes e restritivos. Não aceitamos a afirmação de que nossas posições têm motivações eleitorais. As ações da Apeoesp são determinadas pelas representações em todas as regiões do estado. A greve é deliberada por pessoas que, nesse sentido, assumem uma posição política. Sou presidente do maior sindicato da América Latina, não sou candidata a nenhum cargo nas eleições de outubro, mas, como cidadã, não tenho o direito a preferência partidária? O governador, sim, é candidato. Por que o governador e o secretário podem ser vinculados a uma organização partidária, o PSDB, e o restante da população não pode? Paulo Freire dizia que não existe neutralidade na educação. A própria neutralidade é, na verdade, uma posição política diante da realidade. O que importa, mesmo, é saber se a educação estadual, hoje, corresponde às necessidades da população. É aceitável que os professores estaduais tenham salários tão baixos e condições de trabalho tão ruins para cumprir uma das funções mais importantes na nossa sociedade? Lançamos aqui um desafio ao secretário: promova a reposição do poder de compra dos nossos salários e nos dê um tempo. O senhor e toda a população verão que a educação vai melhorar — e muito

sexta-feira, 19 de março de 2010

Os números e a política.





Escrito por Vagner Freitas de Moraes, secretário de Administração e Finanças da CUT Nacional


18/03/2010

Antes de começar a tecer considerações políticas sobre o caso da Cooperativa Habitacional dos Bancários, é preciso destacar os números que fazem parte da nota de esclarecimento da Bancoop:
Os números
Total de empreendimentos já concluídos ou em construção: 34.
Empreendimentos com todas as unidades entregues: 24.
Empreendimentos em construção: 10.
Empreendimentos que foram descontinuados por falta de interesse dos cooperados: 19.
Total de unidades já entregues ou em construção: 6.358
Total de unidades entregues: 5.337 (84% do total), sendo 4.152 em empreendimentos já concluídos e 1.185 em empreendimentos em construção.
Total de unidades em construção: 1021, sendo que, desse total, 502 pertencem a cooperados que aguardam a conclusão e o restante integra um estoque de unidades disponíveis.
Total de unidades com escritura liberada: 3.406.
É de conhecimento público que a Cooperativa Habitacional dos Bancários passou por uma série de dificuldades e que um dos responsáveis pela busca de soluções chama-se João Vaccari Neto. Respeito aos investimentos dos cooperados sempre foram as marcas da administração de nossa cooperativa.
Sou testemunha da seriedade do companheiro João Vaccari, não só como uma grande liderança da Central Única dos Trabalhadores e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, mas também como presidente da Cooperativa dos Bancários. Acompanho sua luta desde que ele assumiu a presidência da cooperativa para colocar a casa em ordem e poder atender aos interesses dos cooperados. E os números mostram que, apesar das dificuldades, ele vinha conseguindo antes de se licenciar.
Desde sua fundação, em 1996, a Bancoop teve por compromisso colocar à disposição imóveis com preços abaixo dos praticados pelo mercado. E nisso tem tido total sucesso. Os números disponíveis acima não deixam margens para dúvida.
Desde 2005, a cooperativa vem sendo auditada pela Terço Grant Thornton. Já havia celebrado um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) com Ministério Público e vem cumprindo com tudo o que foi acordado.
A política
Desde 2007, o promotor José Carlos Blat tem investido contra a Bancoop e até hoje nada encontrou que pudesse colocar em suspeição suas atividades. Ao mesmo tempo, a cada dois anos, o assunto volta às manchetes de revistas e jornais tendo como principal fonte o promotor. Inclusive no 11/03 foi indeferido pela justiça, o pedido feito pelo promotor, de bloqueio das contas da cooperativa.
E, por fim, é importante perguntar:
Não é muito estranho que justamente quando a pré-candidata à presidência pelo Partido dos Trabalhadores chegou próximo ao candidato da mídia nas pesquisas eleitorais começam a aparecer estas denúncias requentadas?
Por que a Assembléia Legislativa de São Paulo não encaminhou as várias CPIs contra o PSDB que estão na casa como, por exemplo, as do Rodoanel e da Alston (cujas investigações mais sérias estão sendo feitas pela justiça da Suíça e da França)?
Porque esta mesma mídia, que insiste em fazer denúncia contra a Bancoop, não denuncia a falta de transparência da Assembléia Legislativa de São Paulo, que exerce uma verdadeira blindagem ao governo Serra?
É importante colocar que não é de agora que a imprensa - em especial a Revista Veja, os Jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo, e as organizações Globo e Bandeirantes - não consegue conviver com o governo do presidente Lula, fazendo uma oposição sistemática e, às vezes, irresponsável para com o país.
Foram escândalos fabricados por denúncias sem o mínimo de comprovação; tentativa de disseminar o pânico na população como nos casos da febre amarela e da gripe H1N1; atribuir culpa que não lhe cabia, como o caso do acidente da TAM; além de campanhas sistemáticas contra o Bolsa Família e política de cotas nas universidades, entre outros avanços.
Na campanha eleitoral de 2006, vários desses veículos apostaram todas suas fichas na derrota do presidente Lula. No entanto, mais uma vez, a população deixou claro que não iria se influenciar pela opinião daqueles que, em detrimento do bem estar do país, querem se referendar como poder paralelo ao do Estado. O que acompanhamos mais uma vez nada mais é do que a tentativa desesperada de fabricação de um escândalo com intuito de atingir o PT e a pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff à presidência da República.
Isto tudo, é importante registrar, já é fruto do seminário realizado no dia 08 de março, patrocinado pelo Instituto Milleniun, cujo principal objetivo era organizar a atuação destes veículos na campanha eleitoral deste ano. Para eles, será tudo ou nada na tentativa de levar seu candidato ao poder na próxima eleição. As duas pseudodenúncias da Veja mostram que eles já estão colocando em jogo suas estratégias.
Nós, trabalhadores (as) paulistas, sabemos bem o que é ter um governo tucano no poder: arrocho de salário; privatização do nosso patrimônio, como nos governos de Fernando Henrique; falta de diálogo e criminalização dos movimentos sociais; mais e mais caros pedágios.
O que está em jogo no momento não são os interesses dos cooperados, como querem fazer parecer aqueles que requentam as denuncias contra a Cooperativa dos Bancários. O que esta em jogo é o projeto político da mídia e de seu candidato para 2010.
Para nós trabalhadores (as) cabe apostar na continuidade de um projeto vitorioso, com crescimento econômico, a participação popular, a valorização do salário mínimo e a inclusão social.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Serra entra em desespero com as novas pequisas.!




