Companheiras(os), ouçam esse entrevista dada na CBN , é bom
entender que para alguns profissionais de saúde não é interessante um SUS de
qualidade, que funcione e nem tampouco para algumas indústrias Farmacêuticas e
também para grande maioria dos Convênios :
1º) A Associação Médica inibiu a criação por longos DEZ (10) anos
de Faculdades de medicina
"Essa elite protecionista e corporativista, que só defende e
protege a classe deles (doa a quem doer) e que esqueceu do Povo que precisa ser
atendido pelo SUS, e também a ineficácia e criminosa atitude do Governo já
que os recursos são repassados não INVESTEM em TECNOLOGIAS necessárias, passando
o problema para cidades VIZINHAS. Para a indústria
farmacêutica e para os convênios "não importa a saúde e sim a falta
dela"...e lembrando também que nos EUA 30% são de profissionais
estrangeiros necessários para atender a demanda.
ATIVIDADES DA PRESIDENTA - 24.06.13:
A presidenta Dilma Rousseff recebeu nesta segunda-feira (24)
governadores e prefeitos de várias capitais brasileiras para debater
soluções para os problemas levantados pela manifestações que acontecem
em todo o país desde a semana passada. Durante o encontro, a presidenta
propôs pactos em cinco frentes para atender às reivindicações:
responsabilidade fiscal e estabilidade econômica, reforma política a
partir de participação popular em plebiscito nacional, melhorias na
saúde, transporte público e educação pública. Dilma Rousseff sugeriu
ainda uma legislação que considere a corrupção como crime hediondo.
1
- COPA: Não diga que foram gastos R$ 30 bilhões em estádios. Na
verdade, foram gastos R$ 7 bilhões, que é coisa pra caramba. Desses R$ 7
bilhões, grande parte é EMPRESTADA pelo governo federal (que cobrará de
volta), mas a maior fatia do investimento será paga pela iniciativa privada. Os outros R$ 23 bilhões foram investimentos em infraestrutura, transporte e aeroportos. Inclusive, o investimento em transporte é uma das reivindicações dos protestos.
2
- SAÚDE x COPA: Nunca peça pro governo gastar com saúde o mesmo que se
gastou com estádio de futebol. Nos sete anos de preparação para a Copa,
foram gastos aproximadamente R$ 7 bilhões com estádios. Nesse mesmo
período, foram gastos mais de R$ 500 bilhões com saúde. Então se você
fizer isso, na prática está pedindo pra reduzir consideravelmente os
gastos com saúde. Então, cuidado pra não pedir a coisa errada.
3 -
PRISÃO DE CORRUPTOS: Não exija que a presidente garanta que algum
político seja preso. Isso é papel do poder Judiciário. O manifesto deve
ser endereçado a esse poder.
4 - VOTAÇÃO DE LEI OU PEC: Não exija
que a presidente impeça a votação de uma lei ou PEC. Isso é
prerrogativa do Congresso. O manifesto deve ser endereçado aos
parlamentares.
5 - CASSAÇÃO DE MANDATO: Não exija que a
presidente casse o mandato de algum deputado ou senador. Isso é papel
das casas legislativas. Está escrito no artigo 55 da Constituição
Federal.
6 - CONGRESSO E PARTIDOS: Nunca peça pra fechar o
Congresso e acabar com os partidos. O último presidente que fez isso foi
um marechal. Tal ato aconteceu em 1968 e foi nada menos do que o temido
AI-5 da ditadura.
7 - AUXÍLIO-RECLUSÃO: Não compartilhe aquelas
informações falsas sobre o auxílio-reclusão, que é um benefício pago à
família do detento que tinha carteira assinada e contribuiu com o INSS,
logo ele está recebendo um valor pelo qual já pagou anteriormente. O
detento deve ser punido, não sua família.
8
- BELO MONTE: Não compartilhe o vídeo dos atores da Globo contra Belo
Monte. Esse vídeo de 2011 está cheio de informações falsas. Inclusive,
alguns atores que gravaram o vídeo se arrependeram depois de descobrir
que o que eles disseram não era bem assim.
Esquerda mobiliza periferia e se organiza para barrar o avanço da direita
publicado em 22 de junho de 2013 às 20:54
Esquerda se une em São Paulo para decidir como atuar em manifestações pelo país do Brasil de Fato
22/06/2013 José Coutinho Júnior, de São Paulo (SP)
Nesta sexta (21/06), 76 organizações de esquerda, representando
movimentos sociais, sindicatos e partidos políticos se reuniram no
Sindicato dos Químicos em São Paulo para avaliar o cenário de
mobilizações no Brasil e como criar uma unidade entre si para atuar
nestas manifestações.
