segunda-feira, 3 de março de 2014

Luiz Surianni, amigo de Geraldo Alckmin cria versão falsa dos textos sobre a Copa do Mundo no Brasil para a publicação francesa France Football e publica na internet . Mais uma PICARETAGEM TUCANA.



“A Copa do Medo”, o falsificador e o terrorismo dos brucutos atucanados
3 de março de 2014 | 12:10 Autor: Fernando Brito
Alertado pelo Diário do Centro do Mundo, fui ler no UOL a história da falsificação da reportagem da France Football sobre  ”a Copa do Medo” no Brasil.
 

“O jornalista francês Éric Frosio, de 36 anos, se surpreendeu ao saber que uma reportagem que havia escrito sobre a Copa do Mundo no Brasil para a publicação francesa France Football estava sendo compartilhada por centenas de milhares de brasileiros na internet. Não demorou muito, porém, para Frosio se decepcionar ao notar que o texto que estava sendo compartilhado não tinha nada a ver com aquele que ele tinha produzido.
Uma falsa versão do texto, que cita frases atribuídas de forma errada à revista francesa e que, supostamente, mostram problemas do Brasil, teve mais de 200 mil compartilhamentos no Facebook. “Fiquei surpreso e chateado. Usaram a credibilidade da revista para passar ideias erradas, coisas que não escrevemos”, disse Frosio ao UOL Esporte. “Acredito que tenham feito isso com o objetivo de atacar as políticas da presidente Dilma Rousseff, que tentará a reeleição.”
E foi mesmo, Éric.
O autor da falsificação foi um cidadão chamado Luiz Surianni, que se identifica como jornalista formado em Harvard e presidente de várias entidades, entre elas uma Federação de Centros Espíritas e de Candomblé.
Surianni, um coxinha tardio, é só um exemplo da picaretagem que está tomando conta da rede – patrocinada por uma direita sem perspectiva eleitoral – e, pior, da vida brasileira.
Não passa de um imbecil fanático, espumando ódio e fazendo das suas na periferia das rodas tucanas, que adoram um brucutu sem ética como ele. Uma rápida pesquisa mostra que o cidadão diz dirigir uma “fundação” que leva seu nome para captar dinheiro “para crianças com câncer, uma empresa de lobby, uma “Imprensa Press Brasil” e outras instituições imaginárias.
O melhor da história toda é  que o francês Éric faz uma observação muito interessante, que merece nossa reflexão.
“Com relação à percepção que os estrangeiros têm do Brasil, o jornalista acredita que a violência seja o assunto mais lembrado. “Nas outras Copas que cobri, na Alemanha, na França, a gente fica com a ideia de que é só diversão, futebol e alegria. Aqui também vai ter isso, mas a violência estará presente”, afirma o repórter. “Essa é a primeira pergunta que me fazem sobre o Brasil: ‘É violento? É perigoso?’ Achava que isso estava mudando. Mas esse ano, principalmente no Rio, parece ter voltado.”
Sim, Éric, está voltando e a origem, se você pensar um pouco, é o “pacto entre anormais” firmado pela mídia, coxinhas, extrema direita e oposição.
Eles precisam do medo a que se refere a revista, porque não tem outra forma de voltar ao poder, senão assustando de todas as formas e sem nenhuma ética,  como você mesmo viu com a falsificação de sua matéria, o povo brasileiro.

domingo, 2 de março de 2014

Geraldo Alckmin confirmou a existência do ardil e elogiou a corporação . PSDB em campanha/2014... será?


Alguém está sendo feito de bobo na história da fuga espetacular que não houve de chefes do PCC.

