sábado, 31 de dezembro de 2011
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Terra...Por mais distante um errante navegante quem jamais te esqueceria.
Navegue e pesquise no link abaixo, um formidavel trabalho do IBGE que mostra todos os tripulantes, suas conquistas e seus fracassos nesse "Asteroide" pequeno que todos chamam de TERRA.
http://www.ibge.gov.br/paisesat/main.php
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
"A Privataria Tucana" entra no ranking de livros mais vendidos; PSDB processará autor
Texto extraido da OUL noticias -SP-Brasil http://noticias.uol.com.br/politica/2011/12/27/a-privataria-tucana-entra-no-ranking-de-livros-mais-vendidos-psdb-processara-autor.jhtm
Lançado em 9 de dezembro deste ano, o livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., alcançou o topo do ranking de livros mais vendidos do site especializado em mercado editorial PublishNews. O site contabiliza as vendas de 12 livrarias –Argumento, Cultura, Curitiba, Fnac, Laselva, Leitura, Martins Fontes SP, Nobel, Saraiva, Super News, Travessa e da Vila.
O Video modificado!
Mais sobre "A Privataria Tucana"
•Tucanos se manifestam contra livro que aponta esquema fraudulento em privatizações
A obra aponta supostas irregularidades nas privatizações ocorridas durante os governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). O livro afirma também que amigos e parentes de José Serra mantiveram empresas em paraísos fiscais e movimentaram milhões de dólares entre 1993 e 2003.
Entre 12 e 18 de dezembro --última contabilização--, foram vendidos 9.032 exemplares do livro, que ficou atrás somente da biografia de Steve Jobs, de Walter Isaacson (17.784 unidades vendidas), da ficção “As esganadas”, de Jô Soares (16.150), e de “O Cemitério de Praga”, do semiólogo italiano Umberto Eco (9.083).
Na semana anterior (5 a 11 de dezembro), foram vendidos 2.414 exemplares do título em três dias, já que a obra foi lançada no dia 9.
Segundo a Geração Editorial, que publicou o livro, a primeira edição teve uma tiragem de 15 mil exemplares, que se esgotou na editora. Foram reimpressas 60 mil unidades, já que, de acordo com a Geração Editorial, cerca de 50 mil já tinham sido vendidos às livrarias antes de o lote checar à editora.
A Fnac afirmou que os exemplares da primeira edição do livro se esgotaram em três dias, e que o principal canal de vendas foi a internet. Uma nova encomenda foi feita no mesmo dia, mas os livros sumiram das prateleiras em três dias. Quanto à segunda edição, que chegou às lojas no último dia 16, a Fnac informou que 25% dos exemplares já tinham sido comprados por clientes na pré-venda.
A livraria comparou as vendas de “A Privataria...”, nos primeiros dias após o lançamento, às de grandes apostas editoriais do ano, como a biografia de Jobs e o último livro de Jô Soares. Assim como o próprio autor, a Fnac atribui a grande procura pelo livro à repercussão dada ao título nas redes sociais.
Já Saraiva afirmou que, para um período de cinco dias, o livro bateu o recorde histórico de encomendas na Saraiva.com. A empresa aponta que as vendas foram impulsionadas pelo destaque que o título ganhou nas redes sociais. Na Livraria da Folha, a obra foi a mais vendida entre todas as categorias na semana de 19 a 26 de dezembro.
O autor se disse surpreso com a vendagem. “Ninguém esperava. Os editores não esperavam, as livrarias não esperavam”, disse. “As redes sociais têm participação importante. Hoje já não se precisa mais de repercussão em programas de TV, em grandes veículos”, afirmou.
PSDB processará autor
Em nota, a executiva nacional do PSDB afirmou que irá processar Ribeiro Jr. pelas acusações feitas no livro. A assessoria de imprensa do partido disse que a área jurídica da legenda está juntando elementos para entrar na Justiça contra o autor, o que deve ocorrer ainda nesta semana.
Com base no livro, a base governista protocolou, em 21 de dezembro, por meio do deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB), pedido para abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as supostas irregularidades nas privatizações e outras acusações contidas no livro.
Um dos parentes de Serra citados nas acusações é a filha do ex-governador, Verônica Serra. De acordo com o livro, ela foi sócia da empresária Verônica Dantas numa firma de prestação de serviços financeiros na internet. Verônica é irmã do banqueiro Daniel Dantas, proprietário até 2005 da antiga Brasil Telecom, empresa formada com a privatização da Telebrás.
Em nota divulgada hoje (27), Verônica negou ter sido sócia da irmã de Dantas: “participar de um mesmo conselho de administração, representando terceiros, o que é comum no mundo dos negócios, não caracteriza sociedade. Não fundamos empresa juntas, nem chegamos a nos conhecer”. Sobre o livro, ela disse se tratar de um produto de uma “organizada e fartamente financiada rede de difamação” que “dedicou-se a propalar infâmias intensamente através de um livro e pela internet” para atingir seu pai.
Já Serra, por meio de sua assessoria, disse que o livro é uma “coleção de calúnias que vem de uma pessoa indiciada pela Polícia Federal”. FHC, também em nota, afirmou que a obra é uma “infâmia” e a associou o autor à produção dos dossiês dos Aloprados e de Furnas.
Ribeiro Jr. afirmou que o livro é uma “cartilha sobre lavagem de dinheiro” e trabalhou na obra de 2000 até poucos dias antes da publicação. “Na época que comecei a apurar só se falava disso na imprensa”. O autor disse que seu interesse surgiu a partir das “lacunas que ficaram da história das privatizações” e que os documentos contidos na obra são todos “legais, obtidos na Justiça e no próprio Congresso Nacional.”
O autor trabalhou, como jornalista, na "Folha de S. Paulo", "O Globo", "Jornal do Brasil", "IstoÉ", "Estado de Minas", entre outros veículos. Ribeiro Jr. já foi acusado pela Polícia Federal de ter violado o sigilo fiscal de dirigentes tucanos e de familiares de Serra. No ano passado, o jornalista teria montado uma central de espionagem no comitê de campanha da presidente Dilma Rousseff.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Alunos expulsos da USP e liminar que paraliza as investigações contra 70 juizes e servidores.
O CNJ e a USP
Por Mario Lan
O que tem em comum a expulsão dos alunos da USP que invadiram a Coordenadoria de Assistência Social, com o Conselho Nacional de Justiça – CNJ, que investiga desvios de milhões de reais por membros do Judiciário do país?
O CNJ foi criado para exercer o controle externo dos possíveis desmandos administrativos do Judiciário brasileiro – lento, ineficiente e por vezes suspeito – já que suas decisões tem hora que parecem contradizer o interesse público, entenda-se, o povo, que deveria estar resguardado com o cumprimento da lei.
A USP foi criada para produzir conhecimento e proporcionar o pensamento de seus alunos, já que é através do aprofundamento de reflexões existenciais que se pode alcançar um comportamento ético, essa uma de suas missões. O aparelhamento técnico do profissional formado na universidade, a outra missão, somente alcançará o objetivo de conhecimento suficiente para agir de modo a proporcionar o bem viver, se mesclado com uma atuação humanística desejosa de procedimentos éticos.
Os senhores que atuam no Judiciário, que detêm esse que é um dos Poderes do Estado (com letra maiúscula), são todos detentores de graduação universitária, então podemos notar que se a USP e outras estivessem cumprindo seu papel, o CNJ seria absolutamente desnecessário, já que teríamos além de excelentes profissionais, estaríamos tratando com intérpretes éticos da lei, lembremos que segundo Aristóteles ética é ação em prol da comunidade, leia-se do povo, do Estado Democrático de Direito, na sua mais atual expressão.
A reitoria uspiana ao expulsar os jovens – qualificados como rebeldes sem causa - matou em nome de um decisão burocrata, que visa preservar um administrativismo doentio, o celeiro da luta democrática, rompeu a possibilidade de discussão quanto a inviabilidade, irregularidade e incorreção de atos como aquela invasão (ou não), pois preferiu a vingança ao convencimento e a tentativa de mudança voluntária de postura dos rebelados (mas, poderia ser que quem acabasse convencido da justiça da invasão fosse a própria reitoria).
Toda vingança é antiética. A formação universitária, então, não favorece o desenvolvimento de um conhecimento somado a procedimentos éticos. Toma valores menores como se fossem maiores, materializam a alma e nela ela incute apenas valores monetários, ou seja, o seu trabalho só vale o quanto você pode ganhar em dinheiro, de tal modo tornando necessário que venha o CNJ dizer aos membros do Judiciário que não é bem assim.
Interessante artigo sobre a expulsão dos alunos da USP poderá ser lido no site da Revista Caros Amigos. Quanto ao CNJ os jornais de hoje estampam matérias sobre a concessão de liminar contra as investigações de recebimentos irregulares no valor de até 1 milhão por membros do Judiciário.
Leia mais...
http://www.cartacapital.com.br/politica/agu-aciona-supremo-contra-decisao-que-limitou-poderes-do-cnj/
http://www.agora.uol.com.br/brasil/ult10102u1024322.shtml
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Segundo lançamento do livro "A Privataria Tucana"
A primeira edição do livro A Privataria Tucana se esgotou em 24 horas, se tornando um fenômeno de vendas, embora tenha sido escondido pelo Partido da Imprensa Golpista (PIG), que gosta de dar capas e manchetes para qualquer suspeita contra o governo federal, mas se omitiu totalmente em relação a este livro-bomba, que das suas mais de 300 páginas, apresenta 112 delas com cópias de documentos que comprovam a roubalheira que foi o processo de privatização das estatais no Brasil.
