quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Video censurado na Globo News e pauta retirada do programa Sem Fronteiras.


Jorge Pontual em Pauta - Na Globo News




GLOBO CENSURA: “MEDICINA CUBANA REVOLUCIONA"
A frase acima e todo o comentário informativo do jornalista Jorge Pontual, correspondente da Globo em Nova York, foram retirados do site do programa Em Pauta, da Globo News; censura bruta; na tevê, foi ao ar, mas só porque ele falava ao vivo; Pontual, ao lado de Eliane Cantanhêde, deu uma aula sobre o assunto; disse que entrevistou pesquisadora americana Julia Silver para o programa Sem Fronteiras; dali extraiu informações que a Globo detestou; sistema de medicina comunitária foi criado por Che Guevara; médicos cubanos livraram 600 mil africanos da cegueira; Organização Mundial de Saúde recomenda modelo cubano para todo o mundo; "agora, os brasileiros vão desfrutar dessa medicina que revoluciona o modelo tradicional"; tudo foi cortado; furo é do site Tijolaço; assista ao video censurado.

"Eliane Castanhêde da MASSA CHEIROSA quase infarta com a aula que recebeu sobre a medicina Cubana " - Por Casé

Tijolaço

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Vídeo: O dia que os médicos brasileiros envergonharam o País.

Cuba_Medicos28_Vergonha
“Escravos! Escravos!” Com agressões verbais e muitas vaias, médicos cearenses fizeram um verdadeiro corredor polonês contra profissionais cubanos. Assista ao vídeo, feito na segunda-feira, dia 26, à noite. Hostilidades chegaram às raias do preconceito racial, regras de civilidade e mínima cordialidade foram quebradas. O presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simce), José Maria Pontes, disse que “cubanos não podem operar porque não sabem. E eles podem fazer um estrago muito grande no Brasil”. Frente a esse comportamento selvagem, o que fizeram os Conselhos Federal, presidido por Roberto D’Ávila, e Regional de Medicina? Nada!
Quando o governo federal anunciou o Programa Mais Médicos, no início de julho, e a vinda de 4 mil médicos cubanos para trabalhar no Brasil, na semana passada, o Conselho Federal de Medicina foi um dos primeiros a reagir formalmente. A respeito do convênio assinado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, com a Organização Pan-americana de Saúde (Opas), o presidente do CFM, Roberto D´Ávila, assinou uma nota chamando o projeto de “eleitoreiro”.
Na segunda-feira, dia 26, uma cena desprezível aconteceu em Fortaleza, onde 96 médicos, sendo 79 cubanos, desembarcaram para iniciar um curso de formação de três semanas antes de começarem seus trabalhos no Brasil. Cerca de 50 médicos brasileiros, que os esperavam do lado de fora, gritaram “escravos”, xingaram e humilharam os médicos estrangeiros, que foram obrigados a passar pelo meio de um verdadeiro corredor polonês (assista ao vídeo abaixo).
O comportamento selvagem dos médicos brasileiros foi praticado contra pessoas que nunca os desrespeitaram. Pelo contrário, vieram atender à população que tem pouco – ou nenhum – acesso à saúde e trabalhar em 701 cidades do País onde nenhum profissional brasileiro quis ir. Sobre essa atitude da classe médica, que demonstrou preconceito aos colegas estrangeiros, o CFM curiosamente não se pronunciou. Assim como não o fez o Cremec, Conselho Regional do Ceará, onde ocorreu o episódio. A assessoria de imprensa do Conselho Federal informou que não há previsão de nenhum posicionamento oficial sobre o caso.
Na última semana, D’Ávila também classificou de “irresponsabilidade” a contratação de profissionais sem que fossem comprovadas suas habilidades técnicas. Acontece que, depois de participar do curso preparatório no Brasil, de língua portuguesa e sobre o sistema de saúde pública brasileiro, os médicos podem ser reprovados e correm o risco de voltar aos seus países. O presidente do Conselho Federal de Medicina, porém, não se retificou da crítica sem fundamento, após essa nova informação.
Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simce), José Maria Pontes, a Federação Nacional dos Médicos, que representa 53 sindicatos da categoria, pretende entrar na terça-feira, dia 27, com uma Ação Direta de Institucionalidade (Adin) no STF contra o Programa Mais Médicos. Ele disse que os conselhos regionais não darão o registro para os cubanos. “Isso é uma palhaçada. Temos médicos brasileiros excelentes. O que não presta é a saúde pública brasileira”, criticou. Para Pontes, os “cubanos não podem operar porque não sabem. E eles podem fazer um estrago muito grande no Brasil. Isso é um crime”.


