Cadê a Dilma na Folha?
Na Folha de São Paulo (jornal das Organizações Serra) de hoje (12/05), você encontra uma foto toda meiga do Serra vendo o mágico fazer mágica com a legenda “Abracadabra” e um pequeno texto. Matéria nada, só para ficar bem na foto mesmo, está lá na página A4.
Depois vai encontrar na página A8, metade da página, com texto e foto dedicada a Marina Silva e mais um espaço para o Serra justificar o que falou do Banco Central (os neoliberais que ele representa devem ter enquadrado o tucano).
E aí você procura e procura e não vai achar nadinha sobre Dilma Rousseff.
A Falha de S.Paulo do Otavinho frias não toma vergonha mesmo.
O pai dele, embora emprestasse carros do jornal para o transporte de presos políticos, não fazia as coisas no jornal tão escancaradas assim.
Fazer o que com essa CPI?
Os tucanos já não sabem mais o que fazer com a CPI da Bancoop na ALESP.
As declarações de João Vaccari em duas CPI´s em Brasília, esclarecendo todos os questionamentos dos raivosos senadores tucanos deixou seus pares paulistas sem saber o que fazer, pois todas as perguntas que podiam fazer já foram feitas e respondidas.
O promotor Blat não apareceu e ao que tudo indica, parece que não quer uma oitiva com Vaccari, e que as provas que tanto alardeou na mídia, digo, no PIG, que tinha, não existem.
Ontem, em audiência na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC), a pessoa designada para falar pelos mutuários leu uma carta falando mal do PT, e nada da Bancoop.
Cada vez fica mais claro o objetivo eleitoral desta CPI, que no máximo pode remeter o caso para o Ministério Público, onde se encontra desde 2006.
E como fica na ALESP as CPI’s da Alston, do CDHU, do metrô e outras 67 que estão na fila para averiguar as falcatruas dos tucanos nestes 16 anos de desmandos em São Paulo?
Alston.
Por falar na Alston, embora a CPI não saia por aqui, existem indícios de que as prisões de executivos da Alston, metidos em pagamentos de propinas na Europa devem respingar logo por aqui, no tucanato paulista. É aguardar para conferir.
Trabalhadores no Pacaembu
Dia 1º de junho as maiores centrais sindicais do Brasil estão se organizando para colocar milhares de pessoas no Pacaembu para defender as bandeiras da jornada de trabalho de 40 horas semanais (embora já esteja em negociação o intermediário de 42 horas) e os principais pontos dos trabalhadores para ser apresentado aos candidatos a presidente.
De Serra não pode-se esperar nada, basta ver como os trabalhadores foram tratados durante o governo FHC e como Serra sempre os tratou em São Paulo (lembram-se dos professores recentemente)?
De Marina Silva também não se espera muito, além da chance mínima, seu partido não ter qualquer sustentação para assumir as principais bandeiras dos trabalhadores.
Resta Dilma, para quem efetivamente serão apresentadas as propostas. Além de a candidata do presidente, um ex-sindicalista, seu partido, o PT nasceu exatamente das lutas do movimento social organizado, principalmente do movimento sindical.
Tertuliano Queiróz