O Centro de Estudos Barão de Itararé e o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, convidam para o lançamento da segunda edição do livro dia 21/12 (quarta-feira), às 19 horas, no auditório azul, com as presenças de:
Amaury Ribeiro Jr. jornalista e autor do livro;
Protógenes Queiróz, delegado da polícia federal responsável pela operação Satiagraha, deputado federal pelo PCdoB e autor do pedido de CPI da Privataria;
Paulo Henrique Amorim, jornalista da TV Record e blogueiro do Conversa Afiada
Secretaria Geral
Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região - CUT
Rua São Bento, 413 - Centro - São Paulo/SP - CEP 01011-100
Telefone 5511 3188-5200
Fax 5511 32413549
Coisas que gosto de ver,ouvir e compartilhar "Bau do Casé - Dia Branco - Geraldo Azevedo.
Sugerido Facebook pela companheira Valdirene Martins ...
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Debate sobre a "PRIVATARIA TUCANA" dia 21/12 as 19 horas...
Amaury Ribeiro Jr. |
Protógenes Queiroz |
Paulo Henrique Amorim |
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
José Serra chama livro A Privataria Tucana de "lixo".
O livro-denúncia do jornalista Amaury Ribeiro Júnior mostra irregularidades no processo de privatizações na era Fernando Henrique Cardoso. O título mal chegou às livrarias e esgotou. A procura surpreendeu a própria editora, que vendeu a primeira tiragem de 15 mil exemplares em um único dia. A segunda tiragem, de 30 mil, sai na próxima sexta (16) e já está toda reservada.
Jornal da Record News fala sobre o livro "Privataria Tucana" .
Jornal da Record News, apresentado por Heródoto Barbeiro e Andrea Beron, fala sobre o livro "A Privataria Tucana". A publicação aponta José Serra como favorecido em esquema de corrupção na época das privatizações.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
A Privataria Tucana - O vídeo da década - Por Amaury Ribeiro .
Em entrevista concedida aos blogueiros progressistas ,o jornalista Amaury Ribeiro Jr revela a ferida tucana jamais citada no jornalismo brasileiro.
Como bem disse Luís Nassif , é a reportagem investigativa da década . A entrevista, assim como o livro , revela esquemas criminosos de empresas offshore em paraísos fiscais feitas pelo tucanato ,
o enriquecimento ilícito da filha de José Serra , Verônica ,as mentiras plantadas na grande mídia para desestabilizar a campanha de Dilma Rousseff em 2010 .
Regina Duarte se manifesta sobre o livro "Privataria Tucana" - Cenas fortes
sábado, 10 de dezembro de 2011
Serra tenta comprar estoque de livro-bomba o tal "PRIVATARIA TUCANA".
Foto: ZUHAIR MOHAMAD/AGÊNCIA ESTADO
Ex-governador ligou para a loja da Livraria Cultura no Conjunto Nacional, em São Paulo, para reservar todo o estoque; o pedido foi negado, mas os 50 exemplares chegaram e foram vendidos na noite de sexta-feira
10 de Dezembro de 2011 às 21:02
247 - O ex-governador José Serra telefonou ontem à noite para a loja da Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo, pedindo para reservar todos os 50 exemplares do livro "Privataria Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Júnior, que tinham acabado de chegar. O pedido foi negado, segundo uma fonte da livraria que preferiu não se identificar. Mas os livros sumiram das prateleiras da loja mesmo assim. Foram todos comprados ontem mesmo. "O Serra ligou ontem à noite pedindo para reservar, porque ele iria comprar todos", disse a fonte. "Foi ele mesmo quem ligou, mas nós não pudemos reservar. A gente quer vender o livro e parece que ele quer vetar a venda".
A funcionária assinalou que é esperada a chegada de mais exemplares na segunda-feira, após as 14h, à loja da Avenida Paulista. Mas a disponibilidade do polêmico livro não é garantida, mesmo para quem ligar reservando, como muitos já estão fazendo, segundo ela. "Não é garantido que receberemos mais lotes, porque se ele (Serra) pedir para a editora não vender, também não receberemos mais."
Na tarde de sábado, ainda havia alguns exemplares em outras lojas da rede, informou a vendedora. Mas eles não deveriam durar até o fim do dia. "O estoque está muito dinâmico, hoje de manhã vi 50 em outra de nossas lojas, e agora só restam 12", assinalou.
Lançado ontem pela Geração Editorial, do jornalista Luiz Fernando Emediato, "Privataria Tucana" traz revelações importantes sobre a era das privatizações, expõe o tráfico de influência comandado por Serra e revela ainda como uma guerra interna no ninho tucano deu origem a toda essa história.
Ex-repórter do Estado de Minas, que tentava emplacar Aécio Neves como presidenciável, Amaury recebeu a encomenda de investigar a vida de José Serra. O resultado está nas 343 páginas do livro.
Leia algumas das revelações de "Privataria Tucana".Do blog Brasil247
PSDB de São Paulo manipula estatística e diz que a violência caiu no Estado!
O tal relatório do caso PCC (aquela organização que o PSDB paulista foi à TV dizer que não existia e que depois parou SP) revela o óbvio. Policia treinada para matar, como em grande parte do Brasil. Grupos de extermínio formados por policiais bandidos.
Uma das muitas heranças da ditadura de 64. Um aparato de segurança pública voltado para defender o patrimônio acima da vida, para reprimir qualquer manifestação de cidadania dos "de baixo", calar a boca, bater, torturar.
Nenhum governo estadual teve a coragem de lidar com este problema. Desde os tempos da ditadura continua a ser prática corrente o uso de pau de arara, choques e todo tipo de horror. Sem falar na situação prisional, ela própria, na maioria dos casos, uma forma de degradar, torturar.
Isto dito vale lembrar que São Paulo vem mostrando acontecimentos assustadores na área de segurança pública.
Alguém dúvida do poder do PCC no sistema prisional?
Alguém dúvida que a calmaria custa benesses para os líderes da facção? Alguém duvida que o governo negociou com os criminosos para acabar com os ataques?
E agora essa manipulação de estatísticas!
E o (ou os) atirador da baixada?
E a expansão da violência e tráfico para o interior do estado?
Uma das muitas heranças da ditadura de 64. Um aparato de segurança pública voltado para defender o patrimônio acima da vida, para reprimir qualquer manifestação de cidadania dos "de baixo", calar a boca, bater, torturar.
Nenhum governo estadual teve a coragem de lidar com este problema. Desde os tempos da ditadura continua a ser prática corrente o uso de pau de arara, choques e todo tipo de horror. Sem falar na situação prisional, ela própria, na maioria dos casos, uma forma de degradar, torturar.
Isto dito vale lembrar que São Paulo vem mostrando acontecimentos assustadores na área de segurança pública.
Alguém dúvida do poder do PCC no sistema prisional?
Alguém dúvida que a calmaria custa benesses para os líderes da facção? Alguém duvida que o governo negociou com os criminosos para acabar com os ataques?
E agora essa manipulação de estatísticas!
E o (ou os) atirador da baixada?
E a expansão da violência e tráfico para o interior do estado?
Enviado por meicobr
Quantos anos de governo PSDB?
Quantos anos de governo PSDB?
Para vomitar... VEJA contra ataca!
O Ministério da Saúde adverte: " PIG " Partido da Imprensa Golpista" consumir o semanário Revista Veja causa dependência e cancer cerebral, afeta, controla e manipula sua inteligência..
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Livro ‘A Privataria Tucana’ conta o maior assalto da história ao patrimônio público brasileiro.
AS MARACUTAIAS DE JOSÉ SERRA
O Chefe de Redação
Os documentos secretos e a verdade sobre o maior assalto da história ao patrimônio público brasileiro. A fantástica viagem das fortunas tucanas até o paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas. José Serra é a personagem central dessa rede de maracutaias que prosperou durante o governo neoliberal de FHC.
A ‘PRIVATARIA TUCANA’ DE AMAURY RIBEIRO Jr. CHEGA ÀS LIVRARIAS
Não, não era uma invenção ou uma desculpa esfarrapada. O jornalista Amaury Ribeiro Jr. realmente preparava um livro sobre as falcatruas das privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso.
Neste fim de semana chega às livrarias “A Privataria Tucana”, resultado de 12 anos de trabalho do premiado repórter, que durante a campanha eleitoral do ano passado foi acusado de participar de um grupo cujo objetivo era quebrar o sigilo fiscal e bancário de políticos tucanos.
Ribeiro Jr. acabou indiciado pela Polícia Federal e tornou-se involuntariamente personagem da disputa presidencial.
Na edição que chega às bancas nesta sexta-feira 9, a revista CartaCapital traz um relato exclusivo e minucioso do conteúdo do livro de 343 páginas publicado pela Geração Editorial – à venda na Livraria Saraiva, por R$ 27,90 – e uma entrevista com autor (reproduzida abaixo).
A obra apresenta documentos inéditos de lavagem de dinheiro e pagamento de propina, todos recolhidos em fontes públicas, entre elas os arquivos da CPI do Banestado.
José Serra é o personagem central dessa história. Amigos e parentes do ex-governador paulista operaram um complexo sistema de maracutaias financeiras que prosperou no auge do processo de privatização.
Ribeiro Jr. elenca uma série de personagens envolvidas com a “privataria” dos anos 1990, todos ligados a Serra, aí incluídos a filha, Verônica Serra, o genro, Alexandre Bourgeois, e um sócio e marido de uma prima, Gregório Marín Preciado.
Mas quem brilha mesmo é o ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil, o economista Ricardo Sérgio de Oliveira. Ex-tesoureiro de Serra e FHC, Oliveira, ou Mister Big, é o cérebro por trás da complexa engenharia de contas, doleiros e offshores criadas em paraísos fiscais para esconder os recursos desviados da privatização.