Sem uma vantagem confortável nas pesquisas e vendo a ministra Dilma Rousseff, aproximar-se cada vez mais, o desafio do governador José Serra (PSDB) até a eleição de outubro é tentar ser anti-Dilma, mas não anti-Lula, diz o professor de Ciência Política da Ufscar (Universidade Federal de São Carlos) Marco Antônio Villa.
O problema do Serra é que ele não pode ser anti-Lula. Ele tem que ser anti-Dilma, mas não anti-Lula. Esse é o grande desafio: se contrapor a Dilma e mostrar que é melhor que ela, mas sem dizer que o governo Lula é uma catástrofe.
Especialistas em política afirmaram que o resultado da pesquisa CNI/Ibope confirma que há uma tendência de crescimento da ministra Dilma nas intenções de voto. No levantamento, a ministra aparece com 30% das intenções de voto, a 5 pontos do governador de São Paulo, José Serra, que tem 35%. Em dezembro, essa diferença era de 21 pontos.
Para Villa, a alta popularidade do Presidente Lula e o fato de Serra não ter um cabo eleitoral forte colocaram o governador Serra numa “situação desconfortável” nos últimos meses.
Para o cientista político e professor emérito da Unb (Universidade de Brasília) David Fleischer,as pesquisas mostram claramente que Dilma subiu tanto no Sudeste e no Sul quanto no Nordeste. No entanto,a subida de Dilma no Sudeste e no Sul assustou muito os tucanos especialmente o governador José Serra, diz Fleischer,.
Fleischer aponta ainda que Dilma pode crescer entre os eleitores que não sabem que ela é a candidata de Lula. Segundo Ibope, 53% dos eleitores dizem que votariam no candidato(a) de Lula, enquanto 42% afirmam não saber que o Presidente apoia a ministra.
Enviar por e-mail: Por: Helena™ . 12:50:00 PM - Comente - Link para