quinta-feira, 18 de abril de 2013

A grande chance de desmascarar a direita midiática brasileira.



 Na noite de quarta-feira (17), o Jornal Nacional começou personalizando as três vítimas fatais do suposto ataque terrorista em Boston, nos Estados Unidos. Deu-lhes nome, história e rostos. A reportagem de cerca de seis minutos gastou mais tempo do que levaria para relatar apenas os fatos.
Lá pelo fim do telejornal, em trinta e sete segundos o âncora Willian Bonner recitou a seguinte nota sobre quase o triplo de mortes que ocorreram no atentado em solo norte-americano:
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O líder de um partido de oposição da Venezuela afirmou que o governo já tem mandados de prisão contra ele e o candidato derrotado à presidência, Henrique Capriles. Leopoldo López divulgou na internet a suposta ordem de prisão por incitar atos de violência.
O presidente eleito, Nicolás Maduro, não se manifestou. E responsabilizou Capriles pelas oito mortes nos protestos de segunda-feira, depois do resultado da votação.
O Supremo Tribunal de Justiça anunciou nesta quarta-feira (17) que a recontagem manual de votos pedida pela oposição é impossível por causa do sistema eleitoral automatizado
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Nenhum professor de jornalismo, em nenhuma faculdade da face da Terra, diria que o Jornal Nacional apresentou uma reportagem. Tratou-se, mais do que tudo, de uma prova pronta e acabada de parcialidade e de verdadeira vigarice que tentou enganar o espectador e ocultar fatos.
Evidentemente que é mentira que o governo venezuelano tenha mandado de prisão contra Henrique Capriles, apesar de que já chegam a 161 os processos sendo abertos contra 90 pessoas que mataram, depredaram e incendiaram pelas ruas da Venezuela na última segunda-feira.
Mas o que chama mesmo atenção é que os oito mortos venezuelanos não mereceram o mesmo tratamento que os três norte-americanos.
O Jornal Nacional e o resto da “grande” imprensa televisiva, radiofônica e escrita não podem falar muito dos mortos por uma só razão: além de nomes, rostos e parentes chorosos, eles têm posição política – eram todos simpatizantes do governo Maduro e alguns deles tombaram por tentarem impedir o vandalismo dos seguidores ensandecidos de Capriles.
Eis a lista daqueles que as hordas caprilistas assassinaram:
José Luís Ponce Ordoñez – 45 anos, carpinteiro, militante do PSUV, morto com tiro na cabeça
Rosiris del Valle Reyes Rangel – 44 anos, militante do PSUV, morta com tiro nas costas
Ender José Bastardo – 21 anos, militante do PSUV, morto com quatro tiros.
Henry Rangel La Rosa – 32 anos, militante do PSUV, morto a tiros por encapuzados na porta de casa
Johan Antonio Hernández Acosta – Menor de idade, militante do PSUV, morto por caminhão que arremeteu contra multidão que comemorava a vitória de Maduro.
Luis Eduardo García Polanco – 25 anos, militante do PSUV, morto com um tiro no rosto enquanto comemorava a vitória de Maduro em frente à sede do Conselho Nacional Eleitoral no Estado Zulia.
Rey David Sánchez – Menor de idade, militante do PSUV, morto por caminhão que arremeteu contra multidão que comemorava a vitória de Maduro.
Cliver Enrique Guzmán – Ministério Público da Venezuela só divulgou que era militante do PSUV e que foi assassinado em uma manifestação.
A linha do Jornal Nacional de tratar como “prisões políticas” as prisões de 161 pessoas – entre as quais estão os assassinos das pessoas nomeadas acima e outras que depredaram sedes de programas sociais como postos de saúde e mercados populares, bem como tudo que levasse o logotipo do governo – foi seguida por todos os grandes jornais e telejornais.
Entretanto, essa linha é muito frágil. Depende, sobretudo, de despersonalizar as vítimas e de esconder as imagens da depredação. Enfim, de censurar tudo que está correndo o mundo.
Até nos Estados Unidos redes de televisão e jornais estão dando conta do que ocorreu na Venezuela na segunda-feira. Na Europa e por toda a América Latina, os fatos estão sendo expostos. A cobertura no Brasil é uma exceção mundial.
Todavia, as vítimas fatais, as centenas de feridos e os próprios públicos depredados ou incendiados não irão desaparecer. Pelo contrário, o caso só vai se tornar mais notório. Assim, a grande mídia brasileira está tentando preparar o terreno para qualificar o terror caprilista como invenção do governo venezuelano para esconder uma “fraude eleitoral”.
A tal “grande mídia”, porém, conta com a covardia da banda esquerda do espectro político brasileiro. Acredita que nenhuma figura pública de peso irá se indignar e denunciar a ocultação de fatos que o mundo inteiro conhece e que, no Brasil, estão sendo censurados.
A veiculação dos fatos pela internet pode atingir um contingente importante de formadores de opinião, mas, claro, ainda irá demorar meses para as ondas digitais chegarem a um contingente maior de pessoas, isso se a blogosfera não desistir de romper o cerco censor.
A “grande mídia” brasileira vem tratando assim a responsabilização dos assassinos e vândalos ligados a Capriles também porque este deverá ser processado como autor intelectual dos massacres. Apesar de ser governador do Estado de Miranda.
Como romper o muro de censura que foi levantado no Brasil como em nenhuma outra parte do mundo?
Quantos entendem que se os democratas deste país aceitarem que uma farsa dessa dimensão seja levada a cabo, a porta estará aberta, ano que vem, para fraudes midiáticas muito maiores no âmbito da eleição presidencial?
Alguma autoridade brasileira de peso ou alguma figura pública que não puder ser ignorada precisa denunciar essa farsa. A censura imposta pela Globo e seus tentáculos é uma das maiores ameaças à democracia que já se viu neste país.
Não é possível que não exista alguma autoridade ou figura pública de peso com coragem para desmascarar a “grande mídia”, ainda mais estando ela tão vulnerável a qualquer resquício de verdade que burlar a censura em curso.
Se ninguém criar coragem para denunciar essa vergonha, o Brasil irá se equiparar às ditaduras mais atrasadas e fechadas do planeta, em termos de censura. Que depois, então, ninguém reclame do resultado. A injustiça que se faz a uns é a ameaça que se faz a todos.
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Assista, abaixo, ao vídeo da denúncia do ministro das comunicações venezuelano em coletiva de imprensa na última quarta-feira.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Lula comemora 90 anos do Sindicato dos Bancários ao lado da primeira mulher à frente da entidade.



