Quem fará a "faxina" no Metrô de SP?
Por Renato Rovai, em seu blog:
A Justiça determinou o afastamento do cargo do presidente do Metrô, o senhor
Sérgio Avelleda. Ele não foi afastado porque está com problemas de saúde ou por
contusão (como costuma acontecer no futebol e no trabalho), mas porque a justiça
determinou a anulação da licitação da linha 5 por suspeita de formação de
quadrilha e Avelleda deu de ombros.
Ou seja, Avelleda não respeitou a
Justiça num caso que envolve R$ 4 bilhões. Avelleda, não, Alckimin.
Ou
alguém acha que o presidente do metrô faz o que quer. Alguém aqui é
suficientemente ingênuo para achar que ele desrespeita a Justiça sem uma ordem
direta do governador?
É por isso que o povo não leva os tucanos a sério.
Enquanto no governo federal eles exigem que Dilma faça o que a mídia chama de
faxina, onde governam, nem com decisão judicial combatem a corrupção.
Os
contratos que envolvem R$ 4 bilhões tiveram seus vencedores anunciados seis
meses antes da abertura dos envelopes da licitação.
Além desse indício
absurdo de constituição de quadrilha para rapinar recursos do estado, os
promotores que investigaram o caso questionam uma regra que impedia que uma
empresa ganhasse mais de um lote das obras (eram 8). Com isso, diz a promotoria,
houve prejuízo de R$ 327 milhões para o estado.
Ou seja, a Inteligência
tucana criou uma regra que leva o estado a descartar preços mais baixos. Como
diz o PHA, são uns jênios.
A juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da
9ª Vara da Fazenda Pública, diz que o afastamento de Avelleda é necessário “em
face de suas omissões dolosas”.
Este blogueiro consultou o pai-dos-burros
e descobriu que “omissões dolosas” pode ser traduzido para o português de rua
por “cumplicidade com o crime”.
Evidente que esse esquema de 4 bilhões
não é mais importante do que o caso da compra de uma tapioca de 8 reais com
cartão corporativo. Por isso você não vai ver esse caso sendo explorado no
Jornal Nacional. E nem vai ver o homem do biquinho indecente falando que isso é
uma vergonha
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