Embora tenha enviado a noticia em primeira mão, mas estava em inglês da BBC de Londres,
agora estou enviando uma boa matéria da Claudia Trevisan, diretamente da China e em português.
Divirtam-se,
Gilmar Carneiro
A China agora é a segunda economia do mundo
agora estou enviando uma boa matéria da Claudia Trevisan, diretamente da China e em português.
Divirtam-se,
Gilmar Carneiro
A China agora é a segunda economia do mundo
por Cláudia Trevisan - 15.fevereiro.2011 10:19:38
Apesar de ter crescido robustos 3,9% no ano passado, o Japão perdeu oficialmente para a China o posto de segunda maior economia do mundo que ocupou durante quatro décadas. Autoridades de Tóquio informaram ontem que o PIB de 2010 ficou em US$ 5,47 bilhões, abaixo dos US$ 5,88 bilhões do vizinho emergente.
A diferença de US$ 410 bilhões entre os dois países supera o tamanho da economia da Argentina, que atingiu US$ 351 bilhões em 2010, segundo estimativa do Fundo Monetário Internacional.
O resultado era impensável há uma década, quando o PIB chinês representava um terço do japonês, e reflete tanto o dinamismo da China quanto a estagnação em que o Japão mergulhou a partir dos anos 90.
Mas o 1,3 bilhão de habitantes da que agora é a segunda maior economia do mundo continua a ser bem mais pobre que os 128 milhões que passaram para a terceira posição _o PIB per capita chinês equivale a cerca de um décimo dos US$ 43 mil dos japoneses.
No ritmo atual, a China deverá superar os Estados Unidos e se tornar a maior economia do mundo até 2030. A ultrapassagem ocorrerá cerca de 15 anos antes se for considerado o valor do PIB pela Paridade de Poder de Compra (PPP, na sigla em inglês), cuja equação contempla o impacto dos preços relativos na economia de cada país.
A espetacular história da expansão chinesa começou a ser escrita em 1978, quando Deng Xiaoping (1904-1997) obteve apoio dentro do Partido Comunista para implantar sua política de abertura e integração gradual do país à economia mundial.
Naquela época, a China estava isolada e destroçada pela trágica experiência da Revolução Cultural (1966-1976). O PIB per capita não chegava a US$ 300 ao ano, comparados com quase US$ 9.000 dos japoneses.
As reformas iniciadas por Deng levaram a China a um crescimento médio de quase 10% ao ano nas últimas três décadas, algo inédito na história recente da humanidade. Os principais motores dessa expansão foram os investimentos e as exportações. O grande desafio dos dirigentes de Pequim agora é mudar o padrão de crescimento e aumentar o peso do consumo doméstico no PIB.
Se conseguir essa transição, a China aumentará sua relevância como uma das principais turbinas da expansão mundial. O país é o principal destino das exportações do Japão e sua demanda foi um dos fatores que levaram aos 3,9% de crescimento em 2010.
Apesar do resultado positivo, a economia japonesa encolheu 0,3% no quarto trimestre _ou 1,1% anualizados. A contração decorreu principalmente da queda no consumo interno provocada pelo fim de subsídios adotados depois da crise financeira global. Ainda assim, a contração foi menor que a média de -0,5% esperada por analistas.
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