A avaliação feita pelas organizações é de que as manifestações, que
iniciaram em torno da redução da tarifa do transporte público na cidade,
tem um caráter progressista, pois buscam a ampliação de diversos
direitos sociais para a juventude e para a classe trabalhadora,
indignadas com a situação em que vivem há anos.
No entanto, a direita organizada tenta dar os rumos do movimento,
enfatizando o nacionalismo e explorando o senso comum de que as
organizações políticas são a causa dos problemas do país, afirmando que
as manifestações são de um povo que, unido, não precisa de partidos ou
organizações.
Dessa forma, a direita inicia um processo de incitação ao ódio às
organizações trabalhadoras, responsáveis por construir lutas e
mobilizações, para que estas sejam impedidas de participar ativamente
das mobilizações com suas pautas progressistas, tentando assim acabar
com o caráter de classe e de luta por direitos concretos das
mobilizações.
A violência, tanto verbal quanto física, esta causada por grupos de
skinheads e neonazistas, que movimentos sociais, partidos e sindicatos
sofreram no ato da última quinta (20/06) em São Paulo, revela bem a
capacidade dessa direita em utilizar o sentimento de indignação contra a
política para expulsar a classe trabalhadora organizada dos atos.
Frente a isto, as organizações presentes avaliaram que é o momento de
se unir, construindo uma plataforma política unitária e se organizar
para levar as pautas da classe trabalhadora para as mobilizações, como a
democratização dos meios de comunicação, a redução da jornada de
trabalho, a suspensão dos leilões do pré-sal, a reforma política e a
prioridade de investimento dos recursos públicos em saúde e educação, politizando desta forma as ruas e a população que se manifesta.
A violência deve ser combatida, mas é preciso ter em mente que ela é
causada principalmente por grupos da extrema direita, e não pela maioria
presente nos atos, que acaba sendo manipulada por estes grupos. As
organizações avaliam que devem estar presentes nas ruas para disputar a
consciência destas pessoas, além de realizar uma jornada nacional de
lutas conjuntas para reivindicar suas pautas e mostrar sua força.
Estavam presentes organizações como a Marcha Mundial das Mulheres
(MMM), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Via Campesina, União
Nacional dos Estudantes (UNE), Intersindical, Partido Socialista dos
Trabalhadores Unificado (PSTU), Partido Socialismo e Liberdade (PSOl),
Partido dos Trabalhadores (PT), dentre outros. Reuniões como esta estão
sendo feitas em outros estados, como Rio de Janeiro, Brasília e Minas
Gerais.
*****
Grupos de periferia se articulam em São Paulo para defender democracia e Dilma
Após violência contra militantes de esquerda em manifestações,
Cooperifa reuniu ativistas para reafirmar posicionamento e unificar
bandeiras
São Paulo – Cerca de 60 pessoas representando diversos coletivos e
movimentos sociais que atuam em bairros periféricos da zona sul de São
Paulo se reuniram na noite de ontem (21) na sede da Cooperativa Cultural
da Periferia (Cooperifa), no Jardim Guarujá, para articular estratégias
de combate a ideais classificados como fascistas.
Os participantes discutiram sobre a presença de grupos com símbolos
associados ao nazismo e ao fascismo no ato da última quinta-feira,
quando milhares de pessoas se reuniram na Avenida Paulista pedindo,
entre outras pautas associadas ao conservadorismo, o fim dos partidos e
dos governos. Para a frente periférica, isso, associado a palavras de
ordem como “Fora Dilma”, sinalizou a intenção desses grupos de usar
formas não democráticas para atingir seus objetivos. No ato, bandeiras
de legendas políticas e da Uneafro foram queimadas e militantes ficaram
feridos.
A avaliação preliminar do grupo em formação é que é preciso haver
apoio mútuo entre movimentos sociais e partidos de esquerda, ainda que
haja diversas críticas a eles, especialmente ao PT e ao governo Dilma.
“Não é hora de a Dilma sair. Nós vamos responder nas urnas”, afirmou
Débora Silva Maria, coordenadora das Mães de Maio.
Para a frente periférica, é preciso reafirmar os preceitos da
esquerda e formular uma pauta de reivindicações unificada e objetiva que
contemple as demandas das regiões mais pobres da cidade, além de não
permitir que grupos de direita usem a população como massa de manobra.