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Médico que diz que estrangeiros são enganação tem dois filhos “importados” de Cuba
Programa Mais Médicos, o Bolsa Família da saúde

Do Blog Limpinho&cheiroso

Bob Fernandes / "Médico Cubanos" provocam fígado e alma do Brasil .



Publicado em 26/08/2013
Estão chegando os médicos cubanos. Em 700 municípios, 11 milhões de brasileiros não tem nem um médico. Na maioria, em Estados do Norte e Nordeste com baixo índice de desenvolvimento humano e muita miséria.

Virão médicos também de outros países, mas, claro, Cuba é o chamariz para o debate. Há quem imagine ser esse um debate político-partidário. É, mas é muito mais do que só isso.

O que esse tema provoca são percepções sobre o que é, o que deve ser a sociedade. O "Mais Médicos" arranca a visão que cada um de nós tem da vida. Da vida privada e da vida em comunidade.

O programa é mais um a dividir opiniões radicalmente nos últimos 11 anos. Para lembrar outros: Bolsa-Família, sistema de Cotas, e a PEC das Empregadas Domésticas.

Bolsa Família, Cotas, PEC das Empregadas e Médicos... Existem argumentos irrefutáveis. E sempre haverá argumentos refutáveis. Ao gosto e visão de cada um.

Quem contesta Cotas -e há quem odeie- enxerga desprezo ao mérito, e favorecimento. Quem apoia Cotas lembra que o Brasil manteve humanos como escravos por 385 anos, quatro quintos da nossa história.
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Bolsa Família. Entre os que reagem às Bolsas predomina um argumento: é um incentivo ao ócio, "dá o peixe e não ensina a pescar". A pior seca do Brasil nos últimos 50 anos providência fatos para quem defende as Bolsas.

Não se viu, como em outros tempos, saques nas cidades. E ao lado do chão esturricado, do gado morto, não há, como sempre houve, fome em larga escala. Porque existem as Bolsas. Porque existem redes de proteção social.

Na reação à PEC das Domésticas cansamos de ouvir e ler: "Eu trouxe essa babá para casa quando ainda era uma menina"; "Minha empregada é como se fosse da família".

Não faltou quem lembrasse: a menina se tornou adulta e seguiu babá; quase sempre sem estudar, e tantas sem carteira assinada. "Como se fosse da família", a empregada serve café às 7 da manhã e o jantar à noite.

Com banheiros, chão e roupa suja pra lavar no intervalo. "Da família", mas, claro, sem direito a herança.
Agora, os médicos: não faltarão problemas, desavenças e crises.


Mas há outro lado nessa história: 700 cidades não têm nem um médico. E milhares têm, se tanto, um médico. Não têm médicos porque faltam condições para tanto. Mas também porque médicos para lá não querem ir.

Milhões que moram nestas cidades não querem saber se o médico é baiano, sueco ou cubano. Querem médicos. E medicina. Sabem que um médico é melhor do que nem um médico. A boa medicina será cobrada, e muito, nesse caminho. O resto é o jeito de cada um enxergar a vida.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

O ÓDIO E O PRECONCEITO NÃO TEM LIMITES? MÉDICOS BRASILEIROS ENVERGONHAM O PAÍS.

A foto abaixo diz tudo; um médico cubano negro, que chegou ao Brasil para trabalhar em um dos 701 municípios que não atraíram o interesse de nenhum profissional brasileiro, foi hostilizado e vaiado por jovens médicas brasileiras; com quem a população fica: com quem se sacrifica e vai aos rincões para salvar vidas ou co...m uma classe que lhe nega apoio?

Em nenhum país do mundo, os médicos cubanos estão sendo tratados como no Brasil. Aqui, são chamados de "escravos" por colunistas da imprensa brasileira e hostilizados por médicos tupiniquins, como se estivessem roubando seus empregos e suas oportunidades. Foi o que aconteceu ontem em Fortaleza, quando o médico cubano negro foi cercado e vaiado por jovens profissionais brasileiras.


 


Leia mais em: http://www.brasil247.com/pt/247/saudeebemestar/112945/Médicos-brasileiros-envergonham-o-País.htm

domingo, 25 de agosto de 2013

Quem é mesmo a escrava?

