O dia 1º de Maio trouxe um presente simbólico aos trabalhadores brasileiros: o partido dos DEMOS, a velha cepa da ARENA e do PFL , desmilinguiu de vez com o anúncio da saída do governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, para ingressar no PSD. Liderado nominalmente pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o PSD é o novo polo do conservadorismo brasileiro. Mas é, sobretudo, um torniquete a serviço do tucano José Serra que pretende usá-lo para asfixiar as alas rivais do PSDB, deixando-lhes duas opções: apoiá-lo incondicionalmente como o candidato de 2014, em aliança com o PSD, ou morrer de inanição com sucessivas deserções em suas fileiras, até culminar com a do próprio Serra, que seria ungido, então, pelo novo bonde do conservadorismo nativo. Entende-se agora a 'radicalização' do governador Aécio Neves que fez duras críticas ao governo no 1º de Maio. Está em jogo a cabeça de chapa do conservadorismo em 2014: Aécio e Serra anteciparam a temporada de caça às credenciais, custe o que custar.
(Carta Maior; 2º feira, 02/05/ 2011)
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