Notícias

Apr 16, 2013

Juvandia Moreira, presidenta do sindicato, e Lula
Juvandia Moreira, presidenta do sindicato, e Lula
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
“Não faz muito tempo que participar de sindicato era coisa de homem”, afirmou Lula

  • Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
  • Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Na noite desta terça-feira (16), na comemoração dos 90 anos do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Lula ressaltou não apenas o legado de lutas da entidade, mas também o fato histórico de Juvandia Moreira ser a primeira mulher a presidir o sindicato. Ele lembrou que não faz muito tempo que as mulheres eram discriminadas por usar calças, fumar e que os sindicatos eram dominados por homens.
Para baixar fotos em alta resolução, visite o Picasa do Instituto Lula.
Lula parabenizou Juvandia pela data e lembrou que o sindicato já passou por momentos muito difíceis. “Quando conheci os bancários, a gente só protestava porque não éramos tratados com dignidade”, disse lembrando que muitos órgãos e bancos se recusavam a receber os sindicalistas. Ele também lembrou a grande proximidade dele com o sindicato desde suas origens e declarou: “minha alma é dividida entre os metalúrgicos e os bancários”.
Lula também lembrou que o processo de bancarização ocorrido no Brasil nos últimos anos foi gigantesco, incluindo mais do que o equivalente a uma população da Argentina nos serviços bancários. Juvandia também falou das ações do governo na última década e declarou que o sindicato apoia a regulamentação do sistema financeiro, a diminuição do spread bancário e das taxas aplicadas. “Quase 40% da população está excluída dos serviços bancários. Nós queremos essa inclusão”, lembrou ela.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Dois terços de prefeituras investigadas na Operação Fratelli são da base de Alckmin!



Suspeita atinge cerca de R$ 1 bilhão em licitações dirigidas para contratar obras. Chefe da Casa Civil, Edson Aparecido, aparece em ligações interceptadas, e é defendido pelo governador
Publicado em 15/04/2013, 19:19

São Paulo – Dois terços das 75 prefeituras investigadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal na Operação Fratelli eram da base do Palácio dos Bandeirantes entre 2008 e 2012. Prefeituras de PSDB (13), PMDB (13), DEM (12) e PTB (12) são as principais beneficiárias dos recursos sob investigação dos partidos que compõem a base de sustentação dos governadores José Serra (2006-2010) e Geraldo Alckmin (desde 2011. 