O livro traz, por exemplo, documentos nunca antes revelados que provam depósitos de uma empresa de Carlos Jereissati, participante do consórcio que arrematou a Tele Norte Leste, antiga Telemar, hoje OI, na conta de uma companhia de Oliveira nas Ilhas Virgens Britânicas.
Também revela que Preciado movimentou 2,5 bilhões de dólares por meio de outra conta do mesmo Oliveira. Segundo o livro, o ex-tesoureiro de Serra tirou ou internou no Brasil, em seu nome, cerca de 20 milhões de dólares em três anos.
A Decidir.com, sociedade de Verônica Serra e Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, também se valeu do esquema.
Outra revelação: a filha do ex-governador acabou indiciada pela Polícia Federal por causa da quebra de sigilo de 60 milhões de brasileiros. Por meio de um contrato da Decidir com o Banco do Brasil, cuja existência foi revelada por CartaCapital em 2010, Verônica teve acesso de forma ilegal a cadastros bancários e fiscais em poder da instituição financeira.
Na entrevista a seguir, Ribeiro Jr. explica como reuniu os documentos para produzir o livro, refaz o caminho das disputas no PSDB e no PT que o colocaram no centro da campanha eleitoral de 2010 e afirma: “Serra sempre teve medo do que seria publicado no livro”.
CartaCapital: Por que você decidiu investigar o processo de privatização no governo Fernando Henrique Cardoso?
Amaury Ribeiro Jr.: Em 2000, quando eu era repórter de O Globo, tomei gosto pelo tema. Antes, minha área da atuação era a de reportagens sobre direitos humanos e crimes da ditadura militar. Mas, no início do século, começaram a estourar os escândalos a envolver Ricardo Sérgio de Oliveira (ex-tesoureiro de campanha do PSDB e ex-diretor do Banco do Brasil). Então, comecei a investigar essa coisa de lavagem de dinheiro. Nunca mais abandonei esse tema. Minha vida profissional passou a ser sinônimo disso.
CC: Quem lhe pediu para investigar o envolvimento de José Serra nesse esquema de lavagem de dinheiro?
ARJ: Quando comecei, não tinha esse foco. Em 2007, depois de ter sido baleado em Brasília, voltei a trabalhar em Belo Horizonte, como repórter do Estado de Minas. Então, me pediram para investigar como Serra estava colocando espiões para bisbilhotar Aécio Neves, que era o governador do estado. Era uma informação que vinha de cima, do governo de Minas. Hoje, sabemos que isso era feito por uma empresa (a Fence, contratada por Serra), conforme eu explico no livro, que traz documentação mostrando que foi usado dinheiro público para isso.
CC: Ficou surpreso com o resultado da investigação?
ARJ: A apuração demonstrou aquilo que todo mundo sempre soube que Serra fazia. Na verdade, são duas coisas que o PSDB sempre fez: investigação dos adversários e esquemas de contrainformação. Isso ficou bem evidenciado em muitas ocasiões, como no caso da Lunus (que derrubou a candidatura de Roseana Sarney, então do PFL, em 2002) e o núcleo de inteligência da Anvisa (montado por Serra no Ministério da Saúde), com os personagens de sempre, Marcelo Itagiba (ex-delegado da PF e ex-deputado federal tucano) à frente. Uma coisa que não está no livro é que esse mesmo pessoal trabalhou na campanha de Fernando Henrique Cardoso, em 1994, mas sob o comando de um jornalista de Brasília, Mino Pedrosa. Era uma turma que tinha também Dadá (Idalísio dos Santos, araponga da Aeronáutica) e Onézimo Souza (ex-delegado da PF).
CC: O que você foi fazer na campanha de Dilma Rousseff, em 2010?
ARJ: Um amigo, o jornalista Luiz Lanzetta, era o responsável pela assessoria de imprensa da campanha da Dilma. Ele me chamou porque estava preocupado com o vazamento geral de informações na casa onde se discutia a estratégia de campanha do PT, no Lago Sul de Brasília. Parecia claro que o pessoal do PSDB havia colocado gente para roubar informações. Mesmo em reuniões onde só estavam duas ou três pessoas, tudo aparecia na mídia no dia seguinte. Era uma situação totalmente complicada.
CC: Você foi chamado para acabar com os vazamentos?
ARJ: Eu fui chamado para dar uma orientação sobre o que fazer, intermediar um contrato com gente capaz de resolver o problema, o que acabou não acontecendo. Eu busquei ajuda com o Dadá, que me trouxe, em seguida, o ex-delegado Onézimo Souza. Não tinha nada de grampear ou investigar a vida de outros candidatos. Esse “núcleo de inteligência” que até Prêmio Esso deu nunca existiu, é uma mentira deliberada. Houve uma única reunião para se discutir o assunto, no restaurante Fritz (na Asa Sul de Brasília), mas logo depois eu percebi que tinha caído numa armadilha.
CC: Mas o que, exatamente, vocês pensavam em fazer com relação aos vazamentos?
ARJ: Havia dentro do grupo de Serra um agente da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) que tinha se desentendido com Marcelo Itagiba. O nome dele é Luiz Fernando Barcellos, conhecido na comunidade de informações como “agente Jardim”. A gente pensou em usá-lo como infiltrado, dentro do esquema de Serra, para chegar a quem, na campanha de Dilma, estava vazando informações. Mas essa ideia nunca foi posta em prática.
CC: Você é o responsável pela quebra de sigilo de tucanos e da filha de Serra, Verônica, na agência da Receita Federal de Mauá?
ARJ: Aquilo foi uma armação, pagaram para um despachante para me incriminar. Não conheço ninguém em Mauá, nunca estive lá. Aquilo faz parte do conhecido esquema de contrainformação, uma especialidade do PSDB.
CC: E por que o PSDB teria interesse em incriminá-lo?
ARJ: Ficou bem claro durante as eleições passadas que Serra tinha medo de esse meu livro vir à tona. Quando se descobriu o que eu tinha em mãos, uma fonte do PSDB veio me contar que Serra ficou atormentado, começou a tratar mal todo mundo, até jornalistas que o apoiavam. Entrou em pânico. Aí partiram para cima de mim, primeiro com a história de Eduardo Jorge Caldeira (vice-presidente do PSDB), depois, da filha do Serra, o que é uma piada, porque ela já estava incriminada, justamente por crime de quebra de sigilo. Eu acho, inclusive, que Eduardo Jorge estimulou essa coisa porque, no fundo, queria apavorar Serra. Ele nunca perdoou Serra por ter sido colocado de lado na campanha de 2010.
CC: Mas o fato é que José Serra conseguiu que sua matéria não fosse publicada no Estado de Minas.
ARJ: É verdade, a matéria não saiu. Ele ligou para o próprio Aécio para intervir no Estado de Minas e, de quebra, conseguiu um convite para ir à festa de 80 anos do jornal. Nenhuma novidade, porque todo mundo sabe que Serra tem mania de interferir em redações, que é um cara vingativo.
Fonte: CartaCapital
Fonte: CartaCapital
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Vídeo completo- Que pena...voce foi manipulado! Eleição Presidencial de 1989...
Descaso e manipulação, e voce acha que esses executivos estavam preocupados com o país, com as famílias brasileiras ou só seus interesses eram importantes, portanto, é preciso muito cuidado e para voce que acredita em tudo o que vê e em tudo que lê, que forma sua opinião por essa imprensa (PIG) que não esta preocupada em te informar e sim te manipular, reflita muito bem pois estamos a porta de novas eleições municipais e tudo continuara como antes e como uma lavagem cerebral dirão "Plim,Plim a gente te manipula por aquí"...
Casé
domingo, 4 de dezembro de 2011
NOTA DE PESAR DO EX-PRESIDENTE LULA PELA MORTE DE SÓCRATES.
São Paulo, 4 de dezembro de 2011
“O Doutor Sócrates foi um craque no campo e um grande amigo. Foi um exemplo de cidadania, inteligência e consciência política, além de seu imenso talento como profissional do futebol.
A contribuição generosa de Sócrates para o Corinthians, para o futebol e para a sociedade brasileira jamais será esquecida. Neste momento de tristeza, prestamos solidariedade a esposa, familiares e amigos do Doutor.
Luiz Inácio Lula da Silva, Marisa Letícia e familiares”
Sócrates, ao lado do presidente Lula, durante partida entre políticos e ex-jogadores na Granja do Torto, em Brasília, em 2005. Foto: U. Dettmar/ABr
Do blog da MariaFro
sábado, 3 de dezembro de 2011
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Itaú lucrou R$ 13 bilhões líquidos em 2010 e mais R$ 3,35 bilhões só no primeiro trimestre deste ano.Mesmo assim demite mais de 7 mil funcionários.
Itaú demite 7 mil, furta R$ 245 milhões de clientes e diz que é 'Feito para Você'
Reproduzo texto publicado pelo companheiro Antonio Mello, em seu blog.
Itáu/Unibanco teve lucro de quase R$ 17 bilhões. Você sabe as custas de quem?
Apoderar-se de (coisa alheia móvel); subtrair fraudulentamente (coisa alheia); roubar.
É disso que o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ) acusa o Itaú, e também o Santander e o HSBC.
E ainda dizem que o Itaú é feito para você. É ruim, heim
Do blog Pragmatismo Político:
Reproduzo texto publicado pelo companheiro Antonio Mello, em seu blog.
Itáu/Unibanco teve lucro de quase R$ 17 bilhões. Você sabe as custas de quem?
