quarta-feira, 18 de novembro de 2015

O cortejo Afro do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região , presta homenagem a Luiza Mahin e ao seu Filho Luiz Gama...


Um pouco da História de Luiza Mahin



Bancários avisam: racismo não passará!
Categoria promove Cortejo Afro nas ruas do centro de São Paulo na segunda-feira, ao meio-dia, com homenagem à Luiza Mahin e Luiz Gama e protesto contra invisibilidade de negros no setor financeiro
São Paulo – A luta por um Brasil sem racismo é diária. E esse debate fica ainda mais em evidência no mês da Consciência Negra. O Sindicato convida os trabalhadores a irem às ruas pelo combate ao racismo na segunda 23, no tradicional Cortejo Afro dos Bancários. A saída será ao meio-dia da sede da entidade, no Edifício Martinelli (Rua São Bento, 413, Centro).

É a 15ª edição do evento que neste ano homenageará Luiza Mahin e seu filho Luiz Gama, importante advogado e jornalista negro. Luiz Gama foi um escritor renomado e um dos maiores abolicionistas do país, mesmo após ter sido vendido como escravo pelo próprio pai. Sua mãe, Luiza, é considerada por muitos uma verdadeira rainha e uma das articuladoras da Revolta dos Malês, mobilização feita por escravos mulçumanos na Bahia em 1835. Duas figuras importantes para a história do Brasil, que não tiveram suas lutas reconhecidas.


Homenagem a Luiz Gama, reconhecido como Advogado pela AOB , 
“Já era hora de ele ter esse reconhecimento oficial”, avalia o advogado Silvio Luiz de Almeida, professor da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie e presidente do Instituto Luiz Gama (ILG). 


O Cortejo Afro contará com o grupo de percussão e balé Festa da Massa. Independente da raça, os trabalhadores estarão nas ruas do Centro para protestar contra essa realidade e defender igualdade de oportunidade na categoria bancária.

20 de novembro – O Dia Nacional da Consciência Negra, lembrado em 20 de novembro, é feriado em cerca de mil cidades do Brasil. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695.

“A ocasião é dedicada à reflexão da inserção do negro na sociedade, inclusive dos bancários. No último Censo da Diversidade da categoria, divulgado em novembro de 2014, foi identificada a necessidade especial de inclusão das mulheres negras nos bancos, já que elas sofrem por serem da minoria negra e ainda por serem mulheres. As bancárias enfrentam dificuldade para conquistar cargos executivos, um terrível preconceito de gênero nas instituições financeiras”, destaca a secretária de Relações Sindicais e Sociais do Sindicato, Maria Rosani. Hoje, 81% dos bancários são brancos e 19% negros. Entre os negros, 16,7% são pardos e apenas 2,3% são pretos. Destes 2,3%, somente um terço, são mulheres.


Gisele Coutinho – 18/11/2015

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segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Jornalista denuncia ‘má vontade’ e ‘obsessão’ dá mídia para demonizar o governo e é demitido...

Jornalista denuncia ‘má vontade’ e ‘obsessão’ dá mídia para demonizar o governo
“A obsessão em ver no Governo o demônio, a materialização do mal, ou o porto da incompetência, está sufocando a sociedade e engessando o setor produtivo”, afirmou o jornalista Sidney Rezende

Jornalista denuncia ‘má vontade’ e ‘obsessão’ dá mídia para demonizar o governo
O jornalista Sidney Rezende, âncora do Jornal da “GloboNews, do “Grupo Globo”, denunciou a campanha midiática contra o governo da presidenta Dilma Rousseff. Um dia antes de ser demitido da emissora que trabalhava desde 1997, ele disse que há “má vontade dos colegas que se especializaram em política e economia” na cobertura da gestão petista.

“A obsessão em ver no Governo o demônio, a materialização do mal, ou o porto da incompetência, está sufocando a sociedade e engessando o setor produtivo”, afirmou Rezende, em artigo publicado na última quinta-feira (12), intitulado “Chega de notícias ruins”.

