segunda-feira, 10 de junho de 2013

Qual o medo dos poderosos, a fonte de manipulação estaria secando?

Internet tira do mercado Jornais, Revistas, Enciclopédias e agora derruba Canais de TV.



Por: Olimpio Araujo Junior - www.gestordemarketing.com

Estamos vivenciando uma das maiores revoluções nas comunicações e na industria de mídia já vista na história. A chamada "convergência digital" está se consolidando cada vez mais, e a cada dia, recebemos novas notícias de tradicionais veículos de mídias fechando suas portas.

O comportamento do consumidor está mudando, a audiência da web aumentando progressivamente. As pessoas continuam lendo notícias, consultando enciclopédias, assistindo vídeos, programas de entrevista, de humor, filmes, e até ouvindo rádio, porém, não mais nos veículos tradicionais, pois agora é possível fazer tudo isso pela internet, em seu computador, smartphone ou tablet.

Um estudo global realizado pela e-Marketer divulgou recentemente que o investimento publicitário em mídia digital continuará na casa dos dois dígitos pelo menos até 2015. O eMarketer celebra ainda o fato de o faturamento da publicidade online no Brasil dobrou em 2 anos, saltando de 1 bilhão de dólares em 2010 para quase  2 bilhões em 2012.

Isso tem acontecido não apenas pela entrada de novas empresas no marketing digital, mas também devido a migração de grandes anunciantes que tradicionalmente anunciavam em revistas, jornais, rádio e TV e agora estão transferindo parte de seus orçamentos, ou até mesmo 100% de seu budget para ao marketing digital.
Outro ponto importante é que os custos de produção para as mídias tradicionais (TV, Jornais e Revistas), é muito alto, e as mesmas se acostumaram ao longo dos anos a grandes lucros, o que faz com que a publicidade nestes meios seja muito cara e acessível a poucos. 

Abaixo podemos acompanhar alguns resultados desta guerra que está sendo vencida pela internet, e algumas baixas importantes de mídias tradicionais:

   
Globo retira links do facebook como forma de retaliação


Desde o dia 8 de Abril de 2013, as plataformas das revistas da Editora Globo, do jornal O Globo e do G1 adotaram a medida de não fazer a divulgação dos links das suas matérias nos canais oficiais dos veículos da Globo no Facebook. Segundo o Diretor do G1, a medida se deve ao fato de que os anunciantes estavam migrando para o facebook, e que a rede social não concede nenhuma garantia de que seus usuários não receberão publicidades de outros anunciantes quando acessam as fanpages dos veículos da Globo. 

Nos bastidores, sabemos que grandes anunciantes diminuíram seus investimentos em publicidade nos canais virtuais da Globo, ou cancelaram totalmente, devido aos altos custos e baixo retorno. Alguns inclusive estão diminuindo seus orçamentos para divulgação na TV e Rádios, concentrando-se cada vez mais na internet como canal de comunicação e vendas diretas.
     
   
Rede Record faz cortes de custos no RecNov

A área de dramaturgia da Rede Record (RecNov), será um dos pontos cruciais na política de redução de custos implementada. Há algum tempo, a emissora vem reavaliando suas produções na tentativa de eliminar projetos não rentáveis e de buscar novas soluções que demandem menores investimentos.

“O ritmo do consumo das famílias caiu e o varejo é o setor que mais sente essa queda. E, quando o varejo diminui seu ritmo, o negócio televisivo acaba impactado. Tivemos diminuição do volume de anúncios publicitários e temos de reagir a isso”, confessou o presidente da Rede Record, Alexandre Raposo, em entrevista ao Meio & Mensagem.



MTV encerra suas atividades em dezembro de 2013


A partir de Dezembro de 2013 o Grupo Abril anunciou que a emissora musical "MTV" encerrará suas atividades. O canal vai continuar suas operações até dezembro com apenas 40 funcionários, e até lá, exibirá apenas reprises  de seus programas

Ainda existe uma esperança entre os funcionários que a empresa seja vendida para uma empresa concorrente, que daria continuidade ao canal, mas devido os resultados cada vez menores, isso é cada vez menos provável.

A crise no Grupo Abril é tão grande que 11 revistas também deverão ser fechadas.


Enciclopédia Britânica deixará de ser impressa após 244 anos
   

Dia 14/03/2012 foi uma data histórica, e possivelmente marcará um período de transição, que já vem acontecendo lentamente há alguns anos, mas que está a cada dia que passa em um ritmo mais acelerado. A  Enciclopédia Britânica, a mais antiga do mundo em inglês, anunciou o fechamento de sua edição em papel, 244 anos depois que seu primeiro exemplar foi publicado em Edimburgo, na Escócia, em 1768.


Jornal passa a ser só online depois de 120 anos em papel
   

Muito se fala sobre a sobrevivência e sobre a "morte" dos jornais em papel face a popularização da Internet. O Jornal do Brasil, um dos mais antigos diários brasileiros, com 120 anos de existência, viu-se obrigado não só a aderir ao online, mas a desistir da sua versão em papel. A partir de Setembro de 20120 O JB passou a ser publicado unicamente na Internet, depois de a edição impressa ter sofrido uma quebra de quase 80% nas vendas.

Esse não é um fenômeno isolado, centenas de jornais e revistas tradicionais fecharam as portas ou migraram para a internet nos últimos anos. A baixa mais recente é da revista Reader's Digest. A holding RDA entrou com pedido de falência nos Estados Unidos em fevereiro este ano. Com escritórios em 42 países, a RDA (Reader’s Digest Association) publica 75 revistas.
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