São Paulo - A presidenta Dilma Rousseff recebeu representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) pela primeira vez em quase oito meses de mandato uma audiência exclusiva nesta quarta-feira (17), no Palácio do Planalto. Ela ouviu elogios, mas principalmente recomendações sobre os rumos da política econômica e industrial do país. Para os representantes da central, a presidenta deveria liderar o país, a exemplo do que fez Luiz Inácio Lula da Silva em 2008, para superar a instabilidade internacional.

Está pronto o projeto de lei que altera a constituição dos Comitês das Cadeias Produtivas para debater e sugerir alterações no Plano Brasil Maior. “Foi consolidada a conquista da CUT que pediu não apenas participação, mas paridade de representação nos comitês”, comemorou Vagner.
“Comecei a reunião elogiando a declaração da presidente de que o governo não vai adotar medidas recessivas contra a crise”, afirmou Artur Henrique à Carta Maior. Ele fez ainda críticas ao Banco Central, que vem insistindo, nas atas do Comitê de Política Monetária (Copom), que define a taxa básica de juros da economia, que o reajuste salarial pressionam a inflação. Dilma reiterou que não adotaria medidas de esfriamento da economia, mas não se comprometeu com mudanças na condução do Banco Central.
Algumas das categorias mais bem organizadas dentro da CUT têm campanha salarial no segundo semestre – incluindo bancários, metalúrgicos, químicos e petroleiros, por exemplo. Nesta quinta-feira (18), o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulga o balanço das negociações dos primeiros seis meses do ano. A preocupação dos sindicalistas é de garantir ganhos reais – acima da inflação – a exemplo do que aconteceu na maior parte das campanhas de 2010.
Segundo o relato dos sindicalistas, uma das principais preocupações expressas foi a necessidade de contrapartidas socioambientais para a concessão de financiamento por parte de órgãos ligados ao governo federal, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A CUT defende que sejam incluídos termos obrigatórios para assegurar condições trabalhistas por parte das empresas credoras de bancos públicos.
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