O profissional denuncia a postura de colegas da imprensa que, para prejudicar Dilma, “se esquece” do dever jornalístico de “noticiar o fato, perseguir a verdade, ser fiel ao ocorrido e refletir sobre o real e não sobre o que pode vir a ser o nosso desejo interior”.

“Essa turma tem suas neuroses loucas e querem nos enlouquecer também”, argumentou.

“Se pesquisarmos a quantidade de boçalidades escritas por jornalistas e ‘soluções’ que quando adotadas deram errado daria para construir um monumento maior do que as pirâmides do Egito. Nós erramos. E não é pouco. Erramos muito”, avaliou.

Para ele, “os acertos” do governo não são noticiados, mas “escondidos”. “O povo já percebeu que esta “nossa vibe” é só nossa e das forças que ganham dinheiro e querem mais poder no Brasil. Não temos compromisso com o governo anterior, com este e nem com o próximo. Temos responsabilidade diante da nação”, repreendeu.

Após demitir o jornalista na sexta-feira (13), a Globo disse, em nota, que “só tem elogios à conduta profissional de Sidney, um jornalista completo”.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

É triste esse desgoverno de Geraldo Alckmin... VIVA LOS ESTUDIANTES!



Estudantes ocupam desde o início da manhã de ontem (10) a Escola Estadual Fernão Dias Paes, localizada na rua Pedroso de Moraes, em Pinheiros, zona oeste da capital paulista. Eles protestam contra a reorganização das instituições de ensino proposta pela Secretaria da Educação, que vai provocar o fechamento de 94 escolas e a transferência de cerca de 311 mil estudantes, em 2016, para escolas da região onde moram. O objetivo, segundo a secretaria, é segmentar as escolas em três grupos (anos iniciais e finais do ensino fundamental e ensino médio), conforma o ciclo escolar.


Foto: André Lucas Almeida / Futura Press

No início da manhã de hoje houve uma manifestação, na frente da escola, entre estudantes que apoiam a ocupação e a Polícia Militar, que reagiu usando spray de pimenta em direção ao grupo. 

domingo, 8 de novembro de 2015

Não basta acabar com Lula; é preciso destruir sua obra!

Como nos tempos de Getúlio Vargas, nunca se viu tanta ignomínia, tamanha crueldade no aviltamento, tão grande sanha para ferir um homem.


Não basta acabar com Lula; é preciso destruir sua obra.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é desses personagens da história capazes de encher livros e livros sem que a sua real dimensão seja devidamente avaliada. Vejamos, por exemplo, o furor que ele está causando somente por ter aventado a possibilidade de ser candidato ao cargo que já ocupou. Na dúvida, a direita tenta fuzilá-lo para evitar que mais um ciclo progressista seja engatado no que termina em 2018. E o jogo é sujo, torpe, rasteiro.

Não se está aqui dizendo que Lula será o franco favorito nas eleições presidenciais. Desde que o mundo é mundo, prever o futuro tem sido um desafio constante. Da cigana que lê a mão aos videntes e futurólogos de todos os matizes, ainda não se conheceu ninguém que fosse capaz de predizê-lo regularmente e com precisão. Seria demasia, portanto, esperar que nestes tempos de horizontes turvos surgissem um gênero diferenciado e mais eficaz de pitonisas. Convenhamos, as bolas de cristal talvez poucas vezes estiveram tão turvas.

Mas a direita não quer correr o menor risco. Como a tática de “sangrar” a presidenta Dilma Rousseff parece ser a que vai restando diante da reação ao golpismo, os direitistas raciocinam com um olho no presente e outro no futuro. Tática, aliás, que tentaram usar contra Lula, quando ele era presidente, assim como o impeachment, tido pelos golpistas como similar à bomba atômica, mostrada para assolar, não para detonar e matar, segundo o ex-presidente neoliberal Fernando Henrique Cardoso (FHC). E assim vão regulando o fogo do denuncismo de acordo com suas conveniências.