Postado em 28 Feb 2014
Marcola, chefe do PCC
Marcola, chefe do PCC

A história do suposto plano de fuga de chefes do PCC teve, provavelmente, a cobertura mais ampla jamais dada a um evento que não aconteceu e que tem mais furos do que um queijo emmental.
Há dias, uma matéria “exclusiva” estava na Carta Capital, no SBT Brasil e no Estadão, repercutindo em seguida em todo lugar. Um relatório do setor de inteligência do Gaeco, Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público, dava conta de um esquema para tirar Marcola e outros três líderes do PCC da penitenciária de Presidente Venceslau, interior do estado.
O plano, segundo a polícia, estava sendo arquitetado há oito meses. Os criminosos estariam serrando as grades das janelas de suas celas, colocando-as de volta em seguida, devidamente pintadas. Eles sairiam dali para uma área do presídio sem cobertura de cabos de aço, onde seriam içados por um helicóptero com adesivos da Polícia Militar. Uma segunda aeronave, blindada e com armamento pesado, daria cobertura.
Membros da facção teriam tido aulas de pilotagem no Campo de Marte com um dos sujeitos que foram detidos carregando cocaína no helicóptero dos Perrellas. O destino do bando seria Loanda, no Paraná, distante 240 quilômetros. Ali haveria uma chácara e um avião para levá-los ao Paraguai.
O tal vazamento criou situações surreais. O Estadão publicou que os policiais estavam de tocaia aguardando os criminosos em Venceslau. A Globo foi até lá. No Jornal Nacional, um repórter perguntava, sussurrando, a um franco atirador como funcionava a arma dele. Diante da falta de ação, era o jeito.
O governador Geraldo Alckmin confirmou a existência do ardil e elogiou a corporação na rádio Jovem Pan. “Primeiro, o empenho da polícia de São Paulo, 24 horas, permanentemente, contra qualquer tipo de organização criminosa, tenha a sigla que tiver. São Paulo não retroage, não se intimida. É a maior polícia do Brasil, mais preparada. Segundo, em relação a esse caso, a polícia investigou e, lamentavelmente, isso acabou vazando. Mas a polícia está toda preparada e nós temos um esforço grande nesse trabalho”.
Tudo bem que não temos um FBI ou uma Scotland Yard — talvez a Sûreté do Inspetor Clouseau –, mas, se a inteligência policial é tão preparada, como é que um relatório desses é divulgado dessa maneira? E, se a coisa era tão perigosa, com dois helicópteros cheios de homens com fuzis e metralhadoras, o que explica a presença de toda a imprensa no local?
Por fim, se o PCC é capaz de elaborar uma escapada nesse nível de complexidade, como alguém suporia que algum de seus capangas fosse fazer qualquer coisa depois que a notícia estava no jornal, na TV, na internet etc?
O plano é digno de um filme de Bruce Wilis. Pode ser real? Sim. O PCC é rico e organizado. Mas a socióloga Camila Dias Nunes, autora do livro “PCC – Hegemonia nas Prisões e Monopólio da Violência”, duvida. Em entrevista ao site Spresso SP, ela afirma que considera tudo mirabolante demais. “Ao que tudo indica, o Marcola, por exemplo, possui uma capacidade muito grande de fazer ações bem planejadas. Então, eu acho que ele não seria burro de pôr em prática um plano como esse”, declarou. “Todos esses presos estão cansados de saber que suas ligações telefônicas são monitoradas, tanto pelo Ministério Público como pela polícia. É um amadorismo que não está de acordo com o perfil do Marcola”.
Tudo teria partido da interceptação de uma ligação entre o bandido Claudio Barbará da Silva, o Bin Laden, que está em Venceslau, e sua mulher, realizada pela Secretaria da Administração Penitenciária, comandada por Lourival Gomes. Por causa do vazamento, estaria havendo uma briga nos bastidores com a Secretaria de Segurança Pública, cujo titular é Fernando Grella.
Uma explicação para essa incrível batalha campal que nunca aconteceu são as eleições. Sem dar um único tiro, Alckmin saiu vitorioso. Os quatro fugitivos que nunca foram vão para outro regime prisional mais rigoroso. Mas a sensação que resta é de que, no meio de um teatro do absurdo, estão tentando fazer muita gente de boba. Você, inclusive.
Sobre o Autor
Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

O racismo nosso de cada dia.

