Internet tira do mercado Jornais, Revistas, Enciclopédias e agora derruba Canais de TV.
Por: Olimpio Araujo Junior - www.gestordemarketing.com
Estamos vivenciando uma das maiores revoluções nas comunicações e na
industria de mídia já vista na história. A chamada "convergência
digital" está se consolidando cada vez mais, e a cada dia, recebemos
novas notícias de tradicionais veículos de mídias fechando suas portas.
O comportamento do consumidor está mudando, a audiência da web
aumentando progressivamente. As pessoas continuam lendo notícias,
consultando enciclopédias, assistindo vídeos, programas de entrevista,
de humor, filmes, e até ouvindo rádio, porém, não mais nos veículos
tradicionais, pois agora é possível fazer tudo isso pela internet, em
seu computador, smartphone ou tablet.
Um estudo global realizado pela e-Marketer divulgou
recentemente que o investimento publicitário em mídia digital
continuará na casa dos dois dígitos pelo menos até 2015. O
eMarketer celebra ainda o fato de o faturamento da publicidade online no
Brasil dobrou em 2 anos, saltando de 1 bilhão de dólares em 2010 para
quase 2 bilhões em 2012.
Isso tem acontecido não apenas pela entrada
de novas empresas no marketing digital, mas também devido a migração de
grandes anunciantes que tradicionalmente anunciavam em revistas,
jornais, rádio e TV e agora estão transferindo parte de seus orçamentos,
ou até mesmo 100% de seu budget para ao marketing digital.
Outro ponto importante é que os custos de
produção para as mídias tradicionais (TV, Jornais e Revistas), é muito
alto, e as mesmas se acostumaram ao longo dos anos a grandes lucros, o
que faz com que a publicidade nestes meios seja muito cara e acessível a
poucos.
Abaixo podemos acompanhar alguns resultados desta guerra que
está sendo vencida pela internet, e algumas baixas importantes de mídias
tradicionais:
Globo retira links do facebook como forma de retaliação
Desde
o dia 8 de Abril de 2013, as plataformas das revistas da Editora Globo,
do jornal O Globo e do G1 adotaram a medida de não fazer a divulgação
dos links das suas matérias nos canais oficiais dos veículos da Globo no
Facebook. Segundo o Diretor do G1, a medida se deve ao fato de que os
anunciantes estavam migrando para o facebook, e que a rede social não
concede nenhuma garantia de que seus usuários não receberão publicidades
de outros anunciantes quando acessam as fanpages dos veículos da
Globo.
Nos bastidores, sabemos que grandes anunciantes diminuíram seus
investimentos em publicidade nos canais virtuais da Globo, ou cancelaram
totalmente, devido aos altos custos e baixo retorno. Alguns inclusive
estão diminuindo seus orçamentos para divulgação na TV e Rádios,
concentrando-se cada vez mais na internet como canal de comunicação e
vendas diretas.
Rede Record faz cortes de custos no RecNov
A
área de dramaturgia da Rede Record (RecNov), será um dos pontos
cruciais na política de redução de custos implementada. Há algum tempo, a
emissora vem reavaliando suas produções na tentativa de eliminar
projetos não rentáveis e de buscar novas soluções que demandem menores
investimentos.
“O ritmo do consumo das famílias caiu e o varejo é o setor que mais
sente essa queda. E, quando o varejo diminui seu ritmo, o negócio
televisivo acaba impactado. Tivemos diminuição do volume de anúncios publicitários e temos de reagir a isso”, confessou o presidente da Rede Record, Alexandre Raposo, em entrevista ao Meio & Mensagem.
MTV encerra suas atividades em dezembro de 2013
A
partir de Dezembro de 2013 o Grupo Abril anunciou que a emissora
musical "MTV" encerrará suas atividades. O canal vai continuar suas
operações até dezembro com apenas 40 funcionários, e até lá, exibirá
apenas reprises de seus programas
Ainda existe uma esperança entre os funcionários que a empresa seja
vendida para uma empresa concorrente, que daria continuidade ao canal,
mas devido os resultados cada vez menores, isso é cada vez menos
provável.
A crise no Grupo Abril é tão grande que 11 revistas também deverão ser fechadas.
Enciclopédia Britânica deixará de ser impressa após 244 anos
Dia
14/03/2012 foi uma data histórica, e possivelmente marcará um período
de transição, que já vem acontecendo lentamente há alguns anos, mas que
está a cada dia que passa em um ritmo mais acelerado. A Enciclopédia
Britânica, a mais antiga do mundo em inglês, anunciou o fechamento de
sua edição em papel, 244 anos depois que seu primeiro exemplar foi
publicado em Edimburgo, na Escócia, em 1768.
Jornal passa a ser só online depois de 120 anos em papel
Muito
se fala sobre a sobrevivência e sobre a "morte" dos jornais em papel
face a popularização da Internet. O Jornal do Brasil, um dos mais
antigos diários brasileiros, com 120 anos de existência, viu-se obrigado
não só a aderir ao online, mas a desistir da sua versão em papel. A
partir de Setembro de 20120 O JB passou a ser publicado unicamente na Internet, depois de a edição impressa ter sofrido uma quebra de quase 80% nas vendas.
Esse não é um fenômeno isolado, centenas de jornais e revistas
tradicionais fecharam as portas ou migraram para a internet nos últimos
anos. A baixa mais recente é da revista Reader's Digest. A holding RDA entrou com pedido
de falência nos Estados Unidos em fevereiro este ano. Com escritórios
em 42 países, a RDA (Reader’s Digest Association) publica 75 revistas.
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