Diversos bairros na cidade e em municípios da região metropolitana
também têm sido tomados por manifestações. Jovens já pararam avenidas
importantes da zona sul, entre elas, a Belmira Marin, que liga o Grajaú à
Cidade Dutra, e a Estrada de Itapecerica, no Capão Redondo.
Há mais de uma década, o movimento Hip Hop e os saraus têm reunido
forças de esquerda em bairros afastados das regiões centrais da capital
paulista. Agora, acredita Sérgio Vaz, poeta e coordenador da Cooperifa, é
hora de colocar em prática todo o acúmulo desses movimentos.
“Não é uma luta qualquer. É luta de classes. A gente fala tanta
coisa, escreve tanta coisa. Tanta gente cita o Che Guevara, agora o
Marighella. Chegou o dia”, avaliou. Vaz acredita que o fortalecimento do
conservadorismo afeta diretamente a periferia. “Normalmente sobra para a
gente. Mas as balas aqui não vão ser de borracha”, afirmou.
Militantes das antigas, comunistas comedores de criancinhas, políticos corruptos e malvados em geral: tremei! O gigante acordou.
Acordou,
de fato, não há o que se discutir quanto a isso. Mas acho que acordou
com amnésia. Ou o gigante esqueceu da história recente do país ou talvez
não a tenha vivenciado. Estava dormindo, afinal de contas.
O
gigante também quer brigar contra o que está errado, mas não entende
muito bem o que está acontecendo. Acho que ele acordou assim meio de
supetão, no susto. Ouviu uma gritaria, uma certa baderna e à princípio
achou ruim – quem gosta de baderna? Mas depois que viu algumas pessoas
apanhando da polícia sem qualquer motivo aparente, mudou de ideia e
resolveu participar.
Foi assim que descobriu
um pessoal brigando por seus direitos. Mas no calor do momento ele não
pôde parar para entender o que de fato estava acontecendo. Simplesmente
entrou na dança.
Correndo
ali no meio do povo, o gigante ouviu dizerem que todo o vuco-vuco era
para baixar o preço da tarifa do transporte público, que havia subido
vinte centavos. Aquilo era meio estranho pro gigante, pois ele nunca
andou de ônibus e alguns centavinhos para ele era mixaria.
Foi
aí que ele ouviu alguém gritar: “É mais do que vinte centavos!” e tudo
fez sentido. Gigantes, você deve saber, têm dificuldade para interpretar
as coisas, por isso ele entendeu que aquela era a hora de lutar por
TUDO de uma vez só: saúde, educação, salários justos, etc.
Em
meio àquele carnaval ideológico, o gigante se sentiu em casa. Escreveu
cartaz, pintou a cara e se vestiu de branco. Até que finalmente
encontrou uma causa ainda mais nobre para defender: chegara a hora de
lutar contra o verdadeiro Mal.
Gigantes
não compreendem nuances de pensamento. Eles são maniqueístas por
natureza, por isso precisava de um vilão bem malvado para lutar contra.
Imagine como ele ficou contente ao sussurarem em seu ouvido: o governo
atual é o vilão, pegou dinheiro do povo. E como ele esteve dormindo por
tanto tempo, achou que foi o partido do governo que inventou a
corrupção, e que antes deles nada disso tinha ocorrido no Brasil.
E
quem pode culpar o gigante? Poxa, ele não sabe das coisas. No fundo ele
é bem intencionado, se você pensar bem: quer acabar com a corrupção,
quem poderia ser contra isso?
Então
o gigante avistou um monte de bandeiras vermelhas, cada uma com uma
sigla totalmente diferente da outra, mas como ele não sabia ler direito,
achou que todas eram a favor do governo, achou que todas representavam o
Mal. E se chateou, pediu para baixarem a bandeira.
Amigos compatriotas, vermelho é mal. Como vocês podem defender algo assim? Não pode! – bradava o gigante.
O pessoal não quis ouvir o grandalhão. Até tentaram explicar o conceito de democracia pro gigante, mas o blablabla
acabou por irritar o colosso ainda mais, que bateu nos manifestantes
sem a menor cerimônia. Gigantes são assim: muito fortes, bastante
estabanados e têm um pavio muito curto.
Mas
quem poderia culpar o gigante? Ele dormiu durante as aulas de História,
por isso não sabia que aquelas pessoas estavam acordadas muito antes
dele. Já tinham lutado muito, conquistado direitos, derrubado
governantes. Mas para ele isso tudo não queria dizer nada.