Antes que o poderoso banco envie seus advogados para me processar, esclareço que uso o verbo furtar no sentido que lhe dá o dicionário Aurélio:
Apoderar-se de (coisa alheia móvel); subtrair fraudulentamente (coisa alheia); roubar.
É disso que o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ) acusa o Itaú, e também o Santander e o HSBC.
De acordo com o MPF,(...) o Itaú-Unibanco é alvo de três ações por tarifas cobradas dos clientes do Unibanco: R$ 100,8 milhões em comissão sobre operações ativas, R$ 80,4 milhões por comissão de manutenção de crédito e R$ 64 milhões por multa por devolução de cheques.
As ações civis públicas, movidas pelo procurador da República Claudio Gheventer, pedem a restituição do dobro dos valores cobrados indevidamente com juros e correção.
Além dos ressarcimentos, o ministério quer o pagamento de indenizações por danos morais coletivos entre R$ 5 milhões a R$ 30 milhões. Os recursos serão destinados ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, para projetos de recomposição de danos ao consumidor e ao meio ambiente, entre outros.
Antes de entrar na Justiça, o MPF enviou recomendações para que os bancos fizessem o ressarcimento aos clientes. "Em razão do não acatamento das recomendações encaminhadas pelo MPF, foram propostas ações civis públicas, a fim de que a Justiça determine o ressarcimento das tarifas cobradas indevidamente", disse o procurador. [Fonte]
Segundo o Sindicato dos Bancários, o Itaú lucrou R$ 13 bilhões líquidos em 2010 e mais R$ 3,35 bilhões só no primeiro trimestre deste ano.Mesmo com esse lucro absurdo, monstruoso, aviltante, escorchante, indecente etc. o Itaú teria demitido mais de 7 mil funcionários.
E ainda dizem que o Itaú é feito para você. É ruim, heim
Do blog Pragmatismo Político:
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Eleições Municipais 2012...Tucanos mudam de estratégia e querem "AGORA" se aproximar do Povo...da Dona Maria...do Seu Zézinho e do Movimento Sindical..Entenderam "ou não ?".
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Curso do PSDB tira lições do PT e ensina candidatos a se aproximar do povo
"Nós ficamos muito elitizados. Perdemos a dona
Maria. Temos dificuldade para chegar no povo". O comentário do presidente
estadual do PSDB de São Paulo, deputado Pedro Tobias, é ouvido com atenção pelos
participantes de um curso de formação política do PSDB, na capital paulista. Na
plateia, candidatos às eleições de 2012, dirigentes partidários e militantes
balançam a cabeça em sinal de concordância. "Somos órfãos do meio sindical. Lá,
somos vistos como inimigos. Precisamos nos aproximar", diz Tobias. E como
diminuir a distância em relação ao eleitorado? O dirigente sugere: "Tem que
falar do mutirão de catarata, de próstata. Isso interessa a ela [dona
Maria]".
Reunidos na noite de segunda-feira no diretório
paulista, um grupo de 30 tucanos debate os rumos do PSDB e as eleições de 2012.
O líder da bancada na Câmara, deputado Duarte Nogueira, fala sobre "a maior
dificuldade" dos tucanos: a comunicação. "Nós somos péssimos", comenta. Nogueira
cita uma pesquisa recente do partido sobre a percepção do eleitorado. Dos
entrevistados, 40% ligaram o PSDB à Lei de Responsabilidade Fiscal, bandeira do
partido. "Mas outros 40% acham que foi o PT que fez a lei", diz. "Não é tarefa
fácil, mas temos de fazer uma ação de convencimento. Vamos arregaçar as mangas e
agir como animadores".
Aos tucanos, Nogueira lembra do ex-presidente
Lula como um "grande animador". "Ele é dez vezes melhor que o Silvio Santos,
fala o que as pessoas querem ouvir. Lula tem um patrimônio que é enorme. Não
adianta bater em ferro frio. É preciso ter humildade", afirma. O deputado diz
que poucas pessoas sabem o que é a social-democracia e cita dados da pesquisa:
70% dos entrevistados sabem que PT é Partido dos Trabalhadores, mas só 20% sabem
o que significa PSDB. "Mas se falar o que é social-democracia, 50% se
identificam. Temos que fazer um ajuste fino na comunicação".
Nogueira, que é cotado para disputar a
Prefeitura de Ribeirão Preto (SP), dá uma dica. "Quando fizer eventos, não
esqueçam de chamar a liderança local, a enfermeira, o cobrador de ônibus, o
líder comunitário. Às vezes eles têm a ensinar muito mais do que a gente acha.
Tem que ter humildade, falar a língua do povo e fazer com que o PSDB não atraia
só os intelectualizados", diz. Pedro Tobias interrompe: "Tem que atrair a dona
Maria!"
Na sequência de Nogueira, o presidente da seção
paulista do Instituto Teotônio Vilela, deputado Mendes Thame, explica o motivo
da reunião daquela noite: divulgar o curso de formação política do PSDB que vai
preparar os tucanos para 2012. A formação será obrigatória a todos que
disputarem as eleições, inclusive para cargos de direção na sigla. Entre os
temas estão a ética na política, a proposta social-democrata e o que é a forma
tucana de governar.
Thame logo compara o curso dos tucanos às
palestras de formação política dos petistas. "O PT, no começo, tinha um bom
curso de formação. Eles ficavam uma semana no [instituto] Cajamar e depois
azucrinavam a cabeça da gente com coisas corretas, como o Orçamento
Participativo", comenta. Thame diz que o PSDB não tem condição de fazer uma
espécie de "faculdade" para os militantes, mas defende a formação
política.
Na plateia, homens na faixa dos 50 anos enchem
a sala do diretório tucano. Apenas uma mulher acompanha a reunião, mas vai
embora antes do fim do encontro.
Um dos responsáveis pelo curso de formação dos
tucanos, o prefeito de Campo Limpo Paulista, Armando Hashimoto, retomou a
discussão sobre a dificuldade de comunicação do partido. "Existe uma dissintonia
entre o que a gente pensa e qual é a necessidade [do povo]", diz. "O PSDB, o DEM
e o PSD têm o mesmo vício de origem porque são partidos que não vieram da
militância. Vieram do cacique para a militância. Militância de verdade não tem.
Vai em Ribeirão Preto e pergunta quem é militante do [governador Geraldo]
Alckmin? Você não acha. Tem militante da liderança local, mas é completamente
diferente do PT". O prefeito explica: "Eles [os petistas] têm cara de pau de
defender o mensalão. Nós tivemos a obscenidade de esconder FHC [Fernando
Henrique Cardoso] na campanha eleitoral, de não defender a privatização".
Na palestra, Hashimoto é o responsável por
analisar a relação dos candidatos do PSDB com os meios eletrônicos. Ao
discursar, o tucano reclama do embate gerado dentro do PSDB sobre a propaganda
do partido na televisão. "Todo mundo que quer aparecer não é candidato agora, em
2012, mas sim em 2014. Quem vai ser candidato não aparece. É diferente dos
partidos pequenos, que usam o programa de televisão para apresentar os
candidatos municipais", diz, sem citar nomes. Em setembro, o senador Aloysio
Nunes Ferreira reclamou que a sigla teria excluído ele e o ex-governador José
Serra do programa.
Aos militantes, o prefeito compara o discurso
do partido com o do PT. "Temos boa vontade, boas ideias, mas não temos o poder
de adesão que tem o PT. Não temos a facilidade de ler as pessoas".
O grupo assiste a um vídeo de Fernando Henrique
Cardoso. O ex-presidente reforça que o partido tem de estar "muito junto do
eleitorado". Aos tucanos, FHC recomenda: "Fale diretamente o que pensa. Não
precisa de muito slogan. Fale com espontaneidade."
Durante o encontro, tucanos demonstraram
preocupação com outro tema, além da comunicação: a divisão do partido entre os
grupos do governador paulista Geraldo Alckmin e do ex-governador José Serra. Em
um rápido debate, um militante relatou que estava aflito com a "dicotomia no
PSDB". "O Serra é mais próximo do Kassab do que é do Alckmin? O PSDB é do
Alckmin ou do Serra? A gente sente essa divisão, nos perguntam o que está
acontecendo, mas a gente não sabe responder. Precisamos de uma posição firme do
partido", diz. "Nem os deputados sabem o que está acontecendo", comenta outro
militante.
O líder da bancada, ao discursar, prega a união
partidária e diz que não se pode "ciscar para fora". "Temos nossas diferenças
internas como qualquer partido, mas é na somatória do pensamento de todos que
converge a nossa força. Não adianta ciscar para fora. A galinha quando quer
alimentar o pintinho cisca para dentro. Temos que superar as diferenças", diz
Nogueira.Por Cristiane Agostine do Valor
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Vídeo resposta aos atores Globais. Pense Bem...
Dica do vídeo: Caribé
Você realmente acredita que ONGS estão preocupadas com índios e natureza brasileira ? Ah tá, então porque não se preocupam com o cerrado, um bioma ríquissimo que está aos poucos acabando ? Por que não se preocupam com a limpeza do Tiete ? Por que essas ONGS não se levantaram contra o derrame de petróleo da Chevron ? E por que essas ONGS estadunidenses não vão cuidar de seus índios ?
Você realmente acredita que ONGS estão preocupadas com índios e natureza brasileira ? Ah tá, então porque não se preocupam com o cerrado, um bioma ríquissimo que está aos poucos acabando ? Por que não se preocupam com a limpeza do Tiete ? Por que essas ONGS não se levantaram contra o derrame de petróleo da Chevron ? E por que essas ONGS estadunidenses não vão cuidar de seus índios ?
