Apareceu a verdade: a Dra. Ramona montou uma farsa para encontrar namorado em Miami.
6 de fevereiro de 2014 | 07:53 Autor: Fernando Brito
A Dra. Ramona Matos Rodrigues tem o direito de querer viver com o namorado em Miami.
Isso é um problema dela com as autoridades de seu país e não nos
cabe, a brasileiros, darmos palpite sobre as regras cubanas de
emigração, que, atualmente, só restringem a saída de médicos, cientistas
e militares. Os Estados Unidos restringem a entrada em seu país e volta e meia vemos cenas dantescas com dezenas de “chicanos” mortos em vagões de trem enquanto tentam entrar no “eldorado” americano e ninguém diz que, com isso, os EUA ferem a liberdade de ir e vir.
Mas a Dra. Ramona não tem o direito de ludibriar a boa-fé do povo
brasileiro montando uma história farsesca sobre as razões de sua
tentativa de fuga para Miami.
A Folha, hoje, revela o suficiente da história para que compreendamos que, como disse Janio de Freitas, esta história “vá dar rumba”.
A Dra. Ramona se aproveitou da simpatia que lhe teve uma senhora,
prestadora de serviços ao “Mais Médicos” para encontrar acolhida em
Brasília. Dizia sentir-se só e foi recebida por ela em sua casa, num
rasgo de solidariedade.
Depois de um final de semana, como planejado, foi à embaixada
americana pedir para ser “abduzida” àquele país, para surpresa da amiga
que, então, disse que para isso sua casa não era abrigo.
Então a Dra. Ramona montou sua pequena farsa, com a ajuda
providencial do deputado Caiado, que critica a “escravidão médica” de
Cuba, mas é contra a abolição da escravatura “de peão” proposta na PEC do trabalho escravo.
Aí veio a cantilena sobre o “fui enganada”, etc, etc, etc…
A Dra. Ramona usou o congresso e a imprensa brasileira como palco e platéia de seu “teatro”, sem nenhum pudor.
E os usou porque sabe que, neste país, existe um sistema de comunicação
que a transformaria em “heroína” quando é apenas uma pessoa que mente
por seus interesses, em lugar de proclamar e lutar por seus direitos
abertamente.
O que, no Brasil, ninguém duvida, poderia ter feito.
Mas a Dra. Ramona foi contratada por nosso país para atender doentes,
não para se portar como uma transtornada – que seja, concedamos a
generosa possibilidade – por um amor na Flórida que a leve a mentir na
sede do parlamento, diante de toda a imprensa.
Porque, para esta fila de “vistos” americanos, tem muito brasileiro
na frente dela, que sequer vai receber os gordos subsídios que o Governo americano dá aos médicos cubanos dispostos a expatriar-se.
Ao contrário, se pagassem metade do que paga o Mais Médicos, muitos
médicos brasileiros estariam nessa fila, porque Miami, para eles, é
lugar de gente.
Pacajás, no Pará, não.
Aliás, nada impediria o namorado da Dra. Ramona, se é tão grande este amor, vir para cá.
Talvez o que o impeça seja, apenas, Miami.
Mas isso é um problema privado do casal.
E esse é o pecado imperdoável da Dra. Ramona: transformar os seus quereres pessoais em um caso político em país alheio.
PS. Desde ontem, no início da tarde, havia essa informação. Como
não havia confirmação, não publicamos. Correr o risco da mentira era
agir sem dignidade. Coisa que a Dra. Ramona não fez com a opinião
pública brasileira.
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