quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Vídeo: O dia que os médicos brasileiros envergonharam o País.

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“Escravos! Escravos!” Com agressões verbais e muitas vaias, médicos cearenses fizeram um verdadeiro corredor polonês contra profissionais cubanos. Assista ao vídeo, feito na segunda-feira, dia 26, à noite. Hostilidades chegaram às raias do preconceito racial, regras de civilidade e mínima cordialidade foram quebradas. O presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simce), José Maria Pontes, disse que “cubanos não podem operar porque não sabem. E eles podem fazer um estrago muito grande no Brasil”. Frente a esse comportamento selvagem, o que fizeram os Conselhos Federal, presidido por Roberto D’Ávila, e Regional de Medicina? Nada!
Quando o governo federal anunciou o Programa Mais Médicos, no início de julho, e a vinda de 4 mil médicos cubanos para trabalhar no Brasil, na semana passada, o Conselho Federal de Medicina foi um dos primeiros a reagir formalmente. A respeito do convênio assinado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, com a Organização Pan-americana de Saúde (Opas), o presidente do CFM, Roberto D´Ávila, assinou uma nota chamando o projeto de “eleitoreiro”.
Na segunda-feira, dia 26, uma cena desprezível aconteceu em Fortaleza, onde 96 médicos, sendo 79 cubanos, desembarcaram para iniciar um curso de formação de três semanas antes de começarem seus trabalhos no Brasil. Cerca de 50 médicos brasileiros, que os esperavam do lado de fora, gritaram “escravos”, xingaram e humilharam os médicos estrangeiros, que foram obrigados a passar pelo meio de um verdadeiro corredor polonês (assista ao vídeo abaixo).
O comportamento selvagem dos médicos brasileiros foi praticado contra pessoas que nunca os desrespeitaram. Pelo contrário, vieram atender à população que tem pouco – ou nenhum – acesso à saúde e trabalhar em 701 cidades do País onde nenhum profissional brasileiro quis ir. Sobre essa atitude da classe médica, que demonstrou preconceito aos colegas estrangeiros, o CFM curiosamente não se pronunciou. Assim como não o fez o Cremec, Conselho Regional do Ceará, onde ocorreu o episódio. A assessoria de imprensa do Conselho Federal informou que não há previsão de nenhum posicionamento oficial sobre o caso.
Na última semana, D’Ávila também classificou de “irresponsabilidade” a contratação de profissionais sem que fossem comprovadas suas habilidades técnicas. Acontece que, depois de participar do curso preparatório no Brasil, de língua portuguesa e sobre o sistema de saúde pública brasileiro, os médicos podem ser reprovados e correm o risco de voltar aos seus países. O presidente do Conselho Federal de Medicina, porém, não se retificou da crítica sem fundamento, após essa nova informação.
Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simce), José Maria Pontes, a Federação Nacional dos Médicos, que representa 53 sindicatos da categoria, pretende entrar na terça-feira, dia 27, com uma Ação Direta de Institucionalidade (Adin) no STF contra o Programa Mais Médicos. Ele disse que os conselhos regionais não darão o registro para os cubanos. “Isso é uma palhaçada. Temos médicos brasileiros excelentes. O que não presta é a saúde pública brasileira”, criticou. Para Pontes, os “cubanos não podem operar porque não sabem. E eles podem fazer um estrago muito grande no Brasil. Isso é um crime”.


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Do Blog Limpinho&cheiroso

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