Por Jornalismo Wando | Jornalismo Wando – 11 horas atrás


Nossa democracia racial continua desfilando garbosamente pelas passarelas do país. Essa semana foi especialmente interessante pra quem gosta de apreciar bons exemplos do que esse povo miscigenado e sem preconceito é capaz. E, com a força das redes sociais, toda essa nossa sedutora capacidade de conviver com as diferenças ganha ainda mais eco.

Um perfil no Twitter chamado @NaoSouRacista, que divulga os momentos mais singelos da cordialidade do povo brasileiro, compartilhou alguns desses mimos:


O que vemos nessa seleção de tweets? Jovens sendo jovens com um humor bastante ácido, porém despido de preconceito. A incorreção política é a principal inspiração desses jovens humoristas brasileiros. Oferecer banana pra um negro, por exemplo, não é considerado preconceito, mas apenas ousadia de crianças rebeldes que se levantam contra a ditadura do "politicamente correto". É uma galerinha atrevida, que não se acanha ao seguir a trilha desbravada por grandes humoristas da sua geração

"Eu tenho amigos pretos e amo eles", "não é preconceito, é questão pessoal" e "nada contra, mas" são frases que denotam o coração aberto desses meninos para as diferenças. Afinal de contas, o brasileiro é mundialmente conhecido por sua alegria e bom humor, não pelo racismo. Isso é coisa de países que viveram o apartheid como EUA e África do Sul. Sempre fomos generosos com as diversas etnias que habitam o país. Assim como nossa ditadura foi branda, nossa escravidão também foi bastante suave, e isso se reflete nos dias hoje. Do jeito que alguns humanistas falam, até parece que prendemos e agredimos nossos negros nas ruas.

Outra demonstração dessa harmonia étnica chamou a atenção essa semana. Um ator e psicólogo carioca voltava tranquilamente do trabalho quando foi preso e levado para a delegacia.



Vinicius Romão é ator e já trabalhou em novela da Globo (Foto: Facebook/Reprodução)

Confundido com um assaltante, Vinicius Romão foi reconhecido pela vítima e imediatamente encarcerado, sem direito a um telefonema. Segundo amigos e parentes, a polícia insistiu para que a vítima o reconhecesse como culpado. Como os pertences da senhora assaltada não foram encontrados com ele, um dos policiais afirmou que o ator teria passado o material para uma pessoa conhecida como "Braço". Passadas duas semanas, o delegado disse não ter ido atrás das imagens que registraram o assalto e que comprovariam a inocência de Vinícius. Só depois de muita pressão da família, dos amigos e da imprensa é que a polícia retomou o caso e esclareceu a questão. O ator da Globo foi solto após ficar 15 dias na cadeia injustamente, sem poder receber a visita de familiares. E o tal "Braço", usado pra justificar a prisão, parece que nunca existiu. Deve ter sido o braço invisível que regula a democracia racial brasileira.

E por falar em Rede Globo, emissora cujo diretor de jornalismo é autor do livro "Não Somos Racistas", lembrei do Big Brother Brasil, um programa que contribui anualmente para reforçar os pilares culturais dessa sociedade harmoniosamente mestiça. Foi na passarela do reality que nossa democracia racial voltou a desfilar essa semana.

Comandado por um profissional identificado com as causas populares, o Boninho, o programa nunca decepciona nessa seara. A edição desse ano não poderia ser diferente. O brother Cássio, por exemplo, não é racista, até tem amigos negros, porém foi tachado de preconceituoso por dizer que sente saudades da escravidão. Ontem, a sister Franciele também fez uma brincadeira que poucos entenderam:

“Tenho tudo de uma negona. Tenho o samba e até o cheiro. Me deixa sem desodorante para você ver!“

Confrontado pelo único brother negro na casa, Franciele se defendeu atrás da boa e velha imunidade humorística:

"Não. Nada disso. Eu falei de boa. Não vejo como racismo"

Além dos clássicos "não sou racista, mas", "não tenho preconceito, até tenho amigos negros"e "tô brincando!", agora também podemos acrescentar o novo hit: "falei de boa" ao acervo cultural da nossa bela e frondosa democracia racial.

E se alguém for racista aqui, a gente joga a culpa no "Braço".