247 - A negra Natasha Romero Sanches, de 44 anos, é uma doutora cubana. Formou-se por uma universidade pública e, neste sábado, desembarcou no Brasil. Já nesta segunda-feira, passará por um treinamento na língua portuguesa, antes de ser enviada a um dos 701 municípios que não atraíram o interesse de nenhum médico brasileiro e abrigarão estrangeiros nesta primeira fase do Mais Médicos. Indagada por jornalistas sobre o fato de parte da sua bolsa de R$ 10 mil ser apropriada pelo governo cubano, ela não se queixou. "O meu salário é suficiente", disse ela, afirmando ainda que trabalha por amor e pela vocação de salvar vidas (leia mais sobre a chegada de outros médicos cubanos no site Tijolaço).
Aos olhos da jornalista Eliane Cantanhêde, a doutora Natasha é uma escrava. Veio ao Brasil não num voo comercial, mas num "avião negreiro" (leia mais aqui). Assim como Cantanhêde, diversos outros jornalistas escreveram artigos ou postaram mensagens no Twitter sobre a "escravidão" de cubanos. Foi o caso, por exemplo, de Reinaldo Azevedo, de Veja.com, de Ricardo Noblat, do Globo, e de Sandro Vaia, ex-diretor de Redação do Estado de S. Paulo – além do inacreditável Augusto Nunes, que definiu o ministro Alexandre Padilha como uma Princesa Isabel às avessas (leia aqui).
É possível que esses colunistas realmente acreditem que os médicos cubanos foram escravizados pelos irmãos Castro. E que o Brasil, sob as garras do PT, se converteu numa brutal tirania que trafica pessoas – argumento que se enfraquece diante do fato de que dezenas de países já assinaram convênios semelhantes para a importação de médicos com o governo cubano. 
Evidentemente, a doutora Natasha não é uma escrava, assim como os outros médicos de Cuba que chegaram ao Brasil neste sábado (para saber mais sobre o tema, leia o artigo de Hélio Dolye sobre como funciona o sistema de remuneração dos profissionais de saúde cubanos). O que todos eles pediram na chegada foi apenas respeito, para que possam desempenhar bem as suas funções (leia mais aqui).
Mas será que Eliane Cantanhêde e seus colegas são realmente pessoas livres? Eliane, por exemplo, se vê forçada a criticar qualquer iniciativa vinculada ao Partido dos Trabalhadores e até a inventar crises inexistentes. Foi ela, por exemplo, quem, no início deste ano, anunciou um apagão iminente – que ainda não aconteceu. Ela também esteve na linha de frente do chamado "lobby do tomate", apontando uma inflação fora de controle, que não se materializou.
Seus coleguinhas, muitas vezes, também parecem presos e acorrentados a grilhões ideológicos. Funcionam num sistema binário, que exclui a reflexão – se algo é ligado ao PT, só pode estar errado. Ocorre que, muitas vezes, eles apenas vocalizam interesses econômicos, políticos ou comerciais não deles – mas dos seus patrões. Barões midiáticos que, num sistema ainda concentrado como o brasileiro, distorcem o fluxo das informações. Basta dizer que, entre os dez homens mais ricos do País, quatro são ligados a grandes grupos de comunicação.
É possível que a doutora Natasha não desfrute de toda a liberdade que gostaria de ter. Mas não se pode descartar a hipótese de que ela seja uma mulher mais livre do que Eliane e seus colegas que a vêem como uma escrava.

Da xenofobia ao racismo é rapidinho.COREM DIANTE DESTA NEGRA, DOUTORES! ELA TEM O QUE OS SENHORES PERDERAM.

O Conversa Afiada reproduz es-pe-ta-cu-lar post do Fernando Brito, que trabalhou com o engenheiro Leonel Brizola: dá para perceber …

COREM DIANTE DESTA NEGRA, DOUTORES! ELA TEM O QUE OS SENHORES PERDERAM

“Somos médicos por vocação, não nos interessa um salário, fazemos por amor”, afirmou Nelson Rodrigues, 45.

“Nossa motivação é a solidariedade”, assegurou Milagros Cardenas Lopes, 61

“Viemos para ajudar, colaborar, complementar com os médicos brasileiros”, destacou Cardenas em resposta à suspeita de trabalho escravo. “O salário é suficiente”, complementou Natasha Romero Sanches, 44.
Poucas frases, mas que soam  como se estivessem sendo ditas por seres de outro planeta no Brasil que vivemos.

