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• atualizado às 22h44
SP: MPL deixa ato e diz que direita quer dar 'ares fascistas' a protestos
“O MPL agora vai sentar e fazer uma avaliação, mas com
certeza vai ter mais manifestações pela tarifa zero, só não sei dizer
onde nem quando. Fiquem ligados no perfil do MPL no Facebook”, disse
Pedro Bernardo, também militante do MPL.
Pedro criticou alguns partidos que estavam na
manifestação. “Militantes de extrema direita querem dar ares facistas a
esse movimento”, afirmou. Para Lucas, "a hostilidade sempre existiu".
"Mas hoje é dia de vitória. O MPL deu o exemplo, colocou
o povo para participar do processo democrático”, disse Pedro. “Se
chamar o povo vem junto, parabéns para o povo.”
Cenas de guerra nos protestos em SP
A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em cenários de guerra.
A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em cenários de guerra.
Durante os atos, portas de agências bancárias e
estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, prédios, muros e
monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que
reagem à repressão da polícia, que age de maneira truculenta para tentar
conter ou dispersar os protestos.
Mais de 250 pessoas foram presas durante as
manifestações, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e
formação de quadrilha. A mobilização ganhou força a partir do dia 13 de junho,
quando o protesto foi marcado pela repressão opressiva. Bombas de gás
lacrimogêneo lançadas pela Polícia Militar na rua da Consolação deram
início a uma sequência de atos violentos por parte das forças de
segurança, que se espalharam pelo centro.
O cenário foi de caos: manifestantes e pessoas pegas de
surpresa pelo protesto correndo para todos os lados tentando se
proteger; motoristas e passageiros de ônibus inalando gás de pimenta sem
ter como fugir em meio ao trânsito; e vários jornalistas, que cobriam o
protesto, detidos, ameaçados ou agredidos.
As agressões da polícia repercutiram negativamente na
imprensa e também nas redes sociais. Vítimas e testemunhas da ação
violenta divulgaram relatos, fotografias e vídeos
na internet. A mobilização ultrapassou as fronteiras do País e ganhou
as ruas de várias cidades do mundo. Dezenas de manifestações foram
organizadas em outros países em apoio aos protestos em São Paulo e
repúdio à ação violenta da Polícia Militar. Eventos foram marcados pelas
redes sociais em quase 30 cidades da Europa, Estados Unidos e América
Latina.
As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho.
A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011. Segundo a
administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação
acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$
3,40. No dia 19 de junho, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o
prefeito Fernando Haddad (PT) anunciaram a redução dos preços das
passagens de ônibus, metrô e trens metropolitanos para R$ 3. O preço da
integração também retornou para o valor de R$ 4,65 depois de ter sido
reajustado para R$ 5.
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