Professores aceitam proposta da
prefeitura, que garantiu o pagamento imediato dos dias parados, com
compromisso de reposição das aulas
por Nicolau Soares, especial para a RBA
publicado
24/05/2013 19:27
Professores
aceitam proposta da prefeitura, que garantiu o pagamento imediato dos
dias parados, com compromisso de reposição das aulas
Marlene Bergamo/Folhapress
Professores terão 10,19% a partir de 1º de maio e mais 13,43% no ano que vem, conforme acordos anteriores
São Paulo - Os professores municipais de São Paulo
decidiram em assembleia realizada na tarde de hoje (24) encerrar a greve
da categoria, iniciada no dia 2. A decisão veio depois de nova
negociação entre os professores e a prefeitura, que manteve sua proposta
de reajuste salarial e questões relativas à melhoria das condições de
trabalho e concordou com o não desconto imediato dos dias parados dos
grevistas, mediante o compromisso de reposição das aulas em cronograma a
ser discutido em cada escola.
A proposta aprovada pelos professores inclui o encaminhamento para a Câmara, no prazo de 45 dias, de projeto de lei para acrescentar duas referências na carreira dos professores e gestores, considerando o limite de 25 anos de trabalho; criação de 1.200 cargos de professor de Educação infantil; implementação do Sistema Municipal de Formação de Educadores; contratação de novos Auxiliares de Vida Escolar (AVE) e estagiários de pedagogia para apoio de professores na educação inclusiva; construção de dois Grupos de Trabalho com participação dos educadores para definir políticas para melhorar a saúde dos professores e a segurança nas escolas; entre outros pontos.
“Não conseguimos tudo, mas a luta pode ser feita em
etapas. E se voltássemos para a sala de aula com o desconto dos dias
parados iria demorar para recompor o movimento”, afirmou Cláudio
Fonseca, presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino
Municipal (Sinpeem), que criticou a ausência de greve em outras
categorias do funcionalismo. “Somos 29 entidades, mas só duas foram para
a rua. A luta dos profissionais da Educação continua e vamos lembrar a
nossos colegas que tinham que ser solidários e lutar conosco.”
Para o presidente do Sindicato dos Professores e
Funcionários Municipais de São Paulo (Aprofem), Isamel Nery Palhares,
foi um dia histórico. “Reitero minha satisfação de estarmos juntos nesse
movimento”, disse.
A negociação contou com a presença dos secretários
municipais de Educação, Cesar Callegari, de Governo, Antonio Donato, de
Esportes, Celso Jatene, e do vereador Reis (PT), presidente da Comissão
de Educação da Câmara Municipal, que realizou uma reunião com o
secretario na tarde de hoje.
"Desde o início do processo de negociação, o governo
já vinha confirmando sua posição de dar aumentos de 10,19% aos
educadores a partir de 1º de maio desde ano e mais 13,43% em maio do ano
que vem. Isso está sendo e será cumprido", afirma a Prefeitura em nota
oficial, referindo-se a valores negociados pelos professores em
campanhas salariais anteriores mas que serão aplicados agora. A proposta
inclui também um compromisso do governo de conceder um aumento linear
para todo o funcionalismo de 11,46% dividido em três anos, a partir de
2014.
"Além disso, todas as 10 medidas de melhoria da Educação e das
condições de trabalho dos educadores anunciadas em documento já
apresentado anteriormente foram confirmadas hoje e aprovadas na
assembleia dos sindicatos", completa o texto da Secretaria de Educação.A proposta aprovada pelos professores inclui o encaminhamento para a Câmara, no prazo de 45 dias, de projeto de lei para acrescentar duas referências na carreira dos professores e gestores, considerando o limite de 25 anos de trabalho; criação de 1.200 cargos de professor de Educação infantil; implementação do Sistema Municipal de Formação de Educadores; contratação de novos Auxiliares de Vida Escolar (AVE) e estagiários de pedagogia para apoio de professores na educação inclusiva; construção de dois Grupos de Trabalho com participação dos educadores para definir políticas para melhorar a saúde dos professores e a segurança nas escolas; entre outros pontos.
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