Governo Dilma “desprivatiza” a Ultrafértil depois de 20 anos; assista ao vídeo
A Petrobras bateu o
martelo e comprou da Vale a Ultrafértil, unidade de produção de
nitrogenados localizada em Araucária (PR), região metropolitana de
Curitiba, por US$ 239 milhões.
A informação veio há pouco a este blogueiro pelo Sindicato dos Trabalhadores
nas Indústrias Petroquímicas do Estado do Paraná (Sindiquímica-PR). A
entidade sindical prepara um ato político para comemorar a
“reestatização” da empresa pelo governo Dilma.
A empresa de fertilizantes, cuja capacidade anual de 700 mil
toneladas de ureia e de 475 mil toneladas de amônia, fora privatizada em
23 de junho de 1993 no então governo de Itamar Franco pela bagatela de
US$ 207 milhões.
A própria Comissão de Desestatização dizia que a Ultrafértil valia
US$ 426 milhões. Os trabalhadores afirmavam que o custo de instalação da
fábrica era de US$ 1,2 bilhão.
Trabalhadores e as forças vivas paranaenses de antanho chegaram
depositar fé no então recém-nomeado ministro da Fazenda, Fernando
Henrique Cardoso, para barrar a privatização. Não sabíamos nós que o
tucano comandaria mais adiante o maior crime lesa-pátria com a
privataria das demais estatais (vide registro no livro de Amaury Ribeiro Jr).
Na condição de líder estudantil, em 1993, estive presente na ocupação da Ultrafértil contra a privatização.
Na época, Roberto Requião (PMDB), governador do Paraná, uniu-se à
luta contra a privatização. Alegava ser a companhia estratégia à
economia e à Nação.
Luiz Inácio Lula da Silva, 9 anos antes de se eleger presidente da
República, esteve em Araucária para se solidarizar aos trabalhadores.
O jornalista e blogueiro Luís Nassif, em comentário na televisão, afirmava com veemência que a privatização da Ultrafértil em si — e em geral — era um péssimo negócio para os contribuintes.
Atualmente, segundo o Sindiquímica, a Ultrafértil opera com 430 trabalhadores diretos e 350 terceirizados.
Relembre a histórica luta contra a privatização da Ultrafértil; assista ao vídeo:
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