sábado, 8 de junho de 2013

Julian Assange critica "espionagem em massa" dos Estados Unidos.

Jornalista australiano diz que o povo tem o direito de entender o que o governo faz em seu nome
O fundador do Wikileaks, Julian Assange, criticou nesta sexta-feira (07/06) em entrevista à rede de televisão americana CBS News os casos de "espionagem em massa" dos Estados Unidos revelados pela imprensa local.

Assange, asilado atualmente na embaixada equatoriana em Londres para evitar sua extradição à Suécia por uma acusação de estupro, disse que "as pessoas têm o direito de entender o que o governo faz em seu nome".

O fundador da organização responsável pelo maior vazamento de documentos sigilosos da história dos EUA opinou que não é necessário conhecer "todos os aspectos, cada detalhe" dos programas de espionagem, mas sim "suficientes parâmetros para saber o que está acontecendo".

Os jornais The Washington Post e The Guardian revelaram ontem que a NSA (Agência de Segurança Nacional, na sigla em inglês) e o FBI recebiam dados diretamente dos servidores de Microsoft, Yahoo!, Google, Facebook, PalTalk, AOL, Skype, YouTube e Apple para controlar comunicações no exterior de suspeitos de terrorismo.

Além disso, o Guardian revelou que as duas agências têm também acesso a dados de ligações dentro dos EUA da operadora de telefonia Verizon, o que também ocorre com outras duas companhias de telecomunicações, AT&T e Spring, de acordo com o Wall Street Journal.

Agência Efe
Julian Assange: vazamentos de Bradley Manning não colocaram em risco vidas de americanos


"De nenhuma maneira a opinião pública americana ou internacional estava a par, em detalhes, destes programas maciços de espionagem", afirmou Assange à CBS News.

O fundador do Wikileaks disse que possivelmente a fonte que vazou a informação ao Guardian e aoWashington Post sobre os programas de espionagem de registros telefônicos e de comunicações na internet terá o mesmo destino do soldado Bradley Manning, que está sendo julgado por revelar centenas de milhares de documentos sigilosos ao portal de Assange.

Manning pode ser condenado à prisão perpétua se for considerado culpado de "ajuda ao inimigo".

Assange disse na entrevista que sente "preocupação" pela possibilidade de que Manning seja condenado "a uma morte em vida" e disse ser "completamente falso" que os vazamentos do soldado ao Wikileaks tenham colocado em risco a vida de americanos.

"Nem mesmo o Pentágono disse que uma só pessoa tenha sido atacada fisicamente como resultado das publicações", afirmou.

*Com Agência Efe 

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