Moeda corrente

Quem acompanha o mundo político, mesmo que à distância, vê diuturnamente que nesse espetáculo circense os atores têm papéis bem definidos. É um ato em que os líderes da oposição nem precisam aparecer — os ataques são feitos por prelados da mídia, economistas de direita e adivinhos profissionais que vendem seus serviços como “analistas”. O objetivo — ou o mais adequado seria dizer desejo? — é ver o governo imobilizado.

As votações parlamentares, por exemplo, estão praticamente paralisadas. Não se pode, evidentemente, desconsiderar a grande parcela de culpa do governo nisso, que manteve uma relação política com o Congresso Nacional marcada por vacilações e equívocos. Faltou vontade política necessária para deflagrar e sustentar um processo político de continuidade das mudanças. Mas o fundamental é o jogo rasteiro da oposição.

Formalmente, temos uma democracia robusta, dizem por aí. A questão é que o conceito de democracia baseia-se, em poucas palavras, na aceitação das regras do jogo tidas como razoáveis para todos. Há, no entanto, um fato decisivo a se considerar: no jogo eleitoral da direita, as torpezas são moeda corrente. As primeiras manchetes do que viria a ser a sórdida onda de ataques a Lula, por exemplo, representou uma espécie de ordem unida para o avanço da direita. Ou seja: soou a voz do dono.

Criança órfã

Desde então, o que se viu foi a repetição da sordidez outrora usada contra o próprio Lula e contra Getúlio Vargas. Como naqueles idos, nunca se viu tanta ignomínia, tamanha crueldade no aviltamento, tão grande sanha para ferir um homem. Desde a fúria contra Vargas, nunca se viu tanto ódio, tanta torpeza, tantos insultos contra uma pessoa que nada fez para merecer isso tudo.

O que está se passando com Lula é ignóbil. Dia a dia, ultrajam-no mais. Nem a sua família lhe poupam. A mídia já cometeu todos os desmandos, ultrapassou todos os limites, rompeu todas as convenções. Nada ficou de pé. E a cada um dos desatinos parece que a única preocupação é superar os anteriores. Seus “analistas” têm o único objetivo de criar um coro alucinado na toada fria e implacável das invectivas. O objetivo confesso é fazer Lula parecer uma criança órfã, desamparada de pai e mãe.

Para tanto, se aproveitam de suas próprias criações, como é o caso da corrupção eleitoral, para vender a ideia de que o país precisa de um salvador da pátria. E assim criam dificuldade para o eleitorado definir o voto, inclusive nas eleições municipais do ano que vem. Avaliam bem a composição de forças que definirão o futuro do país e definem os alvos para os ataques sem trégua. E despejam munição pesada. Parafraseando Joaquim Nabuco, o abolicionista, não basta acabar com Lula; é preciso destruir sua obra.

*É editor do Portal Grabois, pesquisador da Fundação Maurício Grabois.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

O quanto pior melhor para a imprensa do Brasil, quem perde é só povo e o País...

A filósofa Viviane Mosé dá uma aula sobre o método da Grande Mídia em traçar um cenário isolado do Brasil na crise econômica mundial. Análise que merece aplausos pela didática em apontar com clareza a narrativa do "quanto pior, melhor" de nossa imprensa. Imperdível.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

LULA era para ter dado errado...Mas não deu!

