A informação de que Gustavo Abagge, aquele que chamou a atriz de "puta" em Curitiba, é filho de Nicolau Elias Abagge, presidente do Banestado na época do desfalque de bilhões de dólares, foi divulgada pelo jornalista Bob Fernandes, que cobriu o episódio; na época, quem conduzia o processo era o juiz Sérgio Moro, que arquivou o caso "da maior lavagem de dinheiro do mundo"
Depois que Abagge foi reconhecido, o jornalista Bob Fernandes divulgou uma informação que vem repercutindo com força nas redes sociais: o sujeito é filho de Nicolau Elias Abagge, presidente do Banestado em 1998, época do desfalque bilionário de sonegação que foi noticiado pela Carta Capital em edição extra, na época, como “a maior lavagem de dinheiro do mundo”.
O caso foi arquivado pelo juiz Sérgio Moro na época e ninguém foi preso. Ao pai do agressor de Sabatella, a pena sugerida foi de dez anos de prisão.
Confira, abaixo, a íntegra da postagem de Bob Fernandes sobre o caso.
“Leio que Gustavo Abagge é o cara que chamou Leticia Sabatella de “puta” na manifestação de Curitiba. Gustavo seria filho de Nicolau Elias Abagge, ex-presidente do Banestado, do Paraná.
Na farra das contas CC-5 este banco, entre outros, tornou-se símbolo de lavanderia de dinheiro porco; sonegado, na melhor das hipóteses. Por ele, e outros, fortunas – me lembro de certo Bilhão – eram enviadas para paraísos fiscais.
Quem conheceu as listas de dinheiro enviado pra fora via gambiarras nas CC-5 sabe que muitos do que agora bradam, e vários dos que mancheteiam contra a “córrupissão” estavam
naquela farra.
Conheci tais listas porque em 34 páginas escrevi, em Maio de 98, a única edição extra de Carta Capital, “Brasil: a maior lavagem de dinheiro do mundo”. Tratava desse tema, toda a edição.
Lembrar daquela longa apuração e ver certos tipos pontificando sobre “ética” nas ruas, mídias e redes, provoca engulhos: como conseguem ser tão cínicos, tão hipócritas?
Mas voltando à Sabatella, aos zurros curitibanos, e ao cara que é filho do cara, uma constatação: a neurociência avançou barbaridades, a farmacopéia idem, mas o velho e bom Freud ainda explica muito…”