A Operação Fratelli investiga, desde 2007, as empresas Demop Participações e Scamatti & Seller, ambas pertencentes ao Grupo Scamatti, de Votuporanga (SP), e são acusadas de fraudes em licitações de obras de pavimentação e recapeamento em cerca de 80 municípios do interior paulista. Segundo informações do PF e do MP, as licitações sob suspeita atingem cerca de R$ 1 bilhão e podem configurar um dos maiores esquemas de licitações dirigidas da história do país.
O Grupo Scamatti é acusado de burlar licitações nas prefeituras por meio de cerca de 40 empresas, todas pertencentes ao conglomerado, entre coligadas e corporações de fachada, que participariam dos certames com ofertas combinadas de preços apenas para que a Demop e a Scamatti & Seller vencessem as disputas.
Das 15 pessoas presas durante a deflagração da Operação Fratelli, no dia 9 de abril, uma delas, o empresário Osvaldo Ferreira, é apontado nas investigações como principal interlocutor da Demop junto às prefeituras paulistas. Ele foi por oito anos assessor do deputado estadual Edson Aparecido (PSDB), chefe da Casa Civil do governo de Alckmin.
Aparecido e os também deputados estaduais Itamar Borges (PMDB) e Roque Barbiere (PTB) aparecem em ligações telefônicas grampeadas durante a operação. Barbiere, em uma ligação interceptada, aparece negociando com Ferreira um repasse no valor de R$ 250 mil para a prefeitura de Barretos (SP).
De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, Alckmin afirmou hoje (15) que tem "absoluta confiança" em Edson Aparecido, "Tenho absoluta confiança no trabalho do secretário Edson Aparecido. Conversei com ele (sobre o caso) e quero reiterar aqui a minha confiança", afirmou Alckmin, de acordo com o jornal.
Para a assessoria da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, por enquanto não há o que investigar sobre o caso, já que o chefe da Casa Civil não aparece como suspeito nas denúncias de irregularidades denunciadas até o momento.
Aparecido recebeu da Demop doações no valor de R$ 91 mil para sua campanha a deputado federal em 2006 e de R$ 170 mil de outra empresa do Grupo Scamatti na campanha a deputado estadual em 2010. Procurado via assessoria de imprensa da Casa Civil e do governo do estado, o secretário não se pronunciou a respeito.
A Demop Particiapações Ltda., por meio de uma nota assinada por seu departamento jurídico, informou que não teve acesso, até o presente momento, ao conteúdo integral das investigações da Operação Fratelli.
Segundo a empresa, isto configuraria um procedimento inusitado e, assim que se tenha acesso aos autos da operação, serão comprovadas a improcedência das acusações e a licitude de seus contratos. A empresa também informa na nota que vai cumprir regularmente o pactuado nos contratos com as prefeituras.
A empresa é apontada como uma das maiores beneficiadas por emendas de parlamentares paulistas que destinavam verbas do governo estadual para obras em prefeituras da região noroeste do estado no ano de 2011.
De acordo com informações da Polícia Federal e do Ministério Público, por enquanto, não há suspeitas de irregularidades nas destinações de emendas de parlamentares federais junto a verbas liberadas pelo governo federal, via ministérios das Cidades e do Turismo, e parlamentares estaduais vias verbas do governo de São Paulo.
De acordo com informações do Ministério Público do Estado de São Paulo, nos próximos dias as investigações feitas pelo MP e pela PF na Operação Fratelli devem ser distribuídas a promotorias estaduais, que poderão investigar as denúncias de irregularidades contra deputados e secretários do governo de São Paulo. Denúncias contra o governador só podem ser investigadas pela Procuradoria Geral de Justiça de São Paulo.
Segundo informações da PF e do MP em Jales (SP) e em São José do Rio Preto (SP), de onde foram deflagradas as ações da Operação Fratelli na semana passada, as investigações de irregularidades nas licitações de prefeituras no interior paulista continuam a ser feitas pelos dois órgãos, independentemente da distribuição das investigações para o MP na capital.

domingo, 14 de abril de 2013

"A Globo quer derrubar Dilma"

Tese é do jornalista Paulo Henrique Amorim, que acusa o grupo comandado por João Roberto Marinho, onde ele já trabalhou, de tramar um golpe contra a presidente; leia sua entrevista ao portal Panorama Mercantil.