     Lula é odiado porque deveria ter dado errado


Lula_Alvo
Emir Sader em seu blog em 2/3/2015
A direita – midiática, empresarial, partidária, religiosa – entra em pânico quando imagina que o Lula possa ser o candidato mais forte para voltar a ser presidente em 2018. Depois de ter deixado escapar a possibilidade de vencer em 2014, com uma campanha que trata de colocar o máximo de obstáculos para o governo de Dilma – em que o apelo a golpe e impeachment faz parte do desgaste –, as baterias se voltam sobre o Lula.
De que adiantaria ajudar a condenar a Dilma a um governo sofrível, se a imagem do Lula só aumenta com isso? Como, para além das denúncias falsas difundidas até agora, tratar de desgastar a imagem de Lula? Como, se a imagem dele está identificada com todas as melhorias na vida da massa da população? Como se a projeção positiva da imagem do Brasil no mundo está associada à imagem de Lula? Como se a elevação da autoestima dos brasileiros tem a ver diretamente com a imagem de Lula?
Mas, quem tem tanto medo do Lula? Por que o ódio ao Lula? Por que esse medo? Por que esse ódio? Quem tem medo do Lula e quem tem esperanças nele? Só analisando o que ele representou e representa hoje no Brasil para entendermos porque tantos adoram o Lula e alguns lhe têm tanto ódio.
Lula deu por terminados os governos das elites que, pelo poder das armas, da mídia, do dinheiro, governavam o pais só em função dos seus interesses, para uma minoria. Derrotou o candidato da continuidade do FHC e começou uma serie de governos que melhoraram, pela primeira vez, de forma substancial, a situação da massa do povo brasileiro.
Quem se sentiu afetado e passou a odiar o Lula? As elites políticas que se revezavam no governo do Brasil há séculos. Os que sentiram duramente a comparação entre a formas deles de governar e a de Lula. Sentiram que o Brasil e o mundo se deram conta de que a forma de Lula de governar é a forma de terminar com a fome, com a miséria, com a desigualdade, com a pobreza, com exclusão social. Eles sofrem ao se dar conta que governar para todos, privilegiando os que sempre haviam sido postergados, é a forma democrática de governar. Que Lula ganhou apoio e legitimidade, no Brasil, na América Latina e no mundo justamente por essa forma de governar.
Lula demonstrou, como ele disse, que é possível governar sem almoçar e jantar todas as semanas com os donos da mídia. Ele terminou seu segundo mandato com mais de 80% de referências negativas na mídia e com mais de 90% de apoio. Isso dói muito nos que acham que controlam a opinião pública e o pais por serem proprietários dos meios de comunicação.
Lula demonstrou que é possível – e até indispensável – fazer crescer o pais e distribuir renda ao mesmo tempo. Que uma coisa tem a ver intrinsecamente com a outra. Que, como ele costuma dizer, “O povo não é problema, é solução”. Dinheiro nas mãos dos pobres não vai para a especulação financeira, vai para o consumo, para elevar seu nível de vida, gerando empregos, salários, tributação.
Lula mostrou, na prática, que o Brasil pode melhorar, pode diminuir suas desigualdades, pode dar certo, pode se projetar positivamente no mundo, se avançar na superação das desigualdades – a herança mais dura que as elites deixaram para seu governo. Para isso precisa valorizar seu potencial, seu povo, elevar sua autoestima, deixar de falar mal do país e de elogiar tudo o que está lá fora, especialmente no centro do capitalismo.
Lula fez o Brasil ter uma política internacional de soberania e de solidariedade, que defende nossos interesses e privilegia a relação solidaria com os outros países da América Latina, da África e da Ásia.
Lula foi quem resgatou a dignidade do povo brasileiro, de suas camadas mais pobres, em particular do nordeste brasileiro. Reconheceu seus direitos, desenvolveu políticas que favoreceram suas condições de vida e uma recuperação espetacular da economia, das condições sociais e do sistema educacional do Nordeste.
Lula é odiado porque deveria dar errado e deixar em paz as elites para seguirem governando o Brasil por muito tempo. Um ódio de classe porque ele é nordestino, de origem pobre, operário metalúrgico, de esquerda, líder máximo do PT, que deu mais certo do que qualquer outro como presidente do Brasil. Odeiam nele o pobre, o nordestino, o trabalhador, o esquerdista. Odeiam nele a empatia que ele tem com o povo, sua facilidade de comunicação com o povo, a popularidade insuperável que o Lula tem no Brasil. O prestígio que nenhum outro político brasileiro teve no mundo.
A melhor resposta ao ódio ao Lula é sua consagração e consolidação como o maior líder popular da historia do Brasil. A força moral das suas palavras – que sempre tentam censurar. Sua trajetória de vida, que por si só é um exemplo concreto de como se pode superar as mais difíceis condições e se tornar um líder nacional e mundial, se se adere a valores sociais, políticos e morais democráticos.
Quem odeia o Lula, odeia o povo brasileiro, odeia o Brasil, odeia a democracia.
O Lula é a maior garantia da democracia no Brasil, porque sua vida é um exemplo de prática democrática. O amor do povo ao Lula é a melhor resposta ao ódio que as elites têm por ele.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Dona Dirce, a “tia da rua” (1930-2015). Uma pequena homenagem!

