A Suíça condenou por lavagem de dinheiro
o engenheiro brasileiro João Roberto Zaniboni, ex-executivo da
Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) nos governos do PSDB
Mário Covas e Geraldo Alckmin. A Justiça em Genebra aplicou multa a
Zaniboni e confiscou “seus bens” naquele país europeu.
A condenação de Zaniboni foi comunicada ao Brasil na semana passada pelo Ministério Público Federal Suíço.
Os procuradores suíços não informaram o valor da sanção imposta ao engenheiro. Nesse ponto do documento, agora de posse do Ministério Público em São Paulo,
eles demonstram descontentamento com a falta de colaboração do Brasil.
“Por falta de endereço (de João Roberto Zaniboni) esta multa nunca lhe
pôde ser entregue.”
Zaniboni exerceu função de confiança nas gestões tucanas – diretor de operações
e manutenção da CPTM – entre 1998 e 2003. Nesse período, de acordo com a
investigação do Ministério Público da Suíça, foram realizadas
transferências para a conta Milmar, alojada no Credit Suisse de Zurique e
de titularidade de Zaniboni.
A Suíça está convencida de que se trata de “dinheiro de propina” que ele teria recebido a partir da celebração de contrato da CPTM para melhorias de 129 vagões.
A conta Milmar captou US$ 836 mil. Parte desse montante, US$ 255,8
mil, foi repassada pela conta 524373, aberta em nome do engenheiro e
consultor Arthur Gomes Teixeira.
Promotores de Justiça de São Paulo atribuem a Teixeira o papel de
lobista, elo da multinacional francesa Alstom e de outras companhias com
o setor metroferroviário de governos tucanos em São Paulo.
ESTADÃO
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