O que disseram
 os primeiros médicos cubanos do  grupo 
que vem para servir onde médicos brasileiros não querem ir deveria fazer certos dirigentes da medicina brasileira reduzirem à pequenez de seus sentimentos e à brutalidade de suas vidas, de onde se foi, há muito tempo, qualquer amor à igualdade essencial entre todos os seres humanos.

Porque gente que não se emociona com o sofrimento e a carência de seus semelhantes, gente que se formou, muitas vezes, em escolas de medicina pagas com o imposto que brasileiros miseráveis recolheram sobre sua farinha, seu feijão, sua rala ração, gente que já viu seus concidadãos madrugando em filas, no sereno, para obter um simples atendimento, gente assim    não é civilizada, não importa quão bem tratadas sejam suas unhas, penteados os seus cabelos e reluzentes seus carros.
Perto desta negra aí da foto, que para vocês só poderia servir para lavar suas roupas e pajear seus ricos filhinhos, criados para herdar o “negócio” dos pais, vocês não passam de selvagens, de brutos.
Vocês podem saber quais são as mais recentes drogas, aprendidas nos congressos em locais turísticos, custeados por laboratórios que lhes dão as migalhas do lucro bilionário que têm ao vender remédios. Vocês podem conhecer o último e caro exame de medicina nuclear disponível na praça a quem pode pagar. Vocês podem ser ricos, ou acharem que são, porque de verdade não passam de uma subnobreza deplorável, que acha o máximo ir a Miami.

Mas vocês são lixo perto dessa negra, a Doutora – sim, Doutora, negra, negrinha assim!- Natasha é, eu lhes garanto.

Sabem por que? Por que ela é capaz de achar que o que faz é mais importante do que aquilo que ganha, desde que isso seja o suficiente para viver com dignidade material. Porque a dignidade moral ela a tem, em quantidade suficiente para saber que é uma médica, por cem, mil ou um milhão de dólares.

Isso, doutores, os senhores já perderam. E talvez nunca mais voltem a ter, porque isso não se compra, não se vende, não se aluga, como muitos dos senhores, para manter o status de pertenceram ao corpo clínico de um hospital, fazem com seus colegas, para que dêem o plantão em seus lugares.

Os senhores não são capazes de fazer um milésimo do que ela faz pelos seres humanos, desembarcando sob sua hostilidade num país estrangeiro, para tratar de gente pobre que os senhores não se dispõem a cuidar nem querem deixar que se cuide.

Os senhores não gritaram, não xingaram nem ameaçaram com polícia aos Roger Abdelmassih, o estuprador, nem contra o infeliz que extorquiu R$ 1.200 para fazer o parto de uma adolescente pobre, nem contra os doutores dos dedos de silicone, nem contra os espertalhões da maternidade paulista cuja única atividade era bater o ponto.

Eles não os ameaçaram, ameaçaram apenas aos pobres do Brasil.

Estes aì, sim, estes os ameaçam. Ameaçam a aceitação do que vocês se tornaram, porque deixaram que a aspiração normal e justa de receber por seu trabalho se tornasse maior do que a finalidade deste próprio trabalho, porque o trabalho é um bem social e coletivo, ou então vira mero negócio mercantil.

É isto que estes médicos cubanos representam de ameaça: o colocar o egoísmo, o consumismo, o mercantilismo reduzidos ao seu tamanho, a algo que não é e nem pode ser o tamanho da civilização humana.

Aliás, é isso que Cuba, há quase 55 anos, representa.

Um país minúsculo, cheio de carências, que é capaz de dar a mão dos médicos a este gigante brasileiro.

E daí que eles exportem médicos como fonte de receita? Nós não exportamos nossos meninos para jogar futebol? O que deu mais trabalho, mais investimento, o que agregou mais valor a um país: escolas de medicina ou esteiras rolantes para exportar seus minérios?

É por isso que o velhíssimo Fidel Castro encarna muito mais a  juventude que estes yuppiescoxinhas, cuja vida sem causa  cabe toda dentro de um cartão de crédito.

Eu agradeço à Doutora Natasha.

Ela me lembrou, singelamente, que coração é algo muito maior  do que aquele volume que aparece, sombrio, nas tantas ressonâncias, tomografias e cateterismos porque passei nos últimos meses.

Ele é o centro do progresso humano, mais do que o cérebro, porque é ele quem dá o norte, o sentido, o rumo dos pensamentos e da vida.

Porque, do contrário, o saber vira arrogância e os sentimentos, indiferença.

E o coração, como na música de Mercedes Sosa, una mala palabra.

Por: Fernando Brito


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