EDISON VEIGA
20 Outubro 2015 | 02:01

Como “quase sem querer”,uma moradora de São Miguel Paulista inaugurou em São Paulo o conceito das ruas que não abrem aos carros nos fins de semana

Foto: Ernesto Rodrigues/ Estadão
Foto: Ernesto Rodrigues/ Estadão
Ela não sonhava com uma política pública, não imaginava Minhocão, Paulista e tantas outras vias fechadas aos carros todo domingo. Dirce Vieira só queria uma rua para os filhos brincarem. No caso, a pequena Manoel Faria Inojosa, em São Miguel Paulista, extremo leste da capital, onde ela morou desde o início dos anos 1950 – “quando era só um matagal”, lembrava-se ela – até o mês passado, quando morreu, aos 84 anos.
Em 1977, após 12 anos de insistência mensal na Prefeitura, Dona Dirce conseguiu o direito de interditar a via aos domingos e feriados para que a criançada pudesse brincar em paz. Da vizinhança, ganhou o apelido: “tia da rua”. À administração municipal, meio sem querer, legou o conceito das ruas de lazer. Os 18 filhos, 35 netos, nove bisnetos – e tantos filhos, amigos dos filhos, sobrinhos, netos, enfim, toda a criançada da vizinhança – só puderam se divo de bola, a amarelinha, o esconde-esconde.ertir, isentos dos riscos de carros indo e vindo teimando em atrapalhar a brincadeira, o jogo.
Foto: Ernesto Rodrigues/ Estadão
Foto: Ernesto Rodrigues/ Estadão
“Eu só queria que meus filhos pudessem brincar, jogar bola, se divertir com segurança. Naquele tempo, nem havia muitos carros, mas charretes e carroças passavam o tempo todo”, contou ela, à reportagem do Estado, em março de 2012. Com simplicidade, modéstia até, ela dizia não se importar com as outras ruas de lazer que passaram a brotar em São Paulo. “Nem penso nisso, não. Nunca conheci outra rua de lazer. Estou feliz aqui”, limitava-se a responder.
Mineira de Machado, ela mudou-se para São Paulo em 1943, aos 13 anos, pouco depois da morte da mãe. Veio morar com a avó, que já vivia em São Miguel Paulista. Nunca mais saiu dali. “Não sei se gosto ou não de São Paulo. Sei que me acostumei, né? Todos os meus filhos foram criados aqui”, afirmou à reportagem, em 2012.
A criação dos filhos era seu grande orgulho. Quando ficou viúva, em 1980, muitos achavam que ela não daria conta de sustentar a família. Dona Dirce tirou de letra. Seguiu trabalhando como analista química em uma indústria do setor, da qual se aposentou em 1996 – na juventude, ela fez um curso técnico da área – e assumiu de vez o comando do barzinho na frente da sua casa, antes tocado pelo marido. O Bar dos Gois, sobrenome do marido, Osvaldo, funciona até hoje. Parada quase automática para o refrigerante da criançada nos domingos e feriados.