Dica dos vídeos: Casé
100.000 ONGS estrangeiras estão na Amazônia a mando de seus governos, minando a soberania brasileira. Fora com ONGS estrangeiras em solo brasileiro, voltem a seus países, vão cuidar de seus povos nativos !
100.000 ONGS estrangeiras estão na Amazônia a mando de seus governos, minando a soberania brasileira. Fora com ONGS estrangeiras em solo brasileiro, voltem a seus países, vão cuidar de seus povos nativos !
Fonte : Rede Liberdade
domingo, 20 de novembro de 2011
Quem fará a "faxina" no Metrô de SP?
Por Renato Rovai, em seu blog:
A Justiça determinou o afastamento do cargo do presidente do Metrô, o senhor
Sérgio Avelleda. Ele não foi afastado porque está com problemas de saúde ou por
contusão (como costuma acontecer no futebol e no trabalho), mas porque a justiça
determinou a anulação da licitação da linha 5 por suspeita de formação de
quadrilha e Avelleda deu de ombros.
Ou seja, Avelleda não respeitou a
Justiça num caso que envolve R$ 4 bilhões. Avelleda, não, Alckimin.
Ou
alguém acha que o presidente do metrô faz o que quer. Alguém aqui é
suficientemente ingênuo para achar que ele desrespeita a Justiça sem uma ordem
direta do governador?
É por isso que o povo não leva os tucanos a sério.
Enquanto no governo federal eles exigem que Dilma faça o que a mídia chama de
faxina, onde governam, nem com decisão judicial combatem a corrupção.
Os
contratos que envolvem R$ 4 bilhões tiveram seus vencedores anunciados seis
meses antes da abertura dos envelopes da licitação.
Além desse indício
absurdo de constituição de quadrilha para rapinar recursos do estado, os
promotores que investigaram o caso questionam uma regra que impedia que uma
empresa ganhasse mais de um lote das obras (eram 8). Com isso, diz a promotoria,
houve prejuízo de R$ 327 milhões para o estado.
Ou seja, a Inteligência
tucana criou uma regra que leva o estado a descartar preços mais baixos. Como
diz o PHA, são uns jênios.
A juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da
9ª Vara da Fazenda Pública, diz que o afastamento de Avelleda é necessário “em
face de suas omissões dolosas”.
Este blogueiro consultou o pai-dos-burros
e descobriu que “omissões dolosas” pode ser traduzido para o português de rua
por “cumplicidade com o crime”.
Evidente que esse esquema de 4 bilhões
não é mais importante do que o caso da compra de uma tapioca de 8 reais com
cartão corporativo. Por isso você não vai ver esse caso sendo explorado no
Jornal Nacional. E nem vai ver o homem do biquinho indecente falando que isso é
uma vergonha
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Vai meu irmão, pega esse avião, voce tem razão de correr assim, vai em paz, Evoé meu artista e obrigado por tudo que fez por mim e por todos nós...
Raberuan era assim... FESTA E ALEGRIA...
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Marcio Pochmann: Como pode o mesmo trabalho receber a metade devido à terceirização?
por Marcio Pochmann, do Valor Econômico
Na virada do século XX, a avalanche neoliberal atingiu praticamente todos os países, cada um a seu modo. No âmbito do trabalho, por exemplo, o neoliberalismo atacou o desemprego gerado pela ausência do dinamismo econômico por meio da desregulamentação do mercado de trabalho.
Naquela época, difundiu-se equivocadamente que a solução única para o desemprego seria a ocupação da mão de obra com salário menor e direito social e trabalhista a menos. Ou seja, uma alternativa inventada que procurava substituir o desemprego pela precarização do trabalho.
No Brasil, a onda neoliberal a partir do final da década de 1980 não se traduziu em reforma ampla e profunda do marco regulatório do mercado de trabalho, ainda que não faltassem propostas nesse sentido. Mesmo assim, o fenômeno da terceirização da mão de obra terminou tendo efeito inegável, com remuneração reduzida à metade dos que exercem a mesma função sem ser terceirizados e rotatividade no posto de trabalho superior a mais de duas vezes.
Em síntese, a terceirização do trabalho ganhou importância a partir dos anos 1990, coincidindo com o movimento de abertura comercial e de desregulação dos contratos de trabalho. Ao mesmo tempo, a estabilidade monetária alcançada a partir de 1994 vigorou associada à prevalência de ambiente competitivo desfavorável ao funcionamento do mercado interno. Ou seja, baixo dinamismo econômico, com contida geração de empregos em meio à taxa de câmbio valorizada e altas taxas de juros. Frente ao desemprego crescente e de ofertas de postos de trabalho precários, as possibilidades de atuação sindical exitosas foram diminutas.
Atualmente, o trabalho terceirizado perdeu importância relativa em relação ao total do emprego formal gerado no Brasil, embora seja crescente a expansão absoluta dos empregos formais. Por serem postos de trabalho de menor remuneração e maior descontinuidade contratual, os empregos terceirizados atendem fundamentalmente à mão de obra de salário de base. Dessa forma, as ocupações criadas em torno do processo de terceirização do trabalho tendem a se concentrar na base da pirâmide social brasileira. O uso da terceirização da mão de obra tem se expandido fundamentalmente pelo setor de serviços, embora esteja presente em todos os ramos do setor produtivo.
Na passagem para o século XXI, o país perseguiu duas dinâmicas distintas na terceirização do trabalho. A primeira observada durante a década de 1990, quando a combinação da recessão econômica com abertura comercial resultou no corte generalizado do emprego. Na sequência da estabilização monetária estabelecida pelo Plano Real, que trouxe impacto significativo na redefinição da estrutura de preços e competição no interior do setor produtivo, o Enunciado 331 do Tribunal Superior do Trabalho estabeleceu os setores cabíveis à terceirização da mão de obra, concedendo segurança jurídica às empresas.
Nesse contexto, a taxa de terceirização registrou patamar inédito, passando de cerca de 10% do saldo líquido dos empregos gerados no estado de São Paulo no início da década de 1990 para mais de 90% no começo da década de 2000. Com salário equivalente à metade do recebido pelo trabalhador normal, os terceirizados avançaram sobre os poucos empregos formais gerados, sem que ocorresse redução da taxa total de desemprego – a qual saiu de 8,7%, em 1989, para 19,3%, em 1999, na Região Metropolitana de São Paulo.
Não obstante o apelo à redução do custo do emprego da força de trabalho estimulado pela terceirização, inclusive com o aparecimento de empresas sem empregados, em meio às condições da estabilidade monetária com altas taxas de juros reais e valorização do real, o sindicalismo reagiu evitando o mal maior. Mesmo diante de competição interempresarial mais acirrada, houve elevação da taxa de sindicalização, com avanço das negociações coletivas de trabalho e inclusão na legislação social e trabalhista.
A segunda dinâmica na trajetória da contratação de empregos formais ganhou importância a partir da década de 2000. Entre os anos de 2000 e 2010, a taxa de terceirização passou de 97,6% para 13,6% do saldo líquido de empregos formais gerados no estado de São Paulo. Nesse mesmo período, a taxa de desemprego caiu 28,5%, passando de 19,3%, em 1999, para 13,8%, em 2009, na Região Metropolitana de São Paulo. Apesar disso, o salário recebido pelo terceirizado continuou equivalendo apenas à metade daquele do trabalhador não terceirizado.
Os sindicatos tiveram conquistas importantes, com maior organização na construção dos acordos coletivos de trabalho. A Justiça do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho e o Ministério do Emprego e Trabalho assumiram papel fundamental. Mas sem regulação decente da terceirização, parcela das ocupações permanece submetida à precarização no Brasil. Como pode o mesmo trabalho exercido receber somente a metade, por conta de diferente regime de contratação? Caso mais grave parece ocorrer no interior do setor público, que licita a contratação da terceirização da mão de obra pagando até 10 vezes mais o custo de um servidor concursado para o exercício da mesma função.
O país precisa virar a página da regressão socioeconômica imposta pelo neoliberalismo no final do século XX. A redução no grau de desigualdade na contratação de trabalhadores terceirizados pode ocorrer. Com a regulação decente a ser urgentemente estabelecida poderia haver melhor cenário para evitar a manutenção das enormes distâncias nas condições de trabalho que separam os empregados terceirizados dos não terceirizados.
Do Viomundo
terça-feira, 15 de novembro de 2011
domingo, 13 de novembro de 2011
Dia 15/11 vamos levar faixas para manifestação dos "Contra a Corrupção" com os seguintes dizeres " OPHIR CAVALCANTE. DEVOLVA 1,5 MILHÃO AOS COFRES PÚBLICOS POR RECEBER LICENÇA REMUNERADA SEM TRABALHAR DE 1998 a 2010 "
Ophir Cavalcante é organizador da Marcha contra a corrupção:
"É procurador do Estado do Pará e recebe salário mensal de 20 mil Reais por licença remunerada indevida e ainda Advoga para clientes privados e Empresas Estatais".
Por Luiz Casé
A OAB fára marcha contr Ophir?
Por Altamiro Borges.
"É procurador do Estado do Pará e recebe salário mensal de 20 mil Reais por licença remunerada indevida e ainda Advoga para clientes privados e Empresas Estatais".
Por Luiz Casé
A OAB fára marcha contr Ophir?
Por Altamiro Borges.
Ophir Cavalcante, presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),
ganhou os holofotes da mídia nos últimos meses com a sua “pregação pela ética na
política”. Revistonas, jornalões e TVs o entrevistam quase que diariamente. Ele
passou a ser um dos líderes da operação derruba-ministro da mídia demotucana,
que visa enquadrar e sangrar a presidenta Dilma Rousseff.
Apesar das resistências internas, Ophir envolveu a própria OAB – que teve papel de destaque na luta pela democratização do país – na convocação das chamadas “marchas contra a corrupção”. Nos atos já ocorridos, ele virou a estrela, junto com alguns chefões demotucanos. Mas o mundo dá voltas e prega surpresas. Agora é o seu nome que aparece numa grave denúncia, publicada sem maior escarcéu na Folha:
*****
Presidente da OAB é acusado de receber R$ 1,5 mi em salário ilegal
Elvira Lobato
O presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Filgueiras Cavalcante Júnior, é acusado de receber licença remunerada indevida de R$ 20 mil mensais do Estado do Pará.
A ação civil pública foi proposta na semana passada por dois advogados paraenses em meio a uma crise entre a OAB nacional e a seccional do Pará, que está sob intervenção. Um dos autores da ação, Eduardo Imbiriba de Castro, é conselheiro da seccional.
Segundo os acusadores, Ophir Cavalcante, que é paraense, está em licença remunerada do Estado há 13 anos – o que não seria permitido pela legislação estadual –, mas advoga para clientes privados e empresas estatais. Eles querem que Cavalcante devolva ao Estado os benefícios acumulados, que somariam cerca de R$ 1,5 milhão.
Cavalcante é procurador do Estado do Pará. De acordo com os autores da ação, ele tirou a primeira licença remunerada em fevereiro de 1998 para ser vice-presidente da OAB-PA. Em 2001, elegeu-se presidente da seccional, e a Procuradoria prorrogou o benefício por mais três anos. Reeleito em 2004, a licença remunerada foi renovada.
O fato se repetiu em 2007, quando Cavalcante se elegeu diretor do Conselho Federal da OAB, e outra vez em 2010, quando se tornou presidente nacional da entidade. Segundo os autores da ação, a lei autoriza o benefício para mandatos em sindicatos, associações de classe, federações e confederações. Alegam que a OAB não é órgão de representação classista dos procuradores. Além disso, a lei só permitiria uma prorrogação do benefício.
*****
Um baque no plano golpista
A denúncia de que Ophir Cavalcante, um dos líderes das “marchas contra a corrupção”, recebe R$ 20 mil mensais sem trabalhar – e que já garfou R$ 1,5 milhão dos cofres públicos – deve atrapalhar os planos de alguns golpistas. Como ficam os demotucanos e os “calunistas” da mídia, como Eliane Cantanhêde, que apostaram todas as suas fichas neste “movimento dos indignados”?
Será que eles agora eles vão convocar uma “marcha” para apurar as denúncias contra o presidente da OAB? Será que a entidade, hoje sob domínio dos poderosos escritórios de advocacia, vai exigir a renúncia de Ophir Cavalcante? Será que a Veja, a TV Globo e os jornalões darão capa para a explosiva denúncia? Cantanhêde, fale alguma coisa!Altamiro Borges- OAB fará uma marcha contra Ophir-
Apesar das resistências internas, Ophir envolveu a própria OAB – que teve papel de destaque na luta pela democratização do país – na convocação das chamadas “marchas contra a corrupção”. Nos atos já ocorridos, ele virou a estrela, junto com alguns chefões demotucanos. Mas o mundo dá voltas e prega surpresas. Agora é o seu nome que aparece numa grave denúncia, publicada sem maior escarcéu na Folha:
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Presidente da OAB é acusado de receber R$ 1,5 mi em salário ilegal
Elvira Lobato
O presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Filgueiras Cavalcante Júnior, é acusado de receber licença remunerada indevida de R$ 20 mil mensais do Estado do Pará.
A ação civil pública foi proposta na semana passada por dois advogados paraenses em meio a uma crise entre a OAB nacional e a seccional do Pará, que está sob intervenção. Um dos autores da ação, Eduardo Imbiriba de Castro, é conselheiro da seccional.
Segundo os acusadores, Ophir Cavalcante, que é paraense, está em licença remunerada do Estado há 13 anos – o que não seria permitido pela legislação estadual –, mas advoga para clientes privados e empresas estatais. Eles querem que Cavalcante devolva ao Estado os benefícios acumulados, que somariam cerca de R$ 1,5 milhão.
Cavalcante é procurador do Estado do Pará. De acordo com os autores da ação, ele tirou a primeira licença remunerada em fevereiro de 1998 para ser vice-presidente da OAB-PA. Em 2001, elegeu-se presidente da seccional, e a Procuradoria prorrogou o benefício por mais três anos. Reeleito em 2004, a licença remunerada foi renovada.
O fato se repetiu em 2007, quando Cavalcante se elegeu diretor do Conselho Federal da OAB, e outra vez em 2010, quando se tornou presidente nacional da entidade. Segundo os autores da ação, a lei autoriza o benefício para mandatos em sindicatos, associações de classe, federações e confederações. Alegam que a OAB não é órgão de representação classista dos procuradores. Além disso, a lei só permitiria uma prorrogação do benefício.
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Um baque no plano golpista
A denúncia de que Ophir Cavalcante, um dos líderes das “marchas contra a corrupção”, recebe R$ 20 mil mensais sem trabalhar – e que já garfou R$ 1,5 milhão dos cofres públicos – deve atrapalhar os planos de alguns golpistas. Como ficam os demotucanos e os “calunistas” da mídia, como Eliane Cantanhêde, que apostaram todas as suas fichas neste “movimento dos indignados”?
Será que eles agora eles vão convocar uma “marcha” para apurar as denúncias contra o presidente da OAB? Será que a entidade, hoje sob domínio dos poderosos escritórios de advocacia, vai exigir a renúncia de Ophir Cavalcante? Será que a Veja, a TV Globo e os jornalões darão capa para a explosiva denúncia? Cantanhêde, fale alguma coisa!Altamiro Borges- OAB fará uma marcha contra Ophir-
sábado, 12 de novembro de 2011
Afasta de mim esse CÁLICE, na visão perene "que dura, que não tem fim" de duas gerações.
11 de Novembro de 2011 - 20h35
“Cálice” volta à cena: o rap de Criolo e Chico Buarque.
Criolo Doido surgiu na cena paulista em 1989, de família vinda do Ceará. Hoje é rapper famoso, do tipo que fecha casa de show no Rio de Janeiro, templo de funkeiros. Sem entrar em detalhes sobre a sua escalada musical, importante dizer que ele detectou e letrou o que todo mundo já sabe: “Não existe amor em SP”.
Por Christiane Marcondes*
Mesmo assim, com seu jeito “manero” o compositor foi conquistando seguidores e se consagrou para além dos fãs do rap quando fez, de improviso e nitidamente muito emocionado, uma versão para a música “Cálice”, de Chico Buarque e Gilberto Gil.
O vídeo foi para o Youtube e chegou até o velho Chico, que não tem nada de velho, anda acelerando com os motores ligados a mil e explorando a internet com mais avidez do que os primeiros astronautas que desembarcaram na lua.
Com este pique, o Chico retomou uma turnê musical pelo país, após cinco anos fora dos palcos, e deslumbrou seu fiel “eleitorado” quando abriu o primeiro show da série, em Belo Horizonte, cantando o rap que o Criolo Doido fez para “Cálice”.
Sabe-se que Chico tirou do repertório ao vivo essa música e “Apesar de você” há muito tempo, por serem muito ligadas ao período da ditadura. Mas não causa espanto ele finalmente retomar o cálice, desta vez servido pelo Criolo Doido, que teve a sacada de que a música está atualizadíssima com os novos tempos, de PM em universidade, de imprensa manipuladora ou censurada, de indignados e indignos. Viva Chico, salve Criolo, o que parecia quase impossível virou uma parceria de trazer lágrimas aos olhos. Confiram o diálogo musical da dupla.
O Cálice do Criolo
Criolo Doido teve influências de MPB, samba e jovem guarda na composição de seu primeiro álbum lançado em 2006 e com tiragem esgotada em três semanas. Em 2009, comemorou vinte anos de carreira com o lançamento de um DVD gravado ao vivo na ''Rinha dos Mc's'' e o lançamento de seu segundo álbum com influências da sonoridade turca, francesa e jamaicana. Foi indicado em 2007 a ''Artista do Ano '' e a ''Revelação do ano'' pelo "HUTUZ'' maior premiação de hip hop no Brasil. Em 2008, recebeu o prêmio de ''Música do ano'' e de ''Personalidade do Ano'' na quarta ediçao da premiação ''O Rap é Compromisso" em São Paulo. Fundador da Rinha dos Mc's, evento que abriga em suas atividades semanais shows, batalhas de Freestyle, exposições de graffiti e fotografia.
O Cálice do Chico para o Criolo
Chico interpretou um trecho da letra de Crioulo com linguajar da periferia de São Paulo, incluindo final que diz, "Afasta de mim a biqueira, pai/ Afasta de mim as biate, pai/ Afasta de mim a coqueine, pai/ Pois na quebrada escorre sangue".
*Redação Vermelho
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Aécio e suas frases de puro marketing .
Publicado em 08-Nov-2011
O tucanato acha que o povo é bobo e não sabe fazer distinção...
No fato mais importante do dia para o tucanato, o seminário "Nova Agenda" promovido nesta 2ª feira (ontem) pelo partido no Rio, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), em plena campanha para viabilizar-se como o presidenciável do PSDB em 2006, não teve nada mais consistente a apresentar a não ser frases de efeito. Puro marketing.
Ele pensa que pode enganar o povo com sua retórica e suas mágicas. Sua frase mais bombástica no seminário, de que o governo só pune o malfeito quando vira escândalo, está mais para as práticas da inquisição. Na verdade, o ex-governador de Minas e ex-líder do governo Fernando Henrique Cardoso está com amnésia repentina, já que no período tucano (1995-2002) nada era investigado.
Tínhamos até o "engavetador geral da União" no Ministério Público, lembram-se? O Tribunal de Contas da União (TCU) era, então, um silêncio só. A Controladoria Geral da União (CGU) era nada. Quer dizer, os órgãos de fiscalização, de controle do Estado, da União, não controlavam coisa nenhuma.Tanto era assim que a lista de escândalos da era tucana não tem fim.
O tucanato acha que o povo é bobo
A afirmação do senador Aécio, de que o presidente Lula não fez as reformas e que a bonança mundial fez bem ao país, mas mal ao governo, simplesmente oculta um fato óbvio: que, ao contrário da era FHC (quando o país quebrou duas vezes e foi de pires na mão ao FMI), na era Lula saímos da crise e até ajudamos o FMI a auxiliar outros países.
Como se vê, ainda agora, e de novo, com a crise europeia. O tucanato acha que o povo é bobo e não sabe a diferença entre o PT e o PSDB, entre Lula e FHC, entre eles e o povo.
Francamente, o PSDB promover um seminário, dar-lhe o nome pomposo e ambicioso de "Nova Agenda" e ficar discutindo futilidades, o vazio, sem se concentrar em programas, projetos, metas e rumos para o país - como o nome do encontro dava a entender - parece brincadeira, piada de mau gosto.
Concentraram parte do debate, por exemplo, na proposta se o partido adota ou não o lema de campanha eleitoral "Yes, we care" (sim, nós nos importamos), semelhante àquele com que se elegeu o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em 2008 - "Yes, we can".
E a imprensa diz que a proposta partiu do ex-presidente FHC que a justificou dizendo que, se adotada como lema tucano, a frase mostra que o PSDB "se preocupa com as pessoas". Preocupa-se!!! Até aí, tem uma contradição, porque uma das propostas dos economistas tucanos no seminário foi o fim do crédito subsidiado que alavanca os investimentos, o crescimento econômico, o aumento do emprego e da renda...
Ele pensa que pode enganar o povo com sua retórica e suas mágicas. Sua frase mais bombástica no seminário, de que o governo só pune o malfeito quando vira escândalo, está mais para as práticas da inquisição. Na verdade, o ex-governador de Minas e ex-líder do governo Fernando Henrique Cardoso está com amnésia repentina, já que no período tucano (1995-2002) nada era investigado.
Tínhamos até o "engavetador geral da União" no Ministério Público, lembram-se? O Tribunal de Contas da União (TCU) era, então, um silêncio só. A Controladoria Geral da União (CGU) era nada. Quer dizer, os órgãos de fiscalização, de controle do Estado, da União, não controlavam coisa nenhuma.Tanto era assim que a lista de escândalos da era tucana não tem fim.
O tucanato acha que o povo é bobo
A afirmação do senador Aécio, de que o presidente Lula não fez as reformas e que a bonança mundial fez bem ao país, mas mal ao governo, simplesmente oculta um fato óbvio: que, ao contrário da era FHC (quando o país quebrou duas vezes e foi de pires na mão ao FMI), na era Lula saímos da crise e até ajudamos o FMI a auxiliar outros países.
Como se vê, ainda agora, e de novo, com a crise europeia. O tucanato acha que o povo é bobo e não sabe a diferença entre o PT e o PSDB, entre Lula e FHC, entre eles e o povo.
Francamente, o PSDB promover um seminário, dar-lhe o nome pomposo e ambicioso de "Nova Agenda" e ficar discutindo futilidades, o vazio, sem se concentrar em programas, projetos, metas e rumos para o país - como o nome do encontro dava a entender - parece brincadeira, piada de mau gosto.
Concentraram parte do debate, por exemplo, na proposta se o partido adota ou não o lema de campanha eleitoral "Yes, we care" (sim, nós nos importamos), semelhante àquele com que se elegeu o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em 2008 - "Yes, we can".
E a imprensa diz que a proposta partiu do ex-presidente FHC que a justificou dizendo que, se adotada como lema tucano, a frase mostra que o PSDB "se preocupa com as pessoas". Preocupa-se!!! Até aí, tem uma contradição, porque uma das propostas dos economistas tucanos no seminário foi o fim do crédito subsidiado que alavanca os investimentos, o crescimento econômico, o aumento do emprego e da renda...
Foto: Valter Campanato/ABr
Do blog do Zé Dirceu
domingo, 6 de novembro de 2011
Um retrato real das escolas estaduais.
por Maria Izabel Azevedo Noronha
Dois fatos ocorridos nos últimos dias demonstram a real situação da rede estadual de ensino: a invasão e depredação, pela quarta vez, da Escola Estadual Jardim Zaíra VIII, em Mauá, e o uso compartilhado por meninas e meninos nos banheiros da recém construída Escola Estadual Doutor Christiano Altenfelder Silva, no Grajaú, Zona Sul da capital.
Ambos os fatos denotam graves problemas de gestão, segurança e a falta de uma política educacional no Estado de São Paulo, que respeite e valorize os seres humanos: professores, alunos, funcionários e todos os que compõem as comunidades escolares.
Quando uma mesma escola é invadida e depredada pela quarta vez, perdendo seus equipamentos e sendo pichada com frases ameaçadoras a seus professores, sem que as autoridades sejam capazes de prevenir tais ocorrências, algo de muito grave está ocorrendo.
Obviamente, para nós, as questões relacionadas à violência nas escolas não podem ser reduzidas a “casos de polícia”, mas garantir a segurança dos professores, alunos e funcionários das escolas e o próprio patrimônio público é obrigação fundamental do poder político e isso não está ocorrendo. Quantas outras escolas, no Estado de São Paulo, sofrem ataques semelhantes? Quantos professores e funcionários não se sentem constantemente ameaçados por gangues e quadrilhas nas regiões periféricas das nossas cidades?
O governo estadual e as prefeituras precisam assegurar a presença da ronda escolar e policiamento comunitário nas proximidades das escolas, mas isto, por si, não resolve o problema da violência nas escolas. Mais que tudo, é preciso que todas as escolas acolham a comunidade de seu entorno e a forma de fazê-lo é por meio da gestão democrática, com conselhos de escola democráticos e participativos. Cabe ao conselho de escola formular e gerir o projeto político pedagógico, incorporando as demandas da comunidade em seus conteúdos curriculares e nos projetos pedagógicos que venha a desenvolver.
O que ocorre na escola do Grajaú, por outro lado, mostra que as escolas estaduais não são construídas de acordo com um projeto arquitetônico que responda adequadamente às necessidades dos que nela estudam e trabalham. A questão não se resume ao inadmissível fato de alunos e alunas compartilharem o uso dos mesmos banheiros. Mesmo nas novas unidades há problemas de iluminação, acústica, tamanho das salas, disposição da lousa, falta de espaços de convivência e para o desenvolvimento de atividades extracurriculares vinculadas ao projeto político pedagógico e outras falhas. No caso da citada escola, inclusive, já existem rachaduras em partes do prédio, construído há pouco tempo.
Não se pode falar em ensino de qualidade se não estiverem presentes as condições necessárias para que isto ocorra. Uma unidade escolar tem que ser projetada, construída e gerida sempre objetivando manter professores, alunos e funcionários focados no processo ensino-aprendizagem, de forma agradável e prazerosa. Como desenvolver um processo educativo nas condições de insegurança em que se encontram muitas de nossas unidades escolares? Como ministrar aulas e desenvolver outras atividades educacionais em escolas mal construídas ou que não dispõem dos espaços necessários ao pleno desenvolvimento do projeto político pedagógico?
São perguntas já antigas na rede estadual de ensino de São Paulo. As comunidades escolares e a sociedade esperam as respostas corretas das autoridades.
Dois fatos ocorridos nos últimos dias demonstram a real situação da rede estadual de ensino: a invasão e depredação, pela quarta vez, da Escola Estadual Jardim Zaíra VIII, em Mauá, e o uso compartilhado por meninas e meninos nos banheiros da recém construída Escola Estadual Doutor Christiano Altenfelder Silva, no Grajaú, Zona Sul da capital.
Ambos os fatos denotam graves problemas de gestão, segurança e a falta de uma política educacional no Estado de São Paulo, que respeite e valorize os seres humanos: professores, alunos, funcionários e todos os que compõem as comunidades escolares.
Quando uma mesma escola é invadida e depredada pela quarta vez, perdendo seus equipamentos e sendo pichada com frases ameaçadoras a seus professores, sem que as autoridades sejam capazes de prevenir tais ocorrências, algo de muito grave está ocorrendo.
Obviamente, para nós, as questões relacionadas à violência nas escolas não podem ser reduzidas a “casos de polícia”, mas garantir a segurança dos professores, alunos e funcionários das escolas e o próprio patrimônio público é obrigação fundamental do poder político e isso não está ocorrendo. Quantas outras escolas, no Estado de São Paulo, sofrem ataques semelhantes? Quantos professores e funcionários não se sentem constantemente ameaçados por gangues e quadrilhas nas regiões periféricas das nossas cidades?
O governo estadual e as prefeituras precisam assegurar a presença da ronda escolar e policiamento comunitário nas proximidades das escolas, mas isto, por si, não resolve o problema da violência nas escolas. Mais que tudo, é preciso que todas as escolas acolham a comunidade de seu entorno e a forma de fazê-lo é por meio da gestão democrática, com conselhos de escola democráticos e participativos. Cabe ao conselho de escola formular e gerir o projeto político pedagógico, incorporando as demandas da comunidade em seus conteúdos curriculares e nos projetos pedagógicos que venha a desenvolver.
O que ocorre na escola do Grajaú, por outro lado, mostra que as escolas estaduais não são construídas de acordo com um projeto arquitetônico que responda adequadamente às necessidades dos que nela estudam e trabalham. A questão não se resume ao inadmissível fato de alunos e alunas compartilharem o uso dos mesmos banheiros. Mesmo nas novas unidades há problemas de iluminação, acústica, tamanho das salas, disposição da lousa, falta de espaços de convivência e para o desenvolvimento de atividades extracurriculares vinculadas ao projeto político pedagógico e outras falhas. No caso da citada escola, inclusive, já existem rachaduras em partes do prédio, construído há pouco tempo.
Não se pode falar em ensino de qualidade se não estiverem presentes as condições necessárias para que isto ocorra. Uma unidade escolar tem que ser projetada, construída e gerida sempre objetivando manter professores, alunos e funcionários focados no processo ensino-aprendizagem, de forma agradável e prazerosa. Como desenvolver um processo educativo nas condições de insegurança em que se encontram muitas de nossas unidades escolares? Como ministrar aulas e desenvolver outras atividades educacionais em escolas mal construídas ou que não dispõem dos espaços necessários ao pleno desenvolvimento do projeto político pedagógico?
São perguntas já antigas na rede estadual de ensino de São Paulo. As comunidades escolares e a sociedade esperam as respostas corretas das autoridades.
Maria Izabel Azevedo Noronha é presidenta da Apeoesp e membro do Conselho Nacional de Educação e do Fórum Estadual de Educação
Do blog VIOMUNDO
Do blog VIOMUNDO
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Com alegria Serra, Aécio e Alckimin escolhem o Samba enredo/2012 do PSDB. "TRP - Tradição, República e Propriedade"
OBS: Não houve censura mas um parecer democratico em homenagem aos jovens seguidores da "MARCHA CONTRA A CORRUPÇÃO" que não sabem de nada, portanto, onde encontrar TRP leia-se TFP - Tradição, Familia e Propriedade , Onde encontrar PLINIUS leia-se Plinio Salgado mentor do integralismo...
TRP pede passagem, pra mostrar sua bateria
E seu passado de coragem, defendendo a Monarquia
Salve Pinus Zorreira Zorrileira, precursor da linha-dura
Grande baluarte da ditadura
Legislador da Inquisição, implacável justiceiro
Homem de grande erudição, lia Mein Kampf no banheiro
No tribunal de Nuremberg, defendeu o Mussolini
Sob os auspícios do Lindenberg
E hoje ele se preocupa com a infiltração comunista
No clero progressista (e o Lefebvre)
Lefebvre, fiel companheiro incomparável amigo,
Irrepreensível mentor
Exerce completo fascínio e vai incutindo em Plinus
O gênio conservador
Digno de um poema do Ezra Pound, quer que o
Brasil se transforme num imenso Play Ground
No carnaval a escola comemora nascimento de Nossa Senhora
E a defesa da tradição, cantando esse refrão:
Anauê, Anauê, Anauá, TRP acabou de chegar (repete)
E hoje sou fascista na avenida, minha escola é a mais querida
Dos reaça nacional (repete)
Plim, plim, plim, plim, plim, plim, plim, plim, plim,
Era assim que a vovó seu Plinus chamava
LULA E MARCELO FREIXO "TENSÕES POLÍTICAS"
Os médicos ouvidos
nestes últimos dias debitam ao fumo e ao álcool a enfermidade que castiga Lula.
As terríveis verdades são muitas, como as cabeças da hidra. A enfermidade, desde
Hipócrates, tem sido vista como o resultado de um conflito. Em primeiro lugar,
há o conflito entre o desenho evolutivo do homem e sua construção individual. As
descobertas recentes mostram que esse conflito se inicia na combinação genética.
Mas é preciso também ver a doença, como indicam outros estudiosos, no confronto
entre o organismo e o ambiente, como atestam as doenças profissionais. O
ambiente não é só o físico, com as alterações do clima e a poluição. Mais duro
talvez seja o ambiente da vida em comum – a circunstância moral em que os homens
se movem.
No caso dos homens
públicos, as pressões do dia-a-dia e as noites indormidas, nas duras
exigências da política, costumam ser fatais. Essas pressões, quando as saídas se
estreitam, podem levar muitos ao suicídio, como ocorreu a Getúlio Vargas, em
1954, a José Manuel Balmaceda, do Chile em 1891, e provavelmente a Allende, em
1973. No caso, essa fatalidade costuma ser indiferente às questões éticas. Tanto
podem levar ao suicídio as grandes causas quanto a demência, como ocorreu a
Nero, entre outros.
Normalmente, essas
tensões são indutoras de enfermidades graves. Em nossa contemporaneidade – à
parte casos suspeitos, como os da morte de Jango, Lacerda e Juscelino –
assistimos ao sofrimento e ao fim de Teotônio Vilela, Mário Covas, Quércia, José
Alencar, e Itamar Franco, todos eles atingidos pelo traiçoeiro, como ao
câncer se referiu outra de suas vítimas, José Aparecido de Oliveira. Com Itamar,
que estava em seu momento mais alto da vida, a leucemia foi mais cruel, não lhe
dando muita chance para a luta. José Aparecido estava fora do poder, mas as
vicissitudes dos últimos anos, quando viu a grande criação de sua vida política
– a CPLP – estiolada pela sabotagem do governo Fernando Henrique – devem ter
contribuído para a vitória do traiçoeiro.
O caso de Tancredo – que
poderia ter exercido a Presidência, não fossem os erros médicos, tão toscos que
levam à suspeição – foi de outra etiologia e diferente patologia, mas é evidente
que as duras tensões acumuladas, ao longo da vida, contribuíram para que o seu
organismo fosse menos resistente, naqueles 38 dias fatais.
Naqueles sete meses, que
vão de 14 de agosto de 1984 - quando deixou o governo de Minas - à véspera da
frustrada posse na Presidência, Tancredo foi exposto a pressões que nenhum outro
político brasileiro sofrera. Elas foram quase intoleráveis, nas articulações
para a consolidação da Aliança Democrática e, em seguida à eleição, na formação
do Ministério. Testemunha daqueles dias finais, em que as tensões se fizeram
mais duras, sei que os constrangimentos – por mais resistente ele fosse –
ajudaram a arranhar-lhe os nervos, debilitar suas células e provocar o intenso
conflito entre a força de seu caráter e as injunções da inesperada
enfermidade.
A História está repleta
desses dramas. O caso de Evita Perón é um deles, o de Kirchner, outro. Antes
deles, também na Argentina, houve Yrigoyen, o pioneiro da política
antiimperialista continental e hoje esquecido. O grande presidente, o primeiro a
nacionalizar o petróleo, com a criação do YPF, foi destituído em sua segunda
presidência - tal como Vargas, pelas pressões da Standard Oil, e tal como
Vargas, com a traição de generais a serviço de Washington. É bom anotar que o
YPF, a Petrobrás argentina, assumiu o monopólio do mercado do petróleo em 1º de
agosto de 1930, e em 6 de setembro o general Uriburu deu o golpe de Estado.
Yrigoyen não se matou, mas foi confinado na Ilha de Martin Garcia, onde a
depressão lhe corroeu a saúde, para matá-lo em 1933. Eva pode ter sido, e foi, a
adolescente sonhadora, que se aproximou de um homem poderoso e o tornou mais
poderoso ainda, instigando-o com sua própria determinação e coragem. Uma vez no
poder, ela recuperou a ligação com o povo a que pertencia, como filha bastarda
de um capataz de fazenda e de uma dona de pensão, e neta de carroceiro basco e
de uma vivandeira, durante a guerra de extermínio contra os índios do norte,
movida pelo general Julio Roca. No poder, ela se confrontou não só com os
inimigos de Perón, mas também com correligionários do general, que não
suportavam a sua influência ideológica. Foram pressões fortes, algumas talvez do
próprio Perón, que alimentaram o câncer que a matou.
Estamos agora assistindo
à resistência de Hugo Chávez à doença. Seus inimigos exultam e esperam. Seus
partidários temem o pior, mas é certo que ele vem lutando com coragem, como
lutaram, e lutam os nossos.
Felizmente, uma
providencial dor de garganta levou Lula aos médicos, e as suas chances de cura
são iguais às que ajudaram Dilma, que venceu a enfermidade e está em plena e bem
conduzida atividade como presidente da República – uma república que, de acordo
com a síntese dura de Jânio Quadros, “está, desde Deodoro, sob o signo do
infortúnio”. Mas não há dúvida que, também em seu caso, as tensões atuaram a
fim de abrir-lhe o corpo à doença.
Polícia contra
polícia
É constrangedor que, no
mesmo dia em que observadores internacionais anunciam que o Brasil, neste fim de
ano, ultrapassará a orgulhosa Grã Bretanha, como a sexta economia do mundo, o
deputado Marcelo Freixo seja obrigado a refugiar-se no exterior, ameaçado de
morte por “milicianos”, ou seja, por políticos e bandidos, associados às forças
policiais do Rio de Janeiro.
É um desaforo e um
desafio ao Estado, que não pode continuar sem resposta dura e definitiva. A
solução está em criar nova organização policial civil, subordinada diretamente
ao governo da União, bem remunerada, formada por homens de coragem e idoneidade
moral, que possa, a pedido dos estados, identificar e levar à justiça esses
criminosos. A lei penal deve ser também revista, a fim de punir, com mais rigor
e celeridade, os que, pagos para proteger a sociedade, tornam-se matadores
vulgares, como os assassinos dos pobres da periferia, e de juízes, como Patrícia
Acioly - e que pretendem matar o deputado Marcelo Freixo.
Mauro Santayana
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