O
que poucos sabem, entretanto, é que gigantes são muito vaidosos. E toda
aquela confusão que ele já tinha causado acabou chamando a atenção da
mídia. Só que ao invés de contrariá-lo, a mídia resolveu bajular o
gigante. Disse que aquilo que ele estava fazendo era o certo, e o
gigante ficou todo cheio de si.
Gigantes
gostam de ser tratados assim, com todo o carinho. Experimente dizer
“não” a um gigante. Não dá certo. Gigantes foram criados na base do
leite com pera e Ovomaltine na geladeira. Quando vão no supermercado com
os pais, sempre saem com um brinquedo novo. Quando vão para a balada,
acreditam que todas as meninas são obrigadas a dar atenção pra ele. E se
por acaso forem contrariados, os gigantes brigam. Brigam muito,
esperneiam, se jogam no chão, batem, quebram tudo. Se a briga não der
certo, chamam os pais. Aí a coisa fica séria, pois os pais dos gigantes
são gigantes também, mas têm muito mais poder. Normalmente mais
dinheiro, mais influência, mais cara-de-pau.
Todos
achavam que o gigante acalmaria em algum momento, mas aí a tal da
manifestação da tarifa deu certo: reduziram o preço pago pelo transporte
público. Foi a maior festa. Só que o gigante queria mais, não podia
simplesmente parar ali. Finalmente ele estava acordado, não queria
dormir de novo.
Por
favor não julgue o incompreendido gigante. Faltou educação, faltou mais
carinho e menos mimos. Tente entender o lado do gigante: um belo dia ele
acorda e vê que o povo tem poder. E assim, sem entender, ele se envolve
com a luta e consegue atingir um dos principais objetivos. Ora, não tem
nada que um gigante goste mais do que quando cedem a seus pedidos. Por
isso ele acabou se descontrolando de vez.
Começou
a carregar placas de tudo quanto é tipo. Falaram de um tal de PEC e que
isso era ruim. Ele passou a ser contra. Falaram que a Copa era ruim,
ele gritou contra. Falaram que os médicos de Cuba queriam roubar emprego
dos médicos brasileiros, e o gigante gritou contra. Falaram que o
melhor era tirar os vermelhos do poder, e então ele passou a gritar pelo
impeachment da presidenta – mesmo sem ter nenhuma proposta do que fazer
depois que ela saísse do poder. Mas ele gritou mesmo assim.
E
foi aí que resolveram fazer o gigante de bobo de vez. Pois gigantes
são, como eu falei antes, muito fortes e maniqueístas, estão sempre
preocupados em fazer o Bem e lutar contra o Mal. Mas são ingênuos,
coitados. É só fazer um carinho aqui, um lero-lero ali e eles já ficam
todo abertos. E a tal da mídia – amiguinha do gigante – tinha um plano.
Sabendo que o gigante estava todo cheio de “causas”, apresentou para o
grandalhão um amigo de longa data, o Novo Candidato. Era um fulano
genérico, sem bandeira de partido nenhum. Vestia branco e dizia que o
Brasil não tinha que ir pra esquerda nem pra direita: tinha que ir pra
frente. O gigante foi ao delírio.
Diziam
que esse cara era do Bem. Com “B” maiúsculo mesmo. Daqueles que
acredita na família tradicional, no avanço do país. É totalmente contra a
corrupção, contra os vermelhos, contra todo mundo que visa
desestabilizar o modo Do Bem de viver que o gigante levava. Com um amigo
grande, forte e meio burro como esse, foi muito fácil para o Novo
Candidato chegar ao poder.
Ele
falou pro gigante que ter partidos era ruim e o gigante acreditou. No
dia seguinte não haviam mais partidos políticos no Brasil. Ele falou
pro gigante que baderneiro tem que levar bala mesmo e o gigante
concordou. No dia seguinte qualquer tipo de manifestação estava
proibida. Ele falou pro gigante que toda essa burocracia era ruim pro
país e o gigante entendeu. No dia seguinte o Congresso Nacional, as
assembleias legislativas e câmaras de vereadores amanheceram fechadas.
O
Novo Candidato fez uma limpa. Apagou todo mundo que pensava diferente,
jogou os pobres numa vala qualquer e chamou o gigante para um coquetel.
Para comemorar o Novo Brasil.
O
gigante se sentia satisfeito. Na noite do coquetel ele comeu e bebeu
muito. Sentia que tinha feito algo muito importante pelo país e estava
orgulhoso. Ao mesmo tempo se sentia cansado, com dores pelo corpo todo.
Percebeu que há